[CONCLUÍDA]
🦋 Um aspirante a médico e um artista se encontram por acaso.
Uma história sobre trens, paintball, arte e a lembrança do primeiro amor.
Namjin!Centric | Shortfic
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Também estou me perguntando sobre todas aquelas pessoas no trem. Eles estavam cientes de que estavam testemunhando algo grandioso? Uma primeira troca de declarações de amor — como poderiam não saber? Como eles podiam permanecer tão arrogantes e indiferentes quando a vida estava sendo dividida em Antes e Depois, quando era o primeiro dia do resto de nossas vidas? Eles devem ter sentido, a menor onda no menor nervo.
Em dezembro, antes das férias, você me pediu para ir à sua universidade para ver uma galeria que mostra parte de uma de suas aulas principais.
— A série se chama 'Time Stands Still' — você disse. — E há algo que eu realmente quero te mostrar.
Combinamos de nos encontrar na estação no dia seguinte, como sempre fazíamos, e irmos juntos, e você se afastou de mim com um leve salto no passo.
Garoto bobo, pensei então, balançando a cabeça com um sorriso. Sabendo o que sei agora, deveria ter pensado — feito — outra coisa.
Na manhã seguinte, você não apareceu.
Esperei uma hora antes de perceber que você devia estar fazendo algumas coisas e só poderia vir mais tarde. Tentei ligar para você e enviar mensagens de texto, mas você deve ter deixado o telefone em casa, como costumava fazer.
Então fui sozinho e considerei encontrá-lo lá. A maior parte da obra de arte estava visivelmente relacionada ao tempo — uma escultura de uma ampulheta, a areia congelada no meio da queda, uma pintura de uma rua movimentada, as pessoas capturadas no meio da ação, um sinal de "pausa" quase imperceptível na parte inferior. Mas o seu foi diferente.
Era uma cópia de Gray's Anatomy, agora ligada a mim e a nós de maneiras que serão tão persistentes e atemporais quanto o próprio livro, mas você alterou o título e o fez dizer "Jin's Anatomy".
Eu o abri e vi que você o estava usando para conter aqueles esboços noturnos que você fez de mim naquele verão, as palavras de Henry Gray parecendo tão maravilhosas sob cada imagem, não apenas aquelas que ambos estudamos por tanto tempo, mas as novas de mim que você adicionou. Alguns eram monocromáticos, outros explodindo em cores. Houve até casos em que você combinou as ilustrações do livro com as suas, alinhando meu corpo com elas.
As pessoas perguntavam o que diabos tudo isso tinha a ver com o tempo parado. Eu sabia por que, mas decidi que outros não precisavam.
Há um dos meus favoritos que abrange duas páginas de texto simples. Fiquei um pouco envergonhado por você ter me desenhado, nu como eu estava debaixo de suas cobertas, coberto apenas as partes mais íntimas. Mas eu realmente não me importei, porque o que você fez foi tão bonito: no desenho, no meio do meu peito, bem onde deveria estar, havia um coração, brilhando em um vermelho vibrante.
Fiquei tão absorto em admirar o que você criou, o que tudo isso significava para você e para mim, que nem percebi que você ainda não havia entrado.
No momento em que o fiz, seu professor chamou a atenção de todos, dizendo ter um comunicado a fazer. O olhar em seu rosto, seus olhos vidrados e distantes, direcionados para sua peça, diziam tudo.
Mais uma vez, Namjoon, você estava certo. Ajudo as pessoas todos os dias agora. Mas há uma boa impressão.
Eu salvo vidas.
Apenas não a única vida que mais importava para mim.
