𝘾𝙖𝙥í𝙩𝙪𝙡𝙤𝙣 𝙏𝙝𝙧𝙚𝙚

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"Eu estou fodida. Eu tenho segredos. Estou cansada e triste. Eu me construí com todo esse abuso"

~Khelani-Gangsta

Quinta feira22 de fevereiro2020

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Quinta feira
22 de fevereiro
2020

Desespero, medo, angústia e ansiedade, estou sentindo esse turbilhão de emoções, enquanto corro pela minha vida.

Corro, ignorando a dor lancinante nos meus pés, estou em um beco escuro e quando vejo uma luz aparecer mais a minha frente, sinto alívio. Um caminho para a minha salvação. Mas esse sentimento se esvai, sendo substituído novamente, pelo medo ao me lembrar que tem alguma pessoa atrás de mim.

Essa sensação é a pior que eu posso sentir, o desesperado é esmagador. A adrenalina. O medo, o ar entrando e saindo dos seus pulmões rapidamente, a consciência de há uma pessoa atrás de você para te fazer mal, tudo isso é angustiante. Grito de dor e medo.

Aumento os meus passos e corro ainda mais rápido em direção à luz branca no fim do beco, sentindo as lágrimas molhando minhas bochechas. Só mais um pouco. Estou quase lá. Quase lá. Sorrio ao sentir a luz me cegar, fecho meus olhos, mas, quando os abro, me encontro de frente a uma parede de tijolos.

- O quê? NÃO! - grito batendo com meus punhos na enorme parede - NÃO!

Olho para todos os lados atordoada à procura da luz e de repente sou puxada para trás.

O meu couro cabeludo queima, pela força exercida nos fios que foram puxados, sou arremessada no chão com tanta força que por alguns instantes o ar foge dos meus pulmões. Logo sinto socos e chutes em diversas regiões do meu corpo, a pessoa que me agredindo esta descontrola, fazendo barulhos e dizendo coisas desconexas.

- Po-por favor, n-não...- gaguejo num fio de voz.

- Você vai ser minha outra vez, pequena - sua voz me causa calafrios.

Minhas roupas são arrancadas abruptamente do meu corpo. Entro em choque, agora mais do que antes, o sentimento de pavor me consumindo, fortemente.

- Estou lhe implorando! - exclamo desesperada - Por favor não... - digo com a voz embargada pelo choro, lágrimas e mais lágrimas molhavam o meu rosto enquanto eu implorava

- Pode implorar o quanto quiser, não vai adiantar - sua mão agarra meu pescoço, travando meu ar - De um jeito ou de outro você vai voltar a ser minha, ratinha.

Quando aproxima o rosto do meu, arregalo meus olhos. Eu conheço ele.

 Eu conheço ele

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