01

71 8 0
                                    


 Prólogo 


Já era tarde da noite, o barulho das ondas ecoava através da luz fraca do luar. O som tão nítido, como se estivessem muito perto, despertou um pouco minha mente dormente. Olhando ao redor, vi o oceano bem longe. A lua crescente brilhava de forma sombria no céu negro, sua cor branca acinzentada fazia parecer que estivesse salpicada de cinzas.

Como é um lugar quase sem ninguém, tudo é muito escuro e silencioso. Aqui fora, as luzes tremeluzentes da rua e a lanterna fraca do farol que ilumina o oceano ao longe eram tudo o que clareavam a escuridão.

Sewon limpou o suor do rosto com uma mão. Seu corpo estava embriagado de álcool e seu rosto esquentando como um reflexo por beber tanto.

"Vamos entrar."

O homem agachado no chão apagou o cigarro. Sewon assentiu com a cabeça e abriu a porta da varanda. O interior estava impregnado com um forte cheiro de álcool, o que dificultava tentar se manter sóbrio. Apesar de ter melhorado um pouco quando saiu para esfriar a cabeça, o licor foi empurrado para a cabeça novamente, e Sewon se apoiou nele para controlar seu corpo cambaleante.

"Ah, que fedor de cigarro, desgraçado!"

"Desculpe."

"Mesmo depois de o seu pai ter explodido de raiva daquele jeito, você continua fora de si! Que grande filho da puta."

"Ei, esqueça isso, já chega. Um brinde, vamos brindar de novo!"

Hoje é o último dia da viagem de férias de verão que fiz com os meus colegas. Abri a janela da varanda enquanto acenava com a cabeça. Fui preenchido pelo ar fresco e senti voltar um pouco da minha consciência, mas o interior cheio do forte cheiro de álcool não me deixava ficar sóbrio por completo.

A festa cheia de bebida, que começou no início da noite, tornou-se um pouco mais tranquila com o passar das horas. O chão da sala estava cheio de todo tipo de garrafas de álcool e alguns amigos deitados que mais pareciam estar mortos do que dormindo. No entanto, as pessoas que sobreviveram até agora apenas continuavam a beber.

Eu bebi um, dois, três copos consecutivos até minha visão começar a girar. Quando soltei um suspiro, o terrível cheiro de álcool estimulou meu nariz. Mesmo que eu fechasse e abrisse os olhos depois de alguns segundo, os meus amigos e a sala ainda pareciam estar rodando na minha frente. A cena me pareceu ser algo tão engraçado que comecei a rir e o cara ao meu lado deu um tapinha no meu ombro.

"Lee Sewon. Você está cansado? Já chegou no limite?"

"Não, não mesmo. Estou bem."

Quando Sewon sorriu estupidamente, os outros caíram na gargalhada também. As conversas não tinha nenhum sentido, mas o riso nunca parava. Um garoto de cabelos escuros, que estava agitado e flertando há um tempo, faloucom uma voz animada.

"Ei, querem ir ver o oceano?"

"Que merda você está falando do nada?"

"Não vamos poder ir amanhã cedo já que temos de pegar o trem no horário certo, então vamos lá ver pela última vez enquanto ainda dá tempo."

Seus olhos brilhavam com uma mistura de preocupação e luxúria. Hoje era um dia especial e o álcool no sangue os fazia agir mais impulsivamente que o normal. Rapidamente, Sewon colocou o chinelo nos pés e fez todos saírem da sala, então apagou as luzes e fechou a porta com cuidado.

"Ahh, que legal!"

"Cala a boca, idiota!"

Nessa pequena cidadezinha, a aparência apagada e velha da fachada das casas adicionava um ar de abandono e nada se era ouvido durante a noite, como se não houvesse habitantes. Mas agora, sussurros e barulhos alegres ecoavam pelas ruas. Eles tentavam fixar suas visões e passos oscilantes para discernir melhor o caminho escuro.

Mutante [BL]Onde histórias criam vida. Descubra agora