–Tanjiro!—Uma voz familiar ecoava sobre o vazio em sua cabeça com um tom choroso, parecendo vir de uma criança, especificamente, de um garoto.
–Tanjiro, acorde, por favor!!!—O menino sacudiu o corpo de Tanjiro que estranhamente não sentia o toque vindo a si.
–Por favor!..— Outras duas vozes tristes aparecem no meio de tudo aquilo junto a soluços pequenos e quase silenciosos.
Tinha uma criança também, uma criança pequena que apenas chorava e não dizia nada.
–Tanjiro..— Uma voz calma se direciona até sua testa lentamente enquanto as crianças ainda choramingavam—Nezuko precisa de você, você é tudo o que ela tem agora.— A voz parecia igualmente triste, mas ainda continuava sendo confortavel de se ouvir—Nos deesculpa por lhe abandonar tão cedo meu filho...
Filho!??
Tanjiro se levanta do futon rapidamente, encarando a parede de madeira a poucos metros de distância de si.
Olhou para os lados. Se sentia asmático e sonolento na situação.
Oque diabos foi aquele sonho?
Tanjiro decidiu tentar se levantar, escorregou em absolutamente nada várias vezes, e com dificuldade conseguiu finalmente se tirar do chão.
O seu olhar de dificuldade, sofrimento e frustração mudaram para um olhar desconfiado levemente neutro.
Estava em território desconhecido, precisava achar sua irmã e sair dali logo. Olhou para o lado e avistou uma mesa, foi em sua direção um pouco desengonçado, assim se apoiando nela. Sentiu algo "picando" sua pele, então tirou uma parte de seu kimono para olhar suas pernas, avistando algumas lascas de gelo. Talvez tenha ficado tempo demais na neve, e pouco dentro desta casa.
Olhpu para porta é então empurrou seu corpo em direção a ela, caindo de cara no chão. Ficou de joelhos e lentamente abriu a porta.Olhou em volta pela porta do quarto, não aparentava ser uma casa muito grande, Tanjiro via apenas uma espécie de caldeirão e a porta da frente de onde estava.
Talvez se fosse para o meio tivesse uma percepção maior do lugar.
Foi em direção a uma espécie de degrau que pudesse lhe dar um apoio melhor para se levantar.Se levantou e olhou em volta, e como aparentava, a casa era pequena, tinha apenas dois quartos e uma sala principal, pela qual se encontrava nesse exato momento, olhou para a porta de entrada, estava aberta, mas Tanjiro não podia sair ainda, não sem sua querida irmã.
Foi desajeitadamente até a porta do outro quarto e a abriu.
Olhou em volta e nada dela.–Talvez ela tenha saído para fora...—Falou para si mesmo.
–Está falando da oni?—Tanjiro se assusta dando um pequeno grito antes de se virar para a pessoa que estava falando, avistou um velho senhor de máscara carregando um caixote todo coberto.—Se ela saísse iria morrer, está de dia, não vê?—Disse apontando para a porta atrás de si.
Tanjiro fica confuso, oque ele queria dizer com morer se saísse de dia?
Quem era ele?–Sinto muito pela indelicadeza senhor, obrigada pelo hospedagem mas eu preciso voltar para casa, você pode me dizer onde a minha irmã está?—Tanjiro perguntou gentilmente, porém se mantendo desconfiando.
–Ela está aqui, dentro desta caixa.—Tanjiro virou sua atenção para o homem ao lado do senhor que avia acabado de entrar, percebendo que ele era o mesmo homem da neve.
Tanjiro sentiu uma breve pontada de raiva vindo dentro de si, queria gritar algo mas nao tinha nada para falar.
–Você não parece saber muito sobre onis. Vamos, sente-se aqui em volta deste caldeirão.—O senhor disse se sentando e deixando o caixote de lado.
Tanjiro foi em direção ao caldeirão tentando parecer o menos desengonçado possível, estava desconfortável, porém curioso.
Sentou-se de frente para o senhor enquanto via o homem da neve fechar a porta, e se sentar ao redor do caldeirão também.