Capitulo 2

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Tempo depois a porta é aberta novamente, mas dessa vez era o cara para quem eu fui vendida. Ele estava com uma calça preta e uma blusa social dobrada até a metade do braço, mostrando várias de suas tatuagens.

Ele fecha a porta e olha pra bandeja na mesinha.

- Você precisa comer, não que a minha noiva esteja fraca para o casamento _

- Do que você está falando? _ olho pra ele assustada.

- Nosso casamento, vai ser amanhã_

Olho pra ele ainda sem acreditar no que ele acabou de falar, eu teria que casar com aquele troglodita?

- Eu não vou me casar com você_ respondo ríspida

Ele da risada sarcástica e vem se aproximando de mim, a cada passo que ele dá eu dou um pra trás até sentir minhas costas batendo na parede, uma de suas mãos desce até minha cintura e ele aperta contra seu corpo, fazendo com que nossos corpos fiquem próximos o suficiente para que eu sinta sua respiração. Ele pega uma mecha do meu canelo e coloca por trás da minha orelha.

- Você é minha, Kiara Torres_ ele sussurra no meu ouvido fazendo com que meu corpo todo se arrepie.

Olho pra ele e dou um sorriso, puxo levemente seu cabelo fazendo com que fiquemos da mesma altura e passo meus lábios pela sua orelha.

- Eu nunca vou ser sua _ sussurro de volta.

- É o que veremos, amor_

Ele solta minha cintura e da um sorriso de canto.

- Te vejo no altar_ fala e em seguida fecha a porta.

Eu choro mais uma vez, eu me sinto sem forças para nada, eu iria me casar com aquele idiota.

Eu nunca pensei na possibilidade de me casar algum dia, mas caso isso acontecesse, eu queria que fosse com alguém que eu realmente amasse, não com alguém que me comprou.

Vou até a janela e fico olhando o jardim aqui de dentro, eu não aguentava mais ficar presa aqui nesse quarto, vou até a porta rezando para que esteja aberta e dou um sorriso vitorioso quando ela se abre revelando um corredor enorme com uma escada no final. Assim que desço dou de cara com uma sala enorme, que questiono ser maior que todo minha casa, quer dizer, antiga casa. Sinto um cheiro delicioso e vou o seguindo até chegar na cozinha, onde a senhora simpática estava tirando uma lasanha do forno, automaticamente meu estômago ronca fazendo com que ela se vire para mim assustada.

- Desculpa não quis te assustar_

- Tudo bem querida. Acho que alguém não comeu aquela sopa_

Coloco a mão na barriga e dou um sorriso meio sem graça.

- Vou pegar um prato para senhora, sente-se_

Vou até a bancada e me sento em uma cadeira, observando a mulher colocar uma colher bem generosa de lasanha.

- Qual o seu nome?_ pergunto pra ela .

- Amelia, senhora_

- Sem senhora, meu nome e Kiara_ falei dando a primeira garfada.

- Bom, amanhã a senhora, quero dizer você, vai ser uma Miller_

Sinto um angústia ao lembrar disso.

- É, infelizmente_ dou mais uma garfada na lasanha

- Eu sei que é difícil, mas isso meio que é normal nas máfias_

Merda, pensei que ele fosse algum traficante mas agora mafioso, eu provavelmente duraria alguns dias aqui, mas se eu tiver muita sorte consigo ficar umas três semanas, no máximo.

Termino de comer e repito mais umas duas vezes, estava muito bom, nem me lembro da última vez que tinha comido lasanha.

- Obrigada Amelia, estava muito bom_

- Fico feliz que tenha gostado_ ela sorri

Me levanto e vou olhar mais um pouco a casa, vou até o outro lado do jardim e me surpreendo ainda mais com o tamanho.

Vou até a entrada da casa e as poucas esperanças que eu tinha de fugir dali foram embora quando eu vi seis homens enormes armados até o dente, que se viraram para mim.

- O que foi? Vocês acham que eu vou pular o muro e sair correndo?_ pergunto e eles não respondem nada.

Ignoro eles e volto para a casa, para explorar mais. Subo para o andar de cima e a primeira porta que abro é de um quarto, parecido com o meu só que um pouco mais sombrio. Vou até uma estante onde tinha alguns troféus, peguei um que chamou atenção, era uma luva de boxe de ouro.

- Eu não dei permissão para você entrar no meu quarto_  aquela voz me fez arrepiar.

Coloco o troféu no lugar e me viro pra ver ele, que estava com apenas uma toalha na cintura, confesso que perdi alguns segundos admirando. Ignoro ele e vou em direção a porta mas ele me segura pelo braço.

- Me solta_ tento me soltar

Ele encosta seu corpo junto ao meu, perto o suficiente para que eu sinta seu peito nu sobre mim. Ele começa a deslizar os dedos pela minha coxa e sinto um arrepio percorrer todo meu corpo.

- P-para_ falo meio fraca

Ele sorri de lado e merda, aquele maldito sorriso me fez querer mais.

- Eu não vou fazer nada que você não queira_ ele vai subindo a mão até a minha calcinha
- Mas eu vou fazer com que você implore miseravelmente para que eu te foda_

Nessa altura eu já estou toda molhada e eu tentava lembrar de mil motivos que eu tenho para odiar ele mas nesse momento eu só me importo com seus dedos massageando minha buceta.

Ele puxa me cabelo fazendo um rabo de cavalo com a mão e levemente puxa minha cabeça para o lado, fazendo que sua língua úmida e quente deslizasse por todo meu pescoço até chegar nos meus seios, onde sua língua passeia fazendo movimento circulares até chegar no bico, que estava duro feito pedra.

Arranho suas costas e puxo seus cabelo enquanto ela começa a descer para minha barriga dando algumas mordidas, assim que que ele chega abaixo do umbigo sinto uma de suas mãos aperta o meu peito e acabo soltando um gemido. Ele para e olha pra mim vitorioso.

Merda.

Foi ai que me dei conta, eu tinha acabado de cair na porra do joguinho dele.

-Isso foi só o começo Kiara_ ele fala com o rosto bem próximo ao meu.

Empurro seu peitoral fazendo com que ele se afaste.

- Eu te odeio Daemon_ falo pra olhando pra ele

- Não foi isso que pareceu há alguns segundos atrás_

Reviro os olhos e saio dali com raiva, me encostando em uma parede . Eu não acredito que na primeira oportunidade quase transei com ele, isso nunca tinha acontecido antes, eu já senti tesao por alguns caras mas isso foi loucura.

Volto pro meu quarto e tomo um banho gelado, na intenção de tirar isso que acabou de acontecer da minha cabeça, respiro fundo e sinto a água cair e rolar pelo meu corpo. lembrando fortemente de cada detalhe. Passo as mão pelo meu corpo lembrando da suas mãos grossas e mordo os lábios quando passo as mãos pelos meus seios.

Droga! Eu odiei esse efeito que ele teve sobre mim.

Rendida a eleOnde histórias criam vida. Descubra agora