1 - Tudo Sob Controle.

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Arizona Robbins Point Of View

Já estava no quarto e último bimestre escolar, onde só deixava minha namorada, Calliope, mais ansiosa. Ela estava doida pra terminar o ensino médio e cursar a faculdade.

Psicóloga.

Sim, Calliope irá cursar psicologia.

— Ai, Ari.. não vejo a hora! - ela falava, e quando eu a levava para o colégio. Tentava prestar atenção nela, mas também no trânsito.

— Estou feliz por você, coração. - falo, vendo ela sorrir pra mim.

— Amo quando me chama assim, sabia?

— Sabia sim, por isso a chamo assim.

Assim que estaciono o carro no estacionamento da escola, ela pega sua bolsa no banco de trás, pegando também minha bolsa.

— Vai dormir lá em casa hoje? - pergunto, vendo ela ficar pensativa.

Callie e eu não se separava mais, e isso era bom pra mim. Estava pensando em até chama-la para morar comigo, mas o medo dela achar que estava indo rápido demais me atormentava.

— Se não te incomodar, durmo, claro que eu durmo.

— Me incomodar?

— Já estou dormindo lá a dois dias seguidos, vai que você quer um descanso de mim. - ela brinca, fazendo-me sorrir.

— Nunca, aquela casa nem é mais a mesma sem você.

— Já já eu tô morando lá.

Tudo que eu mais quero.

— Tá com a chave de casa aí? - pergunto e ela assente, pegando a chave no bolso pequeno da bolsa e balançando em minha direção. - Quando sair da escola, pode ir direto pra casa, hoje vou dar duas aulas só.

— Tá bom. - ela diz por fim, logo se aproximando de mim, roçando nossos narizes.

Solto o ar que tinha prendido em meus pulmões. Estar tão perto da pessoa que você é apaixonado é umas das sensações mais incríveis que eu poderia sentir. Ela se aproximou de mim e me beijou, e eu obviamente sorri com o ato. Eu era boba por essa mulher.

— Até mais tarde, amor. - ela fala, já saindo do carro, me deixando com um sorriso nos lábios.

Vejo ela entrando no colégio correndo, segurando a mochila com as mãos mesmo.

Mas meu sorriso não demorou muito pra sair do meu rosto. Daqui eu iria para o restaurante onde meu pai disse para nos encontrarmos. Iria entregar a tal quantia, para ajudar minha mãe.

A mulher a cada dia estava cada vez pior, e isso me assustava. Sei que eles não querem eu por perto, mas meu coração se aperta só de pensar no pior.

Quero que nada aconteça com minha irmãzinha, não quero nem vê-la chorando. Meu coração não aguentaria.

Não demorou muito e deixo meu carro estacionado do outro lado da calçada do restaurante. Pego minha bolsa e saio do carro, andando calmamente até o lugar.

Assim que entro, vejo o restaurante não muito cheio, já que ainda estava cedo. Tinha uma música calma de fundo. Olho em volta a procura do homem que não pra mim nunca mais o veria.

O vejo na mesa do fundo, encostada na parede. Ele estava de costas, então tomei ar nos meus pulmões e andei até o mesmo.

Vamos lá, Arizona. É só entregar o dinheiro e ir embora.

Tentava falar pra mim mesma.

Assim que chego perto o suficiente, toco no ombro do mesmo, fazendo ele dar um pulo. Um leve susto.

Enough? - 2 - CalzonaOnde histórias criam vida. Descubra agora