𝔖𝔢𝔱𝔢

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- Acho que fiz merda!- é a primeira coisa que Bobby diz quando passamos pela porta de entrada

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- Acho que fiz merda!- é a primeira coisa que Bobby diz quando passamos pela porta de entrada. Franzo o cenho confuso

- O que você fez?

- Estava pesquisando algumas histórias sobre o possível passado dos ancestrais da Aema e...

- Ela descobriu?- quem pergunta é o Sammy, com os olhos arregalados de forma preocupada

- Não, mas acho que está suspeitando que existe algo a mais que não estamos falando, ela estava fazendo muitas perguntas hoje mais cedo

- E o que você disse?- pergunto preocupado olhando para os lados, esperando não ver a Hepburn

- Disse que ela precisava falar com você sobre isso- bufo estressado

Fazia mais ou menos duas semanas que Aema estava com Bobby, sempre que posso, venho até aqui para ver como ela está. Mas para falar a verdade, venho sempre aqui na esperança de um dia conseguir tocar no assunto dos puros sangue, mas sempre travo

Já xinguei e reclamei com Deus todos os dias sobre estarmos ligados, mas já superei esse fato, o que me perturba mais é por ela está bem no meio disso, por Deus, até dois meses atrás ela tinha uma vida normal, mas agora que nos conhecemos, ela foi atacada, está sob ameaça de demônios e vai descobrir que na verdade ela é um lobisomem

Como posso contar isso a ela? Nada me vem na cabeça, mas isso não impede de Bob me dar um ultimato e me empurrar até a porta do quarto dela, batendo e depois saindo rápido, me deixando lá, parado como uma estátua de pedra sem saber o que fazer

A porta é aberta, revelando a garota que não sai dos meus pensamentos nesses últimos tempos, assim que me vê, ela abre um sorriso animado

- Achei que não iria mais voltar- comenta bem humorada me dando espaço para entrar no quarto

Lhe dou um sorriso nervoso e observo o quarto, ela com certeza fez milagre com o quarto da bagunça. Ele não é muito grande, mas a nova pintura branca nas paredes faz com que pareça menos velho, a janela ao lado da cama está com cortinas novas que não estavam na minha última visita e o quarto cheira bem, como rosas e morangos

- Fez um belo trabalho com o quarto- ela sorri mais ainda com o meu comentário, para no meio do quarto olhando ao redor

- Não é muito grande, mas é aconchegante- da de ombros- Bobby me disse que eu podia arrumar do jeito que eu quisesse, já que vou ficar aqui por um tempo

Me sento na sua cama batendo do meu lado, em um pedido silencioso para que ela sente-- E as suas aulas?- pergunto preocupado com o seu trabalho

- Ah, não se preocupe, antes do ataque acontecer eu tinha tirado uma licença de seis meses, então espero que até que a licença acabe, a ameaça já tenha sido exterminada

- Sobre isso, acho que nunca pedi desculpas sobre o ataque- ela se senta ao meu lado pendendo a cabeça para o lado de forma confusa

- Como assim pedir desculpas? Dean, não é culpa sua

- Claro que é- suspiro cansado- por Deus, Emy! Você foi espancada e esfaqueada só pela fofoca de está ligada a mim, é culpa minha você não poder voltar para casa, ou até mesmo voltar a dar aulas

Sua mão toca a minha me fazendo levantar a cabeça a olhando no olho-- Não é sua culpa, Dean!- seu olhar, assim como a sua voz, é terna e carinhosa, me sinto mais aliviado por saber que ela não me culpa- eu só queria saber como vocês chegaram tão rápido lá- me engasgo com a minha saliva nervoso

- É q-que já estávamos no caminho

- Vocês iam lá me ver?- pergunta confusa

- Íamos te perguntar algo- ela segue me olhando, esperando eu continuar- bom... íamos te perguntar sobre o seu passado

- Sobre os meus pais?- assinto fazendo a mesma revirar o olhos- porque de repente todo mundo ficou interessado nos meus pais?- pergunta retoricamente soltando um longo suspiro- não sei nada sobre eles, Dean. Fui abandonada quando ainda era bebê, já contei isso ao Bob- diz cansada do assunto- porque diabos vocês querem saber disso?

- Descobrimos uma coisa...- digo incerto de como continuar- sobre o seu passado, bom... sobre você!

- O quê?

- No dia que você foi atacada, Castiel nos achou e nos contou que quando te viu, sentiu uma coisa... não humana vindo de você- ela ri em total descrença

- Qual é? Não humana? Eu saberia se não fosse humana

- Tecnicamente não- seu cenho se franze mais uma vez de maneira confusa- existe uma maldição sobre os lobisomens puro sangue, você só se tornaria algo sobrenatural se matasse alguém, mas como isso nunca aconteceu, você continua sendo "humana"

- Está dizendo que eu sou uma lobisomem?- solta uma risada nervosa- por isso o Bobby estava tão estranho hoje!

- Eu ia te contar assim que você chegou, mas aconteceu o lance do Sam, e eu fiquei preocupado de jogar tanta coisa nas suas costas assim, é muito para assimilar

- É sim, mas eu tinha o direito de saber, Dean!- diz chateada

- Eu sei disso, por isso peço desculpas- digo arrependido- é direito seu saber, por isso estou te contando

Observo o rosto da garota, sua boca está entreaberta em total choque, ela engoli em seco sem saber o que falar e o seus lindos olhos castanhos estão arregalados de uma forma assustada. É, com certeza é muita coisa para assimilar

- Se quiser eu posso te deixar sozinha...

- Não!- me interrompe- por favor, me conte mais

- Não tem muito mais o que dizer, não sabemos muito. Os puros sangues são da linhagem dos lobisomens originais, não precisam de mordidas para se transformar em um e assim que a sua maldição é ativada eles podem controlar a transformação mesmo que não seja lua cheia, são os únicos que podem!

- E-então os meus pais, eles...

- Com certeza, mas eu não sei dizer quem são eles, Castiel apenas checou a informação, mas está ocupado com os selos sendo abertos

Outra preocupação nossa, os sessenta e seis selos estão sendo abertos um por um, e Castiel e os anjos não estão vencendo a guerra. Então além da minha preocupação com o Sam exorcizando demônios com a mente e Aema podendo se transformar em lobisomem, ainda existe o possível apocalipse chegando

- Er... talvez eu precise daquele tempo sozinha mesmo- diz insegura, eu apenas assinto e saio a deixando sozinha, lhe dando todo o tempo que ela precisa

CONTROL | Dean Winchester Onde histórias criam vida. Descubra agora