Paixão sanguinária

Capítulo IV part. 2

Antes de eu fazer alguma besteira Nicolas apareceu, me tomou em seus braços e me levou rapidamente pela janela, já longe meus instintos como vampira estava a flor da pele, não conseguia conter meu desejo por sangue, Nicolas tirou de seu casaco uma bolsa de sangue, a tomei como se fosse a ultima coisa que eu iria possuir em minha vida, assustada perguntei - Meu Deus o que eu fiz? Você me transformou em um monstro, Nicolas me olhava e eu podia ver a culpa em cada traço seu - Eu juro que isso não vai se repitir, eu juro, disse Nicolas com lágrimas nos olhos; por alguns instantes o observei, a dor e a culpa que ele sentia me destruía, esqueci por um instante os meus problemas e a situação que havia acontecido a poucos minutos, o abracei e disse - Tudo bem, me desculpe, mas as coisas estão difíceis pra mim, Nicolas me abraçou forte e pude sentir seu alívio - Precisamos estar juntos nessa pra que tudo de certo, disse ele a mim, sem dizer nada continuei o abraçando forte. Nicolas me levou a sua casa, disse que precisava sair rapidamente; em poucos minutos lá estava ele com algumas coisas minhas - Está tudo bem, Felipe não se lembrará disso e já escondi seu frigobar, tome cuidado, disse Nicolas sentando se ao meu lado e me dando a bolsa com minhas coisas - O que você fez? Perguntei eu curiosa - Eu não o matei, apenas o fiz esquecer isso que ocorreu, disse Nicolas respondendo minha pergunta rapido enquanto ia a caminho do banheiro - Aonde vai? Perguntei a ele - Vou tomar banho, vem comigo? disse ele rindo, Nicolas virou se de costas esperando minha resposta, em segundos estava eu já nua dentro da banheira, aquele lindo sorriso novamente tomou conta de seus lábios, Nicolas veio nu em minha direção meus olhos viajavam em seu corpo, meu olhar não escondia o desejo, e o inevitável novamente acontecerá.

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5:00 horas da manha levantei da cama, Nicolas acordou comigo - Preciso ir pra casa, tenho aula hoje, disse eu ao rapaz, que passava a mão em seus cabelos - É, eu também, respondeu Nicolas. Já em casa Felipe bateu na porta - Ta pronta? Ele gritava não tão alto, abri a porta e como se nada tivesse acontecido respondi - Sim! - Ta bonita, disse Felipe me observando - Obrigada, agradeci com um sorriso; Agatha interrompeu a conversa - Poxa dormir no sofá acabou comigo, to me sentindo uma velha! Disse enquanto ria, todos nós rimos - Vamos velhinha disse eu enquanto apagava a luz do quarto, fomos a caminho da escola. Por mais que fosse tudo tão igual, era tudo tão novo ao mesmo tempo, como eu ia conseguir me segurar, eu não quero matar ninguém, esse tipo de pensamentos pairavam sobre mim; Agatha Felipe e eu já estávamos na sala quando alguns alunos iam surgindo, era um martírio, aquelas pessoas agoram corriam risco de vida; em minha bolsa havia uma daquelas bolsas de sangue que Nicolas havia me dado, antes do professor chegar a sala decidi ir ao banheiro- Vou ao banheiro já volto! Disse eu a Agatha e Felipe - Tudo bem disse eles em coro, sai da sala aflita, ao chegar no banheiro corri para a última cabine, a sensação era cada vez melhor; em menos de 2 minutos subi para sala, o professor já estava lá apresentando um novo aluno pela porta eu conseguia ouvir - Bom dia alunos, esse é o novo colega de vocês Nicolas, sente-se! Pude ouvir as garotas comentarem sobre ele, eu sabia de quem era esse cheiro, Nicolas estava então cumprindo a promessa de não me deixar só; bati na porta, ao professor abrir a porta pude sentir a maioria dos olhares sobre mim, uma pequena parte das garotas estavam a volta de Nicolas, pude sentir a fúria dentro de mim - Amanda? Perguntava o professor pela terceira vez - Me desculpe o atraso professor, isso não vai se repetir! Disse eu tentando conter aquela raiva dentro de mim - Entre e que isso não se repita, disse o professor apontando pra sala; eu podia ouvir o som do meu salto tocando o chão, pude notar o olhar de Nicolas, pude ver uma garota virando o rosto dele, era como se tudo tivesse em câmera lenta, respirei fundo na tentativa de me acalmar, sentei-me ao lado de Agatha e Felipe - Aquele não é seu amigo? Disse Felipe rindo num tom de deboche - É sim, respondi seca - Cuidado viu vão devora-lo, disse Agatha olhando para todas aquelas garotas, apenas ri. Durante a aula Nicolas continuava no mesmo lugar, era como um imã para aquelas garotas, Nicolas me assistia já temendo algum ataque de fúria, durante toda a aula não saiu nenhuma palavra de minha boca; o fato da minha audição estar mais apurada nesse momento era umas da piores torturas, era como se meu celebro bloqueace as respostas de Nicolas, apenas ouvia as perguntas daquelas garotas - Você tem namorada? Perguntou Alícia, não pude me controlar me levantei da cadeira fui em direção a eles, peguei no pulso de Nicolas e disse com firmeza - Ele tem sim, e ela não está gostando disso aqui, Nicolas se levantou imediatamente, logo em seguida o sinal para o intervalo tocou, Nicolas me abraçou e pediu pra me acalmar, Fechei meus olhos por um instante pude sentir a mudança de meu corpo, Nicolas me empurrou para parede e me beijou na tentativa de esconder aquela mudança tão visível e arriscada, aquelas garotas ainda estavam lá observando, Felipe e Agatha riam daquela situação e da reação daquelas garotas, Nicolas pegou sua mochila e a colocou nas costas, pegou minha bolsa e segurou a minha mão, Felipe e Agatha desceram na frente, descemos a caminho da cantina era como se fosse visível a nossa diferença, eu sentia aqueles olhares como facas perfurando a minha imagem, era muito prazeroso aquela sensação; nos sentamos próximo a Agatha e Felipe ficamos ali conversando sobre o ocorrido na sala, alguns minutos depois o sinal do fim do intervalo tocou, subimos então para sala onde o clima estava um pouco tenso, não via a hora daquela aula acabar; horas eram como minutos, após poucas horas enfim a aula acabou, esperei todos os alunos descerem para poder ir, desci as escadas correndo sozinha corri para longe, precisava ficar sozinha mesmo sabendo que isso não era bom, Fechei meus olhos e pude sentir uma presença, mas não era Nicolas o cheiro o entregava sempre, eu estava com todo meu ódio, o que tinha acontecido despertou um lado meu que eu não conhecia, a presença ficava cada vez mais forte, continuei com os olhos fechados - Ora ora, é um prazer vê-la novamente, sem mesmo abrir os olhos - O prazer é todo meu, disse eu rindo! Abri meus olhos e pude sentir alguém atrás de mim, me virei pra poder ver quem era ao virar tive uma surpresa maior que eu poderia imaginar.