✨ SINOPSE ✨
Jennie Kim e Lalisa Manoban à primeira vista aparentam ser pessoas muito diferentes uma da outra e com histórias de vida completamente opostas, porém, elas têm algo em comum: ambas são mães solteiras. Até um fatídico dia elas não se conh...
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Notas do Autor(a):
😊| Maratona 3/5.
💛| Boa leitura.
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(Point of view: Narradora)
Era estranho para qualquer um que escutasse que Rosé tivesse uma lembrança tão antiga vívida em sua memória como a do dia em que viu pela primeira vez um piano. Ela mal tinha três anos na época, mas se lembrava da experiência como se tivesse acontecido ontem. O som daquele instrumento a fascinou desde o primeiro momento, como se algo intenso e, principalmente, familiar crescesse em seu corpo naquele dia.
Era um domingo ensolarado e também dia de folga de Lisa, por essa razão a mesma queria aproveitar ao máximo com a filha. Lisa e Rosé andavam na avenida principal do centro, onde todo o comércio ganhava vida. Havia muitos sons, cheiros e cores. Elas passaram por uma loja de instrumentos musicais e Rosé se deteve para admirar o piano branco que estava exposto na vitrine. A mãe, então, decidiu entrar na loja para ver o piano mais de perto.
Uma funcionária da loja se aproximou com um sorriso verdadeiramente simpático. Lisa comentou que a filha queria ver o belo piano mais de perto. A mulher viu o brilho no olhar da criança que apenas se mantinha fixo no instrumento desde que entrara. Ela as conduziu e disse que Rosé podia se aproximar do instrumento. Lentamente Rosé se aproximou, como se estivesse em transe. A loira finalmente estava lado a lado do grande piano, mas teve receio de encostá-lo. A funcionária, percebendo isso, a incentivou a sentar no banquinho e Rosé não resistiu.
A princípio teve dificuldade pela altura do assento, mas logo já estava bem posicionada em frente as teclas. Com curiosidade, seus dedinhos passavam pelos detalhes bem feitos de fabricação e levou um susto quando um de seus dedos apertou sem querer em uma tecla. A funcionária da loja disse que não tinha problema se ela quisesse tentar tocar. O que as duas mais velhas não imaginavam é que Rosé realmente tocaria algo ali.
Obviamente a pequena não tocou com o mesmo nível que está hoje, mas de alguma forma uma belíssima música tomou conta de sua mente e ela acertou todas as notas. Seus dedos deslizavam pelo teclado, produzindo sons belos e melodiosos, apesar de às vezes um pouco fora do ritmo. Rosé percebeu que aquela música era muito mais do que um som. Era uma música que lhe dizia algo, que ela já conhecia, mas que não sabia ao certo o que era ou de onde veio. Ela começou a sentir-se conectada ao instrumento, como se aquela música a envolvesse e a acalmasse.
Lisa e a funcionária da loja trocavam olhares surpresos, enquanto a menina tocava de olhos fechados. Quando terminou, aplaudiram e a pequena abriu os olhos sorrindo timidamente. A mãe da menina segurou sua mão e juntas saíram da loja. Entretanto, aquela experiência deixou uma marca profunda na menina. Ela jamais esqueceu daquele dia e da sensação de se sentir tão perto do piano.
