𝐃𝐀𝐑𝐊 𝐁𝐄𝐀𝐂𝐇 ─ 𝙓𝙞𝙖𝙤 (𝙂𝙚𝙣𝙨𝙝𝙞𝙣 𝙄𝙢𝙥𝙖𝙘𝙩)

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— Um pequeno esclarecimento da autora:
Em relação ao assunto da S/n e do  Xiao. Não quero ser grossa, só vou esclarecer umas coisas. As pessoas brigam e é completamente normal, para fazer uma história realista esse é um dos requisitos, e as pessoas comentem erros, o que também é completamente normal, as personagens da fic são adolescentes, então, é obvio que não têm muita noção do que fazem nem das suas consequências, não é porque a S/n tem uma opinião sobre certo assunto que essa também seja a minha. Muito pelo contrário, é a opinião da minha personagem para a sua história/situação. Por isso, espero que não me odeiem por escrever acontecimentos normais e pensamentos/emoções. Espero que entendam, obrigado por ler isso. : ) Desculpe pela interrupção. Continuação de boa leitura.

⌜˖ೃ࿔

Não consigo me mexer. Estou muito cansada para abrir os olhos. Quem será o anjo que me vai salvar?
Só resta esperar.

✧ ✧ ✧

Sinto alguém me envolvendo com os braços e me levantando do chão.

— Pronto, pronto. Hora de ir embora, S/n. — falou com ternura e suspira. — Chega de festa, por hoje.

A voz é familiar, mas não consigo reconhecer, nem abrir os olhos, de tão cansada. Me leve para fora daqui, é apenas isso que peço.

Continuou me levando durante alguns minutos, começou subindo escadas, as escadas da entrada, porra, finalmente. Até que chegou ao fim e finalmente consegui sentir ar fresco no rosto. Estou tão grata pela pessoa que me está levando.
Eu sei que não é o Xiao, é impossível ser ele. Primeiro: reconheceria logo a sua voz e a estrutura dos braços, e etc; segundo: ele ainda está lá, certamente.

✧ ✧ ✧

Aparentemente fui de carro embora, ainda não tenho coragem de abrir os olhos, por isso continuo fingindo que durmo, cheguei a uma casa, já que ouvi chaves e uma porta abrindo.
Sou deixada em um sítio fofo e me colocam um cobertor em cima, e finalmente, posso descansar.
Finalmente silêncio. Finalmente consigo dizer "finalmente".
Acho que é melhor parar de dizer finalmente.

Vou ter de arranjar uma forma de ajudar o Xiao, conversar com ele e pedir ajuda também ao grupo, afinal, também são os amigos dele. Vou recusar sempre que me oferecer algo, para o meu bem.

✧ ✧ ✧

Acordo, novamente, e surpreendentemente me sinto bem, mas de ressaca. Claro que me sinto exausta, mas tento ignorar. Bom, preciso de saber quem me levou para aqui. Vou analisar o local. Estou deitada em um sofá de uma sala, com o cobertor, como calculava, não reconheço a casa, mas tem umas fotografias do lado da TV. Me levanto, com alguma dificuldade para ver e... Gorou, meu anjo.
Te devo minha vida.

Suspiro de alívio por ser uma pessoa que conheço e não um sequestrador que rouba rins. Quero tanto lhe agradecer.
Vejo as horas no meu celular. 11h45. Nem sei a que horas saímos de lá. Nem sei como é que não me roubaram. Enfim, e agora, o que faço? Não quero acordar o Gorou, ele deve estar muito cansado também.
Vou mandar mensagem para o grupo para saber se está tudo bem. Primeiro ao Xiao (não quero dizer que ele é o mais importante, mas é o que está me preocupando mais nesse momento.)

Mensagens

Oi, está tudo bem? Onde você está? —
11:49

Deve estar dormindo, obviamente não iria responder logo. Mando mensagem para os outros.

Mensagens

Oi!! Tudo bem? —

— Sim, exausta, mas foi legal a festa! Quase que nunca te vi. Depois temos de falar.

Concordo. —
(Vista)

Mandei mensagem para os outros perguntando o mesmo e alguns responderam. Não mandei ao Gorou, já que vou perguntar quando ele acordar.
Falando no diabo. (É uma expressão, porque na realidade, é o meu anjo).
Gorou chegou na sala e disse:

— Bom dia!

— Bom dia, Gorou.

— Meu deus, ontem foi... loucura total. — comenta ele.

— Nem sei descrever, se foi horrível ou incrível. Preciso de te perguntar umas coisas.

— Claro, vamos preparar o café da manhã, enquanto isso? — perguntou se dirigindo para a cozinha.

Disse que sim, e lá fomos.
Gorou pegou em duas taças e foi colocando leite e cereal. Fui para a mesa e coloquei minhas mãos no rosto.

— Nem sei como te agradecer Gorou, jurei que ia morrer ontem.

Gorou riu e eu também.

— Todo mundo chegou a casa sem problemas? — perguntei.

— Sim, foram ao mesmo tempo que nós, exceto o Xiao que quis ficar mais um pouco. — respondeu.

Obviamente. Revirei os olhos mentalmente.

— E estão bem? Tomaram algo?

Me passou a minha taça e se sentou á minha frente para comer o seu cereal.

— Eu não sei bem precisamente, sei que Fischl tomou uns remédios ou isso, Chongyun esteve comigo e não tomou nada, Albedo virou amigo do DJ e ficaram conversando e mexendo com a música a noite toda, Ayaka foi embora a meio, Yanfei e Hutao também não consumiram nada, só curtiram a festa e Kazuha ficou fumando não sei o quê.

— Hm... — suspiro e levo as mãos ao rosto, de novo.

— O Xiao você já sabe... E você? O que tomou?

— Nem te conto...

Ele leva uma colher á boca.

— Quer carona para casa?

— Se não for incômodo...

Agradeci e ambos acabámos de comer. Gorou é muito gentil. Nunca tive tempo de o conhecer melhor. Minha consideração por ele aumentou bastante.

✧ ✧ ✧

— Me leva a casa do Xiao em vez da minha, por favor? Preciso de falar com ele. — perguntei enquanto estávamos no carro.

— Claro, boa sorte.

✧ ✧ ✧

Se bem me lembro, acho que nunca fui a casa do Xiao.

Chegámos.

— Tchau, Gorou, obrigada por tudo. — disse saindo do carro e sorri para ele.

Ele sorriu de volta e se despediu.
Me dirijo até á porta e bato na mesma.
Ninguém abre, bato novamente e depois de um tempo ele abre.

— Oi. Só queria saber se estava tudo bem.

Não responde. Olho para os olhos dele, nem sequer olhava para mim, com olheiras profundas, cara fechada e de que acabou de acordar, mesma roupa de ontem toda cagada (eu também, não julgo) e, claro que não podia faltar, cigarro na boca. Atrás dele estava tudo escuro.

— Posso entrar? Precisamos de falar. — acrescentei.

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