"Sakura... Sakura... Olhe para mim!."
Eu não queria olhar... eu não queria ver... não queria sentir e lidar com seja lá o que estava acontecendo... precisava voltar para minha casa, minha filha e meu marido.
O que você faria se tivesse que escolher...
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"O tempo é uma coisa valiosa
Assista-o voar como o balançar de um pêndulo
Observe a contagem regressiva até o fim do dia
O relógio faz a vida passar, é tão irreal"
(In The end - Link Park)
Karin Uzumaki
O futuro era incerto neste momento, ignorei os sons de paços pelo corredor daquele enorme hospital. Mesmo Konohagakure estando parcialmente destruída, o centro médico se mantivera intacto, o que era de certa forma um milagre perante tantas perdas. Vencemos a guerra após uma aliança entre as grandes nações. Inimigos se tornaram aliados e me vi declarando apoio a quem lutamos por anos contra.
Eu estava sendo cuidada por pessoas que eu julguei inimigos. Tudo o que eu acreditava a cerca de cinco dias, tinha duas versões. Era como se um grande véu tivesse sido retirado de meus olhos e visse com uma clareza profunda.
Observei sobre o ombro Sakura adentra meu quarto com seus itens médicos e rosto cansado. Ela me parecia tão diferente desde o campo de batalha. Havia algo em seus olhos… uma tristeza talvez? Ou era algo mais peculiar?
—Sakura. — saldou sua presença me sentando na cama e lhe fazendo um aceno côrtes.
—Ola Karin. Como está se sentindo? — diz ao me estudar de forma clínica.
—Muito bem. Meus ferimentos estão completamente cicatrizados devido a minha auto regeneração.
Achei que ela iria sorrir como os médicos fazem após o paciente ter dito que se sentia bem e estava pronto para receber alta. Mas não fora isso que ocorrera.
—Ao mesmo tempo que isso é bom, também é ruim Uzumaki. A aldeia tem leis e embora muitos que trabalhavam contra nossa Vila, lutaram do nosso lado…
—Precisam ser julgado pelos superiores!— termino sua frase imaginando que eu teria de responder pelos crimes cometidos ao lado de Orochimaru.
—Isso.
—Eu ficarei presa até um julgamento?
—É bem provável. Você teria para onde ir ?
Olhei para a cidade lá fora e pensei que eu poderia facilmente dizer que sim e fugir. Eu era boa nisso. Podia dizer que não, o que era verdade e ficar esperando em alguma sela até que decidam. Esse era um daqueles momentos que você precisa decidir se quer continuar sendo contra a lei e se redimir de algum forma ou simplesmente fugir e contar com a sorte de nunca ser capturada, podendo morrer em alguma batalha fora.
