Deixe ir, pequena Lua

Formatura

No palco improvisado que montaram no pátio da escola uma nerd qualquer discursava palavras bonitas sobre o fim de uma fase e o marco de uma nova para todos os formandos daquele ano. A coordenadora chefe chamava pelo nome dos alunos sem uma pausa digna, o diretor entregava os respectivos certificados e apertava a mão das pessoas seguido pela vise diretora e os outros coordenadores, todos com sorrisos singelos no rosto, inocentes "ei, olhe como somos perfeitos, regemos essa escola tão bem. Matricule seus filhos aqui"

Sim, matricule suas meninas aqui para que elas sofram assédios dos professores e alunos para que a direção as culpe por isso, matricule seus filhos aqui para sofrerem ameaças de morte e eles passarem a mão na cabeça do criminoso ou para sofrerem bullying e a escola debochar da situação. Sinceramente, não sei por que nunca falamos sobre o que acontece aqui para o vovô Charlie, oh sim, porque não adiantaria. Governo de merda.

Luara Stevan, uma das patricinhas mais gentis desse fim de mundo e uma das fiéis cachorrinhas da minha irmã se levanta quando é chamada, meu nome soando das caixas de som segundos depois.

Subo a pequena escada do palco, a beca ridícula me deixando envergonhada 'pelo menos não marca meu corpo'.

Viro a cabeça minimamente e com a visão periférica vejo minha família, meus guardas e, como prometido, meus reis, esses últimos me fazendo corar.

Pego o pedaço de papel que comprova a minha liberdade desse inferno e aperto a mão do diretor, vise diretora e algumas coordenadoras que não tive afinidade nenhuma nesses últimos anos, sorrio simpática para a tia Talissa e abraço a tia Jô e Quésia quebrando a rota estabelecido pelos alunos que estavam na minha frente. Olho para Marcus, coordenador que tanto implicou comigo, completamente aliviada por nunca mais precisar ver a cara daquele demônio. Enojada, aperto a sua mão e sigo meu caminho para fora do palco.

A maioria dos ex alunos conversam animados escondidos atrás das cortinas, porém, eu procuro algum lugar que me dê uma melhor visão da frente do palco buscando prestigiar, como posso, minha irmã.

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A confusão era grande, alunos e familiares tentando encontrar os seus desesperadamente, Nessie e eu andamos em direção aos portões da escola, lugar de encontro combinado antes de sairmos de casa.

Jane e tia Alice vem em minha direção quase pulando, minha irmã desvia indo em direção a Jacob com uma careta de nojo direcionada a nós três.

- 'Tô' tão orgulhosa de você, irmã.- sim, você leu certo. Alec e Jane nos aproximamos tanto nos primeiros anos dos Volturi aqui que passamos a nos chamar de irmãos e depois, conversando com Marcus sobre o seu dom, descobrimos o por que dessa relação. Somos irmãos de alma.

- Duvido que tenha visto, mas estavam todos tão invejosos quanto a você, querida