Cap 3.

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Lesão

Hugo já havia voltado para Portugal e eu permanecia em Londres.
O atrasado do meu irmão tinha dado o meu número ao João e ele convidou-me para ir ver o treino deles, então eu fui.
Fui ver e confesso, só por causa do João.

(...)

O João estava a correr e torceu o pé, atirou-se para o chão a chorar, como é óbvio eu fui ter com ele.
Os meninos tinham de seguir o seu treino então o João veio ter ao meu consultório.

Ele sentou-se numa cadeira, e eu fiquei à frente dele e comecei a tratar do pé dele.

- Isto não parece muito grave é apenas um entorce mas nada de mais - disse para esclarecer o que aconteceu.

- Ok mas vou ter de ficar sem treinar por algum tempo? - perguntou preocupado -

- Provavelmente sim mas só uma semana - digo - 

- Mas tu tratas de mim, certo? - diz aproximando-se de mim. -

-  Claro que trato. - Digo aproximando-me ainda mais dele, ficando apenas um pequeno espaço a separar as nossas bocas. - Olha que eu trato muito bem.

  Até que o João me dá um beijo, suave, doce e quente. Estava no paraíso.

- João o que é que estamos a fazer?! - digo interrompendo o beijo - estamos num local de trabalho não podemos fazer isto... - digo ficando mais separada dele mas ainda perto. -

- Deixa acontecer princesa, ninguém vai saber. - Disse ficando próximo de mim outra vez. -

- Tens certeza?

- Absoluta. - Disse deixando as nossas bocas a milímetros de distância. -

- Não é cedo?

- Nunca é cedo para ficar - diz com um pouco de deboche. -

- Não sei João, somos colegas de trabalho não sei se daria certo. - digo começando a ficar triste. -

- Mas nós poderíamos ser mais que colegas - diz metendo o meu cabelo a trás da orelha e a aproximar-se outra vez da minha boca. -

- Não sei João, mas como eu gosto muito de ti, vou aceitar mas só ficantes nada de mais. - Ele sorriu e beijou-me mais uma vez  -

- Não sabes o quanto eu gosto disto! - diz parando o beijo, admito também gosto -

- Ok João mas já chega já estamos aqui p'ra aí à 30 minutos. - disse ajeitando-me. - Mas eu támbém gosto muito.

- Eu sei.

- Convencido, mas agora temos de continuar a tratar do teu pé, não achas? - Ele abanou a cabeça negando. -

- Não, não acho. - Teve uma crise de riso do nada. - 

- Não achas mas é o que eu vou fazer, porque eu só quero o teu bem. - Ele sorriu. -

- Linda. - Disse dando-me um beijo rápido. -

- Eu sei. - Disse me gabando. - Estava a brincar também és muito lindo.

- Eu sei. - Disse imitando a minha voz. -

Comecei a tratar do pé quando ouço alguém a bater à porta e a abrir.

- Olá desculpe estar a incomodar Sn, o técnico queria saber se vocês já vêm porque já estão aí à muito tempo e ele está a achar estranho. - disse Enzo Fernández. -

- Sim sim nós já vamos estava só a acabar de por a ligadura ao João e já vamos - disse um pouco nervosa porque não tirava da cabeça o que tinha acabado de acontecer. -

- Ok mas tentem se despachar porque se não ainda levam um sermão do mister Frank - disse rindo-se e saindo da divisão. -

- Temos mesmo de nos despachar João, ainda vai correr mal.

- Mas estava tão bom... - disse suspirando. -

- Eu sei, João,  mas tem de ser.

- AII QUE MERDA!! - Ele gritou. -

- Minha nossa, tem calma. - Ele estava realmente nervoso. -

- Eu não quero ir.

- Reparei, mas olha já está, vamos. - Disse me levantando. -

- Ajudinha não?

- Eia esqueci-me de ti, já vou. - começei a rir e ele revirou os olhos.

- Oupa anda.

- Grosso. Já vou.

E saímos dali indo para o campo.
Mal chegamos lá e o Frank perguntou o porquê da demora, o João piscou e Frank logo entendeu tudo, e começou-se a rir.

(...)

Depois de tudo cheguei a casa exausta, tomei um banho quente fiz umas sandes de pão e fiambre e deitei-me na cama à espera que o sono aparece-se coisa que não demorou muito.

Simplesmente o amor • João Félix Onde histórias criam vida. Descubra agora