Grandes escandalos

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Construímos muros, quando somos feridos,
para salvaguardar nosso coração e prevenir
futuras feridas. °

2. UM GRANDE ESCÂNDALO

Neste tempo, muitos hão de se escandalizar, trair e
odiar uns aos outros; levantar-se-ão muitos falsos
profetas e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a
iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos. Aquele, minhas costas e eu as suas" ou: "Você me trata bem e eu a
você".
Por outro lado, ágape é o amor que Deus derrama no
coração de seus filhos. É o amor que Jesus nos dá
livremente. Ele é incondicional. Não é baseado em
desempenho e não é dado em troca de algo. É um amor
dadivoso, mesmo quando rejeitado.
Sem Deus só podemos amar com amor egoísta - o que
não pode ser dado se não for recebido ou retribuído. O amor
ágape, porém, independe de resposta. Esse ágape é o amor
que Jesus derramou quando perdoou na cruz. Dessa forma,
os "muitos" a quem Jesus se refere são os crentes cujo ágape
esfriou.
Houve um tempo em que eu fazia de tudo para
demonstrar amor por uma certa pessoa. Mas me parecia que,
a cada vez que tentava demonstrar, ela retribuía com críticas
e aspereza. Por meses essa situação se prolongou. Um dia
fiquei saturado.
Reclamei com Deus: "Já basta. Agora o Senhor precisa
conversar comigo sobre isso. Toda vez que demonstro seu
amor por esta pessoa ela me devolve ódio!"
O Senhor começou a falar comigo. "John, você precisa
desenvolver a fé no amor de Deus!" "Que o Senhor quer
dizer?" - perguntei. "O que semeia para a sua própria carne
da carne colherá corrupção". Ele explicou: "Mas o que semeia
para o Espírito do Espírito colherá vida eterna. E não nos
cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se
não desfalecermos" (veja Gl 6:8, 9).
Você precisa perceber que quando semeia o amor de
Deus colherá o amor de Deus. Você tem de desenvolver a fé
nesta lei espiritual - mesmo que não colha do solo onde
semeou, ou isso não acontece tão rápido quanto gostaria.
O Senhor continuou: "Quando mais precisei, meu
melhor amigo me abandonou. Judas me traiu, Pedro me
negou e os outros tentaram salvar a própria pele. Somente
porém, que perseverar até o fim, esse será salvo (Mt
24:1a13).
Neste capítulo de Mateus, Jesus dá sinais do final dos
tempos. Seus discípulos lhe perguntaram: "Qual será o sinal
de tua vinda?".
Muitos concordam que estamos nos aproximando do
tempo da Inda de Jesus. É inútil tentar saber o dia exato de
sua volta. Apenas o Pai sabe. Mas Jesus diz que saberíamos
o tempo, e é exatamente agora. Nunca antes vimos tantas
profecias sendo cumpridas na Igreja, em Israel e na natureza.
Dessa forma, podemos dizer, com segurança, que estamos
vivendo o tempo a que Jesus se refere em Mateus 24.
Note um dos sinais de sua volta: "Muitos serão
escandalizados" ao poucos, mas muitos. Primeiro, devemos
perguntar: "Quem são estes muitos?" São os crentes ou a
sociedade em geral? Encontramos a resposta conforme
continuamos a leitura: "E, por se multiplicar a iniqüidade, o
amor se esfriará de quase todos". A palavra grega para amor
neste versículo é ágape. Há várias palavras gregas pana amor
no Novo Testamento, mas as duas mais comuns são ágape e
phileo.
Phileo define o amor que existe entre amigos. É um
amor afetuoso que é condicional. Phileo diz: "Você coça minhas costas e eu as suas" ou: "Você me trata bem e eu a
você".
Por outro lado, ágape é o amor que Deus derrama no
coração de seus filhos. É o amor que Jesus nos dá
livremente. Ele é incondicional. Não é baseado em
desempenho e não é dado em troca de algo. É um amor
dadivoso, mesmo quando rejeitado.
Sem Deus só podemos amar com amor egoísta - o que
não pode ser dado se não for recebido ou retribuído. O amor
ágape, porém, independe de resposta. Esse ágape é o amor
que Jesus derramou quando perdoou na cruz. Dessa forma,
os "muitos" a quem Jesus se refere são os crentes cujo ágape
esfriou.
Houve um tempo em que eu fazia de tudo para
demonstrar amor por uma certa pessoa. Mas me parecia que,
a cada vez que tentava demonstrar, ela retribuía com críticas
e aspereza. Por meses essa situação se prolongou. Um dia
fiquei saturado.
Reclamei com Deus: "Já basta. Agora o Senhor precisa
conversar comigo sobre isso. Toda vez que demonstro seu
amor por esta pessoa ela me devolve ódio!"
O Senhor começou a falar comigo. "John, você precisa
desenvolver a fé no amor de Deus!" "Que o Senhor quer
dizer?" - perguntei. "O que semeia para a sua própria carne
da carne colherá corrupção". Ele explicou: "Mas o que semeia
para o Espírito do Espírito colherá vida eterna. E não nos
cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se
não desfalecermos" (veja Gl 6:8, 9).
Você precisa perceber que quando semeia o amor de
Deus colherá o amor de Deus. Você tem de desenvolver a fé
nesta lei espiritual - mesmo que não colha do solo onde
semeou, ou isso não acontece tão rápido quanto gostaria.
O Senhor continuou: "Quando mais precisei, meu
melhor amigo me abandonou. Judas me traiu, Pedro me
negou e os outros tentaram salvar a própria pele. Somente João me seguiu a distância. Eu cuidei deles por três anos,
alimentando-os e ensinando-os. Mesmo assim, quando morri
pelos pecados do mundo lhes perdoei. Eu libero todos eles -
desde o meu amigo que me abandonou até o soldado romano
que me crucificou. Eles não pediram perdão, mas perdoei
livremente. Eu tinha fé no amor do Pai. Eu sei disso porque
havia semeado amor e então colheria amor de muitos filhos e
filhas do Reino. Por causa do meu sacrifício de amor eles me
amariam. Eu disse amai os vossos inimigos, orai pelos que
vos perseguem, para que vos torneis filhos do vosso Pai
celestial. Ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir
chuvas sobre justos e injustos.
Porque, se amardes os que vos amam, que recompensas
tendes? Não fazem os publicanos também o mesmo? E, se
saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis de mais?
Não fazem os gentios também o mesmo?"' (Mt 5:44-47)
Grandes expectativas
Eu percebi que o amor que eu estava dando era
semeado do espírito, e eventualmente colheria as suas
sementes. Eu não sabia de onde, mas sabia que a colheita
viria. Não via mais como fracasso o fato de não ser retribuído
com amor. Fui liberto para amar aquela pessoa ainda mais!
Se mais crentes reconhecessem isso, desistiriam de se
sentirem ofendidos. Não andamos com muita freqüência
nesse tipo de amor. Andamos num amor egoísta que
facilmente nos desaponta quando nossas expectativas não
são preenchidas.
Se tenho expectativas em relação a certas pessoas, elas
podem desapontar-me. O desapontamento será proporcional
à expectativa que deposito nelas. Mas, se não tenho
expectativas em relação às pessoas, qualquer coisa que eu
der será uma bênção e não algo que deva ser retribuído em
troca. Preparamo-nos para ser ofendidos quando esperamos
certos comportamentos daqueles com quem temos nos
relacionado. Quanto mais esperamos, maior o potencial para
a ofensa.
Muros de proteção?
O irmão ofendido resiste mais que uma fortaleza; suas
contendas são ferrolhos de um castelo (Pv 18:19).
Um irmão ou irmã ofendidos(as) resistem mais que uma
fortaleza. As cidades fortificadas possuíam muros ao seu
redor. Esses muros eram a segurança de que a cidade estaria
protegida. Eles mantinham algumas pessoas e invasores fora.
Todos os que entravam eram revistados. Aqueles que deviam
impostos não podiam entrar até que pagassem o que deviam.
Os que eram considerados uma ameaça à segurança ou
saúde da cidade eram mantidos fora.
Construímos muros, quando somos feridos, para
salvaguardar nosso coração e prevenir futuras feridas.
Tornamo-nos seletivos, barrando a entrada de todos os que
nos feriram. Selecionamos todos os que nos devem algo.
Negamos-lhes o acesso até que nos paguem tudo o que
devem. Abrimos nossa vida só àqueles que acreditamos
estarem do nosso lado.
Freqüentemente, essas pessoas que estão "do nosso
lado" estão ofendidas também. Dessa forma, em vez de
ajudar, colocamos pedras adicionais em nossos muros. Sem
sabermos exatamente como aconteceu, esses muros se
tornam prisões. A essa altura, não apenas tomamos
precaução em relação àqueles que entram, mas também,
aterrorizados, não nos aventuramos a sair da fortaleza.
O crente ofendido se concentra no seu próprio interior e
se torna introspectivo. Guardamos nossos direitos e
relacionamentos pessoais cuidadosamente. Nossa energia é consumida enquanto cuidamos de que nenhuma outra ferida
futura ocorra. Se não nos arriscamos ser machucados, não
podemos também dar amor incondicional. O amor
incondicional dá aos outros o direito de nos machucar.
O amor não procura seu próprio interesse, mas as
pessoas machucadas se tornam mais e mais introspectivas e
retraídas. Nesse ambiente, o amor de Deus se torna frio. Um
exemplo natural é os dois mares na Terra Santa. O mar da
Galiléia, liberalmente dá e recebe água. Ele tem abundância
de vida, alimentando diferentes espécies de peixes e plantas.
