Discussão.

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Oieee! Senti falta de postar sobre essa história, então trabalhei nisso durante a tarde.

Dedicado à AnyGranger e LizaSierra! Amo vocês!

Espero que gostem!

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14 - Soulmate

A chuva rugia com força fora do castelo quase como um animal selvagem à solta.
O vento fazia estrondos horripilantes quando batia contra as paredes de pedra, dando a impressão de que elas poderiam ir ao chão a qualquer momento. Ceder como se fosse tão fácil quanto respirar. Mesmo que respirar, agora, parecesse a coisa mais difícil da terra.
E as costas dela estavam grudadas à parede, a salvo, pelo pequeno arquear que ela fez, para que ele pudesse ter mais acesso a ela, como se sua vida dependesse disso...

E, Merlin, dependia!

Ela apertou com força os cabelos finos dele em suas mãos, mantendo-o firme ali. Obrigando-o a continuar com os movimentos, ao tempo em que ela lutava para se manter sã.

Ela estava no paraíso, quase flutuando nas nuvens, e tão perto do céu quanto se era possível para alguém que sequer podia tirar os pés do chão, mas porque a sensação de que iria para o inferno se fazia cada vez mais crescente em seu âmago? Por que sentia todo o seu corpo arder naquela febre de prazer e rendição?

Gemeu alto, forçando a cabeça ainda mais contra o concreto frio da parede, ele acertou seu ponto sensível, e era tão quente. Tão deliciosamente quente, urgente, hábil.

Quem diria que uma discussão poderia terminar assim? 

— Por favor — ela se ouviu implorar, seu orgulho grifinório pareceu deixar seu corpo naquele momento, mas de alguma forma isso não pareceu importar. Nada ao redor parecia. Nem a chuva, nem os trovões, nem  os velhos costumes, o que ela era e o que ele era. Nada. Absolutamente nada.

Ele soprou o ponto sensível e pulsante entre suas pernas, e olhou para ela de lá, erguendo os olhos cinzentos e brilhantes que eram nada além do espelho de seus próprios desejos. O coração dela pareceu parar por um milésimo de segundo e ela sabia que isso não tinha nada a ver com a luxúria que corroía seu corpo como ácido.

— Diga-me o que quer, Granger — ele falou, a voz rouca e arrastada trazendo ainda mais sensações para ela assimilar. — Você sabe que só precisa dizer.

— Quero você. — ela foi rápida e urgente, o fogo dentro dela já consumira tudo. Puxando-o para cima, deixando suas mãos desfazerem-se os botões da maldita camisa que ele ainda estava usando. — Quero você dentro de mim, Malfoy.

Com um sorriso lascivo e nocivo Draco, puxou-a pela nuca, beijando-a com fome, com toda a vontade que também ondulava em seu âmago.

A explosão de necessidade e erotismo parecia tê-los envolvido por completo, levando-os para além de qualquer objeção. De qualquer motivos que poderiam ter para não se entregarem. Nenhum motivo cabia ali.

Malfoy pressionou-a ainda mais contra a parede de pedras, suas mãos arrastando-se pelo corpo pequeno e castanho, arrancando fora qualquer tecido que pudesse impedi-lo de sentir o calor de sua pele, a erupção que ela era. O corpo de Hermione tornara-se o objeto de todos os desejos do sonserino, e mesmo com tudo o que existia contra eles, e o que poderiam usar para se manterem afastados, estavam ali, rendidos.

Sua mão migrou para onde sua boca estava anteriormente, perdendo-se no que certamente seria seu maior pecado. Hermione continuou gemendo, beijando-o, atiçando. Sentia-se pronta, total e completamente. 

— Agora, Draco. — o pedido transformou-se em ordem. Os olhos dela haviam sido imersos naquele mesmo fogo que crepitava dentro e fora dele.

Com um movimento habilidoso, Malfoy puxou as pernas dela para cima, seu peito roçando nos seios dela, de uma forma deliciosa e enlouquecedora que o deixou ainda mais duro, ainda mais louco. Apertou a cintura pequena e morna, olhou no fundo dos olhos de tempestade castanha e enfiou-se dentro dela sem aviso, escutando-a gemer e se agarrar com força em seus ombros, para manter o apoio. A cabeça de Hermione tombou para trás por alguns segundos enquanto Draco ainda se acostumava a estar dentro dela. 

Granger era acolhedora. Quente. Apertada. 

Perfeita para ele. 

— Porra… — ele urrou, começando os movimentos, fundindo-se à carne quente daquela que um dia fora sua inimiga. 

A tempestade que caía pesadamente lá fora parecia apenas um chuvisco, a verdadeira estava acontecendo ali, entre aquelas quatro paredes, enquanto eles cediam e se envolviam naquele prazer cru, intenso e forte demais para ser ignorado. 
As unhas de Hermione se afundaram na pele de Draco no mesmo momento em que sua boca tomou o seio esquerdo dela na boca, lambendo e sugando - do jeito que ela gostava. Apesar da trégua recente ainda havia a competição sobre quem faria o outro ruir primeiro. Sobre quem faria o outro implorar.

Quando se encontraram a intenção jamais tinha sido essa, jamais imaginaram o que aconteceria, no entanto, não conseguiram fugir daquela corrente elétrica que energizava ambos os corpos, que os impelia um para o outro. Era inevitável. 
Os movimentos agora já não eram mais sutis, Hermione sentia Draco enfiando-se cada vez mais rápido, mais fundo, empurrando-o para a beira do penhasco, para o mergulho no prazer.

Segurou as laterais do rosto dele, sentindo-o tocando naquele ponto que deixava o corpo dela todo sensível, que estremecia seus ossos… Os olhos de Draco estavam azuis, tão azuis quanto um céu no dia seguinte a uma tempestade, e então ela o beijou. Profundamente. Ensandecidamente.
 
Agora. — ela sussurrou, ainda com os lábios colados aos dele, mordendo-o de leve, apenas para provocar. 

Sem nem ao menos dar a chance de negá-la, Draco apertou a cintura e estocou o mais fundo que conseguiu e se deixou vir. Hermione caindo junto, indo do céu ao inferno em um segundo que parecia uma eternidade.

Os corpos tremeram e se uniram.
A cabeça de Draco perdeu-se na curva do pescoço de Hermione enquanto ele se recuperava, o cheiro de baunilha misturado a limão e sexo se tornou, de repente, seu cheiro favorito do mundo. 
Quando volveu a cabeça para a posição normal, e olhou Hermione, ela tinha um sorriso iluminado e um olhar que a deixava completamente vulnerável. 

— Isso foi… — ele começou, mas perdeu o que queria dizer porque Hermione nua e suada após um orgasmo era encantadora.

— Foi mesmo. — concordou ela, timidamente. 

Draco sabia que ainda tinham muitas coisas a discutir, mas ele queria aproveitar melhor aquele momento. Ele queria aproveitar melhor a visão. 

— Podemos discutir sobre aquele assunto depois? — ele perguntou, mansamente. 

— Podemos, sim.  

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Notas finais; CLARO QUE PODEM!
Lembrando que todos os capítulos de Soulmate são interligados porém não tem linearidade. Estamos falando de uma história só, mas em linhas de tempo distintas.

Eu não queria trazer um capítulo sobre sexo, mas ele me escolheu então...

Espero seus comentários!

Beijos de luz!

Soulmate. - DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora