Enfrentando Monstros - Byler

Capítulo 1 - Pesadelos

Will Byers

Eu acordei em um suor frio, atordoado após mais um pesadelo. A imagem de meu antigo carcereiro, o Demogorgon, ainda ecoava em minha mente. Eu odiava quando isso acontecia, mas era algo comum nos últimos tempos.

Era pior quando eu sonhava comigo mesmo, cercado por Devoradores de Mentes, lutando para me libertar de suas garras. Eu quase podia sentir seus dentes afiados em minha pele.

Eu olhei para a parede do meu quarto, mentalmente revirando meus olhos com o papel de parede infantil que ainda estava lá. Minha mãe sempre foi uma grande defensora da juventude, mas essa decoração não parecia mais apropriada para um menino de 14 anos.

Eu dei uma olhada no relógio. 3:00 da manhã. Eu sabia que não conseguiria voltar a dormir, então eu me levantei e me vesti. Eu caminhei pelos corredores silenciosos da minha casa, tentando não fazer barulho. Eu não tinha certeza de quem ainda estava acordado e eu não queria acordar ninguém.

Quando cheguei à cozinha, preparei uma xícara de chá de camomila. É o que minha mãe sempre me dava quando eu estava tendo problemas para dormir quando era mais jovem. Eu coloquei as mãos em volta da xícara quente e inalei o aroma calmante.

Minha mente começou a vagar para Mike. Desde que sai do mundo invertido , tenho sido incapaz de parar de pensar nele. Ele é meu melhor amigo e agora eu quero ser mais do que isso. Eu tenho medo de que esses sentimentos mudem nossa amizade para sempre.

Eu sabia que precisava falar com alguém. Eu não podia manter tudo isso dentro de mim. Eu precisava de ajuda para entender o que estava acontecendo comigo.

Eu decidi falando com para Dustin e Lucas. Eu sabia que eles sempre estariam acordados nesta hora. Eles estavam jogando D&D juntos, como sempre faziam até tarde da noite.

“Alô?” Lucas respondeu.

“Lucas, sou eu. Posso falar com você e Dustin?”

“Claro cara. Tudo bem?”

“Eu preciso conversar com vocês. Posso ir até a casa de Dustin?”

“Claro, estamos esperando por você.”

Eu desliguei e coloquei minha xícara vazia na pia. Eu sabia que meus amigos estavam lá por mim, e isso significava tudo para mim. Eu estava pronto para enfrentar meus medos de frente e descobrir quem eu realmente era.

Eu sentei à mesa para o almoço com minha mãe, Joyce, meu irmão, Jonathan, meu padrasto, Hopper, e minha irmã postiça, Eleven. Enquanto eles comiam, falo sobre como eu estou focado em estudar matemática mesmo odiando a matéria.

Joyce estava contente por ele estar se dedicando aos estudos, enquanto Hopper me elogiou por seus esforços. Jonathan fez uma piada sobre como eu provavelmente passaria mais tempo resolvendo problemas matemático do que pintando.

Enquanto isso, Eleven estava quieta, mas parecia estar prestando atenção em tudo o que estava sendo dito. Notei que ela estava segurando uma colher de forma estranha e perguntei se ela estava com dor.

Ela respondeu que não, mas Joyce a interrompeu e disse que era melhor ela não comer aquela comida, pois ainda estava quente. Agradeci a mãe por se preocupar com Eleven e perguntou se ela precisava de ajuda com alguma coisa. Joyce agradeceu, mas disse que estava tudo sob controle.

Olho para a eleven e sei que meus sentimentos de ciúme em relação a Mike e Eleven são sem sentido. Eu sei que Eleven nunca fez nada que pudesse machucar e que ela sempre foi gentil e amigável comigo. Eu me sinto mal por ter tido esses pensamentos e muito envergonhado por ter outros tipos de pensamento sobre mike.