cap 1: Um Pequeno desabroxar da rosa

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Olá novamente a todos que me conhecem, e aos que não me conhecem, uma ótima tarde, noite e/ou manhã.

Espero que tenham gostado do prólogo, e saibam que ru ainda estou decidindo de os caps terão nomes ok?

De resto gostaria de lembra-los de curtirem minha história, para eu trazer mais caps e perder também que deixem algum comentário positivo

Boa leitura para todos vocês

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Sou acordada pelo canto das aves. Dessa vez, ao menos, não fui acordada pelos berros de minha mãe. O casamento de meus pais entrou em falência após a vinda da irmã mais nova, após 5 filhas, eu acho difícil um casamento se manter em pé. Mas não posso pensar muito nisso. Isso não é da minha conta há muito tempo. Levanto-me e caminho até o único banheiro da casa, descendo as escadas do pequeno anexo. O anexo era somente um quadrado feito de madeiras doadas e em más condições, as vezes, agradeço por Dafne ter ido embora, seria muito mais difícil com ela aqui, no anexo só temos duas "camas", pois aquilo não são camas, é mais uma invenção, para como uma desculpa, de não comprar uma cama, uma para mim e outra para Stela, minha irmã mais velha. Chego ao banheiro e escovo os dentes, com a escova comunitária que todos nós usamos. As duas irmãs menores, são privilegiadas, enquanto dormimos em um colchão feito de palha e nada macio no chão, elas dormem na cama de casal de meus pais, enquanto eles dormem no mesmo colchão que temos. Termino minha higiene pessoal, boto uma roupa simples que tenho, um vestido marrom, encardido, cheio de manchas único que tenho.

Chegando na praça central, começo a regar as flores. A muito tempo faço isso, regar as flores sempre me agrada e relaxa. Li alguns livros sobre elas há muitos anos atrás, hoje não tenho mais condições financeiras para ler um livro sequer. Ouço passos atrás de minha pessoa.

- Olá, bela dama, o que faz aqui desacompanhada? não sabes que aqui andam ocorrendo muitos roubos? - Era Oscar, um homem muito abusado, que perturba todas as moças da região. Não me surpreenderia se fosse ele que tivesse causado os roubos para ter uma desculpa e se aproximar das moças.

- Bom dia Oscar, regando as flores não estás cego estás? e outra não me admiraria se fosses tu que causasse os roubos desta região, estás sempre atrás de oportunidades para assediar as moças - Respondo ainda não olhando para Oscar 

- Mas bela dama? acordastes azeda hoje, e eu não assedio ninguém, somente faço elogios sinceros às moças - Deveria estar fazendo uma cara de coitadinho neste exato momento, Mas eu não o olho de jeito nenhum, vômito faz mal às plantas!. E foi neste exato momento que ele segurou em minha cintura - e cego eu não poderia estar pois nunca me perdoaria se nunca mais pudesse olhar para essa bela face.

- Chega Oscar! Preciso ir trabalhar, me solte agora mesmo! - Oscar no entanto, é um homem muito insistente, e quando, quer por que quer uma moça a de tentar conquistá-la de qualquer jeito. E se não der um ponto final tirando a atenção dele de você, ele já já a de te arrastar para um canto - Aquela não é Filomena? - Filomena era uma moça bonita, e aceitava de boca calada todos os toques de Oscar. Pobre garota, caiu nos encantos de um homem bonito, mas sem caráter nenhum!

- A tens razão, Filomena meu amor, me aguarde, já estou a chegar - Sai Oscar correndo  abanando para Filomena.

Que homem abusado!

Indo ao trabalho é sempre a mesma coisa, mais alguns homens abusados por aqui e por ali. Mas, já acostumada com isso, não teria como me importar menos.

Eu trabalho desde meus 12 anos, tudo isso, para sustentar meus pais, a mim e minhas irmãs e, mesmo que não goste de como meus pais me botaram de lado e começaram a mimar as mais novas, é um sacrifício preciso. 

Voltando para casa no final do dia. Com meus sapatos nas mãos. Exausta de trabalhar com o maquinario pesado, observo de longe uma movimentação estranha na porta de minha casa. Tão tarde e com os lampiões ligados? Qual foi o milagre? Penso antes de me esquentar pelos cantos com os sapatos ainda em minhas mãos.

De repente, o rei e suas duas filhas saem de dentro de minha casa. Penso novamente antes de avançar. O rei volta alguns passos, como se estivesse esquecendo-se de algo, então ouço claramente o rei dizendo 

- E lembrem-se que não digam nada a ela sobre o nosso acordo. Só digam a ela que arrume suas malas. No final do dia, amanhã, os meus guardas bateram à porta, e ela será levada para o palácio. E meu conselheiro entregará a quantia em ouro bruto a vocês - Horrorizada e enojada, com certeza, era como eu me sentia, minha própria família me vendendo tão facilmente. Eu sei que nossa relação não é de família, mas, mesmo assim, me venderem como escrava ao rei? Isso nem a mais pobre das famílias faria.

Com nojo de me aproximar, espero o rei ir embora, para então, ir andando lentamente até a porta fechada de minha casa ainda com as luzes acesas. O silêncio lá dentro e aqui fora era o que me deixava mais entristecida. Não lamentaram e muito menos contestaram uma vez após o rei ir embora. 

Abro a porta, só para me deparar com toda a família reunida e rindo enquanto mamãe cozinhava. Nojo.

- Filha! Estávamos à sua espera. Sabemos que está cansada, mas poderia esperar para comer o banquete com a gente - disse a mulher que costumava chamar de mãe

- Claro, ficaria lisonjeada - disse tentando não vomitar ou gritar e contestar com todos eles. Por que fazem isso comigo? Por que me venderam? Eu trabalhei por todos estes anos sem ao menos reclamar! Eu nunca fui ingrata uma vez na vida. Todas essas coisas eu gostaria de jogar na cara deles, mas se eu o fizesse, eu não ficaria feliz se o rei me tratasse mal por isso. 

- Eva, eu te amo tanto irmãzona! - disse Judite minha irmã, sorridente, enquanto me abraçava pela perna 

- Eva, a quanto tempo não te vejo, você cresceu tanto! - disse a mulher que dormia junto de mim no quarto.

Após me terminar de comer, pois mesmo que estivesse enojada com eles, ainda era comida. E mesmo depois de tudo que me fizeram e de tudo que Eu fiz para agradá-los eu nunca mais gostaria de olhá-los nos olhos. Meu pai é minha mãe, juntos, felizes e se beijando novamente como nunca antes. E todas as minhas irmãs rindo e se divertindo como se tivessem acabado de receber a melhor notícia de suas vidas.

Eu prefiro ser uma escrava para sempre e morar no palácio do que me ver morando com minha própria família para sempre.  

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Espero que tenham gostado.
Lembrem-se de comentar e votar/curtir a minha história

!Capítulo revisado!

Contagem de palavras: 1170


A Beleza e a MaldiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora