O céu ainda esta escuro enquanto Natasha dirige na estrada praticamente vazia, e tudo que a permitia visualizar algo eram as lanternas do carro acesas a sua frente, iluminando o caminho. Enquanto aos poucos ela conseguia ver uma maior quantidade de estrelas na madrugada escura, e Clint cochila ao seu lado com o cachorro em seu colo a dormir também. Para ela eram as piores companhias no momento, deixando-a sozinha de qualquer forma, com seus pensamentos ansiosos e a voz da Sia que seguia a cantar no radio do carro.— Ótimas companhias, parceiros até o fim. – ela sussurra para a dupla e segue focada em seu trajeto.
Era um pouco assustador estar sozinha na estrada a dirigir, em meio a madrugada e a escuridão. Tudo o que tinha era a voz e a melodia das musicas em sua playlist, misturando-se ao roncar de Clint no banco ao seu lado. Talvez a falta de conversa, ou de movimento, misturando-se com o fato de tudo a sua volta ser escuridão, mas a ansiedade lhe atinge de uma forma que decide acelerar, pisando no acelerador a manter o carro seguindo na estrada.
Acabou por ouvir um disco inteiro da Sia, antes de mudar para uma playlist mais diversa, a sua bagunça musical. E a mistura de ritmos e vozes e sentimentos, a cada musica nova, a mantém distraída por um tempo, enquanto focava-se na estrada. Quase uma hora após ter deixado sua casa, ela estava a parar em um posto de gasolina, para abastecer e poder usar o banheiro, comprar algo para comer e esticar um pouco as pernas.
— Como faremos agora? -- Clint questiona encostado no veiculo, enquanto segura o cachorro pela coleira. — Eu assumo o volante?
— Posso dirigir até Harrisburg, se quiser e você assume depois.
— Tudo bem, acho que é melhor assim. – ele concorda e Natasha deixa o amigo ali, a usar a bomba do posto para abastecer o carro, voltando a encher o tanque, enquanto ela vai para dentro da loja de conveniências, para ver o que havia ali para eles.
Ela acaba desistindo quando não consegue escolher nada entre todas as opções nada saudáveis, para uma madrugada não lhe parecia a melhor opção um saco de doritos e refrigerante. Apenas compra duas águas, e lança uma para a amiga que agarra a garrafa no ar, agradecendo, ela aguarda pelo amigo que a deixa ali para usar o banheiro, e assim que o cachorrinho parece fazer o mesmo quando afastam-se um pouco do veiculo, eles retomam a viagem, seguindo o trajeto do GPS.
Clint volta a cochilar, para estar descansado na hora de assumir o volante e Natasha segue a observar com o passar dos minutos, a escuridão da noite diminuindo, conforme a madrugada surgia. O cachorrinho ainda fica acordado parte do tempo, deitado na caminho no colo de Clint, sendo a sua companhia enquanto ela seguia ouvindo musica.
Tentava não pensar no que estava por vir, mas era impossível não pensar, ficava imaginando como chegaria até Steve, e o que falaria a ele quando estivesse frente a frente com ele. Precisava pensar no que diria a ele, quais palavras usariam para expor o que estava a sentir, por que agiu da forma que agiu, ficava imaginando a melhor forma de se explicar e defender-se. Mas para sua frustração, nada lhe agradava quando imaginava o desenrolar do momento, criando versões em sua mente.
Como havia combinado com Clint, ela dirige até Harrisburg chegando ao lugar um pouco depois das 2:00AM, permitindo que ele descanse até este momento, parando para usar o banheiro novamente, assim como ele havia feito. Por fim eles trocam as funções, e ela acomoda-se no assento do passageiro, com o cachorro deitado na caminha em seu colo, enquanto Clint fica na função de seguir com o trajeto, de acordo com o GPS. Após alguns minutos, de olhos fechados a tentar dormir, ela finalmente consegue entregar-se ao sono, sentindo o pequeno animal entre seus dedos enquanto fazia carinho no mesmo.
As 3:30AM eles estavam a passar por Chambersburg, e quando o cachorrinho fica inquieto a resmungar, rosnando em seu colo, a dupla para e Natasha o coloca na coleira, saindo do carro para o animal poder responder a um chamado da natureza.
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Never Be Me! 🔞 #SNPF
FanfictionPara Natasha Romanoff não havia nada mais importante que sua liberdade, a oportunidade de tomar suas próprias escolhas, por mais "erradas" eu algumas destas haviam sido consideradas. Não estava presa a alguém a tantos anos que ela não recordava a se...