A felicidade é uma borboleta , tento captura-la todas as noites... eu só quero dançar com você
Happiness is a Buttrtfly

Eu estava cercado das pessoas que eu amava. Da família que todos nós tanto lutamos e quisemos que permanecesse unida, mas eu ainda me tinha pensando em olhos bonitos.

Ali estávamos nós.
Ali estava eu.
E meus pensamentos bem longe dali.

O simples fato de que toda vez que via Ella, me lembrava de quando fui acompanhá-la em uma viajem ,meses atrás, e foi no exato momento em que conheci.

Onde ela estaria agora?
Ela estaria em uma mesa farta e feliz?
Ela estaria sorrindo ?
Os seus olhos ainda seriam os mesmos?

É estranho ver uma pessoa somente uma vez e criar uma memória fixa sobre ela, mas tinha algo nela, como se seus olhos bicolores tivessem uma longa história pra contar.
Senti um estalo em minhas costas e percebi todos olhando pra mim
_Estava bem longe né maninho—Dilan disse após pedir desculpas pelo tapa e não podia negar
_Um pouquinho, oque diziam ?—perguntei tentando disfarçar meu devaneio _Pode pegar o restante das coisas na cozinha ?.—Ella pergunta enquanto termina de decorar a mesa e eu apenas concordo me levantando

Volto em cinco minutos.

_Obrigada, melhor cunhado, irmão e tio do mundo —falou, em tom sarcástico e eu ri baixinho. Olhei-a sobre o ombro, enquanto caminhava até a cozinha mas tentei não pensar muito.
Por que ela estava novamente em minha mente ?
De fato, ela sempre estava.

E a verdade fosse dita, tinha como dar check em todos os clichês de romance pos- síveis, após passar apenas um dia e uma noite ao lado dos Venturelli ? Nem eu sabia como definir de fato o que toda aquela bagunça de pessoas tão diferentes, mas que claramente tinham um sentimento compartilhado entre si, significava.

Talvez fosse simples, como Ella me dissera: O amor é sentimento que todos passavam a vida procurando, ou evitando.

Tinha certeza de que eu era o segundo tipo de pessoa. Não que não acreditasse no amor, mas sim, porque o fazia. Sabia que não mediria esforços, e nem pensaria duas vezes em abrir mão do que fosse, pela pessoa amada.

Estava terminando de levar a última caixa quando começou a gritaria no andar de baixo sobre quem deveria sentar na ponta da mesa.
Eu sequer conseguia raciocinar diante de tudo aquilo, de toda a bagunça organizada que era a minha família.

Que merda estava acontecendo?

Que manhã de Natal mais maluca era aquela?

Foi quando ouvi o barulho de um carro se aproximando e todo meu corpo tensionou. Virei-me, e notei como a pessoa estacionou de qualquer forma. No momento em que ela desceu do carro, meu coração já parava de pertencer a mim. Era ela.

Ela estava ali abraçada a Ella, mal me encarando, e eu fiquei estático, buscando que seus olhos parassem nos meus.
Estava quase implorando pra que ela me olhasse e então, os olhos castanhos e azuis mais bonitos que já conheci pararam nos meus. Era ela.

O par de olhos bicolores que estiveram em minha mente durante todo o tempo desde que a vi, e agora eu sabia o nome da minha borboleta... Gaia

O que era pra ser um final feliz Onde histórias criam vida. Descubra agora