02

65 12 15
                                    

☆☆☆

A janelinha do sistema apareceu enquanto Shoyo bebia em uma taverna.

[Final feliz conquistado]

Faziam horas que estava ali bebendo, por que só chegou a notificação agora?

Um pensamento ocorreu a Shoyo. Qual deles era o passivo? Bom, não importava realmente. Só estava curioso. Agora tinha que focar nos outros quatro.

— O que uma coisinha linda como você faz aqui?

Shoyo olhou de forma entediada para o homem que surgiu ao seu lado. Aparência simples, nada como seu tipo.

— Não estou interessado em companhia, então vá embora.

— Não seja assim, eu posso te dar muita diversão.

Shoyo olhou a finura daqueles braços e quase fez uma careta de desgosto. Gostava de caras musculosos que poderiam lhe carregar sem suar e que socariam tão forte em seu rabo que ficaria dolorido por dias. Mas também gostava de caras gentis e inteligentes, com quem poderia ter conversas longas.

Era evidente que esse resto de aborto não era nenhum dos dois.

— Some daqui antes que eu quebre a merda desse copo na sua cabeça.

— Calma, gracinha. Eu só...

O restinho colocou a mão no ombro de Shoyo, o que foi o ponto final. Cerveja caiu no chão e respingou em suas botas, o barulho de madeira batendo na carne ressou tão alto que a música e a conversa animada parou de imediato. Todos na taverna encararam a cena.

— Que pena, o copo não quebrou. Acho que vou ter que bater de novo.

O primeiro golpe já havia jogado o rapaz ao chão, o segundo lhe arrancou sangue do nariz e o terceiro rachou a madeira. O quarto o deixou desmaiado no chão.

— Escute e respeite o que os outros dizem, sua bostinha.

Shoyo bateu o copo rachado na mesa em que estava sentado antes, terminando de quebrá-lo. Sem paciência para beber mais, foi ao balcão e deixou 10 moedas de ouro com a pequena atendente.

— Isso deve cobrir o que eu bebi, a bagunça e o copo quebrado. — Shoyo encarou a moça. — Se vocês forem espertos vão jogar aquele lixo no beco ali atrás, de preferência em uma sombra. Ele deveria ter recuado no primeiro não.

Então Shoyo saiu porta afora.

☆☆☆

Miya Atsumu correu pelas passagens do palácio. O coração martelava de animação no peito. Virou em uma esquerda e puxou um castiçal. A porta deslizou, revelando o quarto de Osamu.

O príncipe estava deitado e vestido de forma despojada em um sofá, lendo um livro. O cabelo castanho caia na frente dos olhos e a expressão era de sono.

— Samu.

Atsumu entrou no quarto, agora familiar, enquanto baixava o capuz. Passou a mão pelos cabelos castanhos e os bagunçou. Se despiu da capa marrom, atirando-a para o lado e afrouxou os laços de suas mangas.

— Já de volta? Como foi?

— Bom, pra começar o desgraçado do Oikawa não apareceu. — Atsumu tirou as botas. — Então eu tive que beber sozinho. Mas felizmente achei um grupinho pra ficar jogando cartas.

— Você não estava apostando, certo? Não quero que pegue vício.

— Não, eu prometi a você. — Atsumu abriu a calça e se livrou dela. Os olhos de Osamu se ergueram do livro. Ele lentamente adicionou um marca página e fechou o livro. — Mas escuta. Tinha um cara misterioso, gostoso e vestido todo de preto. Em roupas que eu nunca vi antes.

Ainda Há História Depois do Fim (MiyaHina)Onde histórias criam vida. Descubra agora