Nossa reação a uma ofensa determina nosso
futuro.
1. EU, ESCANDALIZADO?
É inevitável que venham escândalos (Lc 17:1).
Quando viajo pelos Estados Unidos ministrando percebo umas armadilhas mais enganosas e mortais. Elas aprisionam inúmeros crentes, rompem relacionamentos e nos
separam ainda mais: é a armadilha da ofensa, do escândalo.Muitos não conseguem responder ao chamado por causa das feridas e da mágoa que as ofensas causaram à vida deles.
Eles estão incapacitados e impedidos de usar todo o seu
potencial. Muito freqüentemente, foi um outro crente que causou a ferida. Isso faz com que a ofensa pareça uma
traição. No Salmo 55:12-14 Davi lamenta-se:
Com efeito, não é inimigo que me afronta; se o fosse, eu o suportaria; nem é o que me odeia quem se exalta contra mim, pois dele eu me esconderia; mas és tu,homem meu igual, meu companheiro e meu íntimo amigo. Juntos andávamos, juntos nos entretínhamos e íamos com a multidão à Casa de Deus.São aqueles que se sentam ao nosso lado e cantam conosco, ou talvez aquele que prega. Passamos férias juntos,participamos de reuniões sociais e dividimos o escritório com eles. Talvez sejam até mais próximos. Crescemos juntos,
confiamos neles e dormimos com eles. Quanto mais estreita a relação, maior a ofensa! Os maiores sentimentos de ódio estão entre aqueles que um dia foram próximos.
Os advogados podem atestar que os casos mais horríveis estão na audiência de divorcio. A mídia americana A Armadilha Enganosa
A palavra "escandalizar", de Lucas 17:1, vem do grego skandalon, que originalmente se referia à parte da armadilha onde se colocava a isca. Dessa forma, a palavra significa montar um armadilha no caminho de alguém! No Novo Testamento, ela geralmente descreve um engodo do inimigo. O escândalo e a ofensa são ferramentas do diabo para levar as pessoas cativas. Paulo instruiu jovem Timóteo: Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e sim deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente, disciplinando com mansidão os que se opõem, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade, mas também o retorno à sensatez, livrando-se eles dos laços do diabo, tendo sido feitos cativos por ele para cumprirem a sua vontade (2 Tm 2:24-26 - Destaque acrescido)Aqueles que vivem a contender, e que se opõem, caem na armadilha e são feitos prisioneiros para fazer a vontade do diabo. E o que é mais alarmante é que não sabem que foram cativos! Como o filho pródigo, precisam acordar para sua verdadeira condição. Precisam perceber que estão vomitando
água amarga em vez de água pura. Quando a pessoa é enganada, acredita que está certa, mesmo quando não está. Independentemente da situação, podemos dividir os ofendidos em duas, grandes categorias: a) aqueles que foram injustiçados ou b) aqueles que acreditam que foram injustiçados. As pessoas da segunda categoria acreditam de todo o coração que foram traídas. Geralmente, a conclusão a que chegam provém de informações incorretas; ou a informação está correta, mas a conclusão está distorcida. De qualquer forma, elas estão feridas e seu entendimento obscurecido. Julgam por A verdadeira condição do coração .Uma forma de o inimigo usar a pessoa escandalizada é mantendo a ofensa escondida, num manto de orgulho. O orgulho nos impedirá de admitir nossa verdadeira condição.
Certa vez fui severamente magoado por alguns ministros. As pessoas diziam "Não acredito que eles fizeram isso com você. Você está magoado?"
Eu respondia rapidamente: "Não, estou bem. Não estou magoado". Sabia que estava errado em sentir-me escandalizado e ofendido, mas o que fiz, então, foi negar e reprimir esse sentimento. Convenci-me de que não estava ressentido, mas na realidade estava, e muito. O orgulho mascarou a verdadeira condição do meu coração. O orgulho nos impede de lidar com a verdade. Ele distorce nossa visão. Nunca mudaremos se acreditarmos queestamos bem. O orgulho endurece o coração e obscurece os
olhos do entendimento. Impede a mudança - o
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