A água do mar da Galiléia é levada pelas de um Rio Jordão
até o Mar Morto. O Mar Morto apenas recebe água e não a
doa. Não há vida vegetal ou animal nele. As águas vivas do
mar da Galiléia se tornam mortas quando misturadas às do
Mar Morto.
A vida não consegue ser sustentada se for retida: ela
deve ser dada livremente. Dessa forma o crente ofendido,
escandalizado é aquele que recebe vida e por causa do medo,
não consegue liberá-la. Conseqüentemente, sua vida fica
estagnada entre muros ou prisões da ofensa. O Novo
Testamento descreve esses muros como fortalezas:
Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e
sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas,
anulando nós sofismas e toda altivez que se levante
contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo
pensamento à obediência de Cristo (2 Co 10:4,5).
Essas fortalezas criam padrões de raciocínio por meio
dos quais toda informação recebida é processada. Embora
elas sejam originalmente levantadas por motivo de proteção,
tornam-se fonte de tormenta e distorção, porque entram em
guerra contra o conhecimento ou a sabedoria de Deus.
Quando filtramos tudo através de feridas passadas,
rejeições e experiências ruins, achamos muito difícil acreditar
em Deus. Não consegue, acreditar que Ele realmente tenha a
intenção de fazer o que disse. Duvidamos de sua bondade e fidelidade, uma vez que o julgamos pelos padrões dos
homens em nossa vida. Mas Deus não é um homem! Ele não
mente (Nm 23:19). Seus caminhos não são os nossos
caminhos, e s pensamentos não são nossos pensamentos (Is
55:8, 9).
Pessoas ofendidas serão capazes de achar trechos
bíblicos que apóiem sua posição, mas sem usarem
corretamente a Palavra de Deus. O conhecimento da Palavra
sem amor é uma força destrutiva porque nos incha de
orgulho e legalismo (1 Co 8:193). Isso faz com que nos
justifiquemos em vez de nos arrependermos, porque não
somos capazes de perdoar.
Cria-se, dessa forma, uma atmosfera na qual podemos
ser enganados, porque o conhecimento de Deus sem o amor
dele, leva ao engano.
Jesus nos alerta sobre os falsos profetas imediatamente
após a declaração de que muitos serão escandalizados:
"Levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos"
(Mt 24:10). Quem serão os muitos enganados? Resposta: os
escandalizados, ofendidos, que esfriaram seu amor (Mt
24:12).
Os falsos profetas
Jesus chama de falsos profetas os lobos disfarçados de
ovelhas (Mt 7.15) São homens interesseiros que têm a
aparência de crente (disfarce de ovelha), mas a natureza
interior de lobo. Os lobos gostam de estar perto das ovelhas.
Podem ser achados tanto na congregação como no púlpito.
São enviados pelo inimigo para se infiltrarem e enganar.
Devem ser identificados pelos seus frutos, não pelos
ensinamentos e profecias Geralmente, seus ensinamentos
parecem bem sólidos, ao contrário dos frutos de sua vida e
seu ministério, que não são consistentes. Um ministro ou um
crente é o que ele vive, não o que ele prega. Os lobos geralmente vão para cima das ovelhas novas
ou das feridas, não das saudáveis e fortes. Esses lobos dirão
às pessoas o que elas querem ouvir, não o que precisam
ouvir. Elas não querem doutrina sólida; querem alguém que
lhes agrade os ouvidos. Vejamos o que Paulo diz sobre os
últimos dias:
Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão
tempos difíceis, pois os homens serão [.. ] implacáveis
[...] tendo forma de piedade, negando-lhe,
entretanto, o poder. Foge também destes. [... ] Pois
haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina;
pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as
suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos
ouvidos (2 Tm 3:1-5 e 4:3, Destaques acrescidos).
Note que terão forma de piedade ou de "crentes", mas
negarão o poder. Como farão isso? Negarão que o
cristianismo pode transformar alguém implacável em alguém
perdoador. Eles vão alardear que são seguidores de Jesus e
proclamar suas experiências de "novo nascimento"; mas o
que falam não penetra em seu coração para imprimir-lhes o
caráter de Cristo.
Geração da informação
Paulo pôde de enxergar profeticamente que esses
homens e mulheres enganados possuíam um zelo pelo
conhecimento, mas permaneciam imutáveis, uma vez que
nunca o aplicavam. Ele os descreveu como pessoas "que
aprendem sempre e jamais podem chegar ao conhecimento
da verdade" (2 Tm 3:7).
Se Paulo estivesse vivo hoje, ficaria extremamente triste
ao ver acontecendo o o que havia dito que aconteceria. Ele
veria muitos homens e mulheres participando de retiros,
seminários e cultos, acumulando conhecimentos bíblicos.
Saindo à caça por "novas revelações", para que pudessem

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