Capítulo 6

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"Não há nenhum ouro nesse rio

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"Não há nenhum ouro nesse rio

No qual tenho lavado as minhas mãos desde sempre

Sei que há esperança nessas águas

Mas não consigo me convencer a nadar

Enquanto eu estou afogando neste silêncio"

(Easy on me - Adele)



Minhas mãos tremiam sem parar, a análise clínica era considerada uma técnica perigosa devido a enorme quantidade de chakra que tínhamos que manipular . Porém já havia trabalhando tempo demais com aquilo para saber que a verdadeira causa para aquele tremor eram meus nervos.

Meu emocional estava completamente destruído e refletia sobre isso enquanto caminhava pela sala da Chefe do Hospital, minha mestra e também a Hokage: Tsunade Senju.  Meus olhos se perdiam no couro de sua cadeira me fazendo lembrar dos anos que eu gerenciei o hospital, sentada naquela mesma sala… Droga! Nem isso eu sabia se era verdade. 

Minha mente estava tão confusa com as lembranças e a realidade, eu mal sabia diferenciar o que realmente estava acontecendo fora do genjutsu.

Quase me assustei com sua entrada repentina. Seus saltos ecoando até sua mesa enquanto carregava uma pilha de papéis que depositou com cesta brutalidade na mesa. Ela não parecia feliz comigo e era a primeira vez que seus olhos se dirigiam a mim dessa forma. Senti uma vontade imensa de roer as unhas como uma adolescente nervosa, esperando o castigo da mãe. 

—Sabe, eu sei que ando ocupada. Faz apenas dois dias que a guerra se encerrou e de todos: eu, você e metade da equipe médica não descansamos.  Na verdade, eu nem vi você dormir. —Diz ela — mas de qualquer forma não é isso que me incomoda e sim o fato de você estar escondendo algo. Eu também estava presa no genjutsu daquele miserável e não sei o que aconteceu lá dentro para você estar dessa forma. Então, desembucha e me fala  que está me escondendo? 

Sua voz sai alterada e pela primeira vez sinto uma vontade imensa de chorar. O bolo se forma em minha garganta, meus olhos transbordam e os soluços se rompem e de repente as palavras começam a sair como uma torrente de água.

—Eu não sei, e eu preciso de ajuda. Não sei a quem recorrer. Meu time já passou pelo inferno nos últimos anos e não posso me atrever a contar para eles o que aconteceu comigo. Obito e Itachi me olharam como se eu estivesse enlouquecido, e eu estou realmente acreditando neles. 

Seus avelãs se suavizam e ela caminha parando na cadeira ao meu lado. Seus braços me envolvem me aninhando em seu peito. 

— Ei, se acalma… Esta tudo bem. —Ela diz subindo e descendo sua mão pelas minhas costas — E mesmo que não pareça agora, vai ficar tudo bem. Seja lá o que for, quero que saiba que pode contar comigo. Mas preciso que me diga o que está havendo? 

Eu só quero voltar para casaOnde histórias criam vida. Descubra agora