Capítulo 14

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"Ser melhor do que fui ontem é o plano que a minha alma escreveu."

-Projota



Karin Uzumaki



– Tem certeza que não fui atingida por uma bola de canhão na cabeça? – perguntei a ninguém em especial enquanto meus olhos se acostumavam com a claridade. Minha cabeça latejava de uma forma insana, doía mais quando ficava de olhos abertos. Fui tentar me mexer na cama porem meu pé esbarrou em algo. Algo com pele. Imediatamente me pus de pé e olhei em volta.

Minha capa estava atirada no chão junto dos meus sapatos, Obito roncava alto deitado na cama ao lado. Uchiha Itachi se encontrava na mesma cama que eu, porem ele tinha tido a decência de dormir para os pés.

– Tenta ser menos barulhenta. – disse o mesmo com a mão no rosto.

– Por Kami! bebemos tanto assim?

Eu estava com uma puta ressaca e mal consegui me lembrar dos fato da noite anterior. As imagens eram um borrão; Taberna imunda, briga no bar e apostas estúpidas.

– Nunca mais aposto com Obito. -- disse o Uchiha sentando. Ele havia tirado a camisa em algum momento da noite.

– Porque está sem camisa? – pergunto calçando meus sapatos no meio daquela zona.

– Você não lembra mesmo? -- Questionou se pondo de pé e indo até o banheiro.

Mesmo sendo magro, seu tronco e braços eram bem definidos, tinha de admitir: o miserável era uma delicia.

– Você vomitou na minha camisa quando estava trazendo você.

– Eu fiz isso? – falei incrédula. Ele apenas pôs a cabeça para fora do banheiro com a escova de dente e olhos sonolentos.

– Fez, logo depois de fazer xixi atrás de uma lata de lixo.

Aquilo não podia ficar pior, podia?

– Sério, para uma garota você é... estranha. Obito desafio que você não teria coragem.

Meu rosto estava em brasas de tanta vergonha, peguei minhas coisas e sai do quarto sem olhar para trás, entretanto sou surpreendida com a ex colega de Sasuke, Sakura em frente ao meu quarto.

– Acho que bati no quarto errado. – disse a mesma sem graça.

– Não, você bateu no certo. – disse tentando abrir a porta que parecia emperrada. – Abre merda!

Sakura num jeito todo delicado abre a tranca com facilidade.

– Obrigada, mas por que você está aqui?

– Quero lhe oferecer um emprego.

Aquilo era uma surpresa.

– Como assim um emprego? Um emprego com salário e carga horária?

– Sim. O salário é proporcional a carga horária da função, com folga nos domingos.

– Você parece meio forçada, o que tem de ruim nesse "emprego"?

– Eu soube que você gostava de trabalhar nos laboratórios do Orochimaru, e quase a mesma coisa, você só terá que trabalhar no laboratório do hospital examinando testes de sangue, essas coisas?

Eu só quero voltar para casaOnde histórias criam vida. Descubra agora