ADAPTAÇÃO DA FANFIC BROKEN - @loudzeiras
• Todos os créditos a história original •
Saga: The Players - Livro I
História com o jogador Pablo Torre
+16 | Ellie não poderia esperar que sua vida fosse virar de cabeça para baixo aos 16 anos de idade, ma...
- Você me tocou sem nem precisar me tocar. Desconhecido
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Capítulo sete - Conversa
🥀
Me remexo pela quarta vez na cadeira do meu quarto, a tela em minha frente branca sem qualquer rascunho e o pincel sujo de tinta parado a meio caminho em minha mão. Mordo meu lábio mais uma vez na falha tentativa de me concentrar mas o acontecimento na cozinha ronda minha cabeça como um tipo de perseguição.
Nix deixou Pablo toca-lo. Meu Nix, o cachorrinho que fugia e latia para qualquer aproximação estranha de qualquer homem, que machucou meu pai tantas vezes que o mesmo deve ter cicatrizes nas mãos. O meu Nix, assustado com o tamanho enorme das pessoas, deixou Pablo acaricia-lo e ainda conseguiu cochilar com as carícias.
O pior, deixou Pablo, um homem enorme e intimidante. O que meu cachorro viu em Pablo que eu ainda não havia sacado?
Talvez Nix tenha visto como Pablo não sente medo ou receio de estar perto dele, perto da gente. Eu não podia negar que o rapaz vem surpreendendo em apenas algumas horas de convivência, se fosse papai ou Miguel, eu não teria tido a conversa mais longa da minha vida desde os últimos três anos.
Meu pai e meu irmão não gostavam muito de ficar em um mesmo cômodo que eu, isso pelo fato do meu desgosto pela aproximação. Já ouvi uma vez eles conversarem e falarem que quanto mais longe, melhor eu poderia ficar.
Nunca discordei ou conversei com eles sobre isso. Quanto mais eu evitar a esquisitice que virou nossa convivência, melhor eu poderia ficar realmente.
Tento mais uma vez pintar alguma coisa mas minha mão trava a centímetros da tela, o rosto de Pablo e seu sorriso fácil atingindo meus pensamentos em uma enxurrada de lembranças. Como era fácil falar com ele, perguntar sobre sua vida e seu trabalho, o problema com o pai e responder a qualquer pergunta curiosa que tivesse.
Não queria declarar algo tão importante com tão pouco tempo de convivência, mas eu já conseguia sentir como sua companhia era algo bom, algo tranquilo que me fazia voltar a normalidade da vida.
Não evito um sorriso ao pensar em como papai ficaria orgulhoso por esse pensamento. O que o mais velho mais queria de mim era exatamente isso: uma vida normal e sem medos.
O barulho da campainha de repente me surpreende e salto com o susto repentino, olhando rapidamente para a porta do meu quarto enquanto largo o pincel de lado e me levanto calmamente. Nix pula da minha cama e se esconde embaixo da mesma, me olhando sobre as patinhas e aguardando que eu vá ver quem é.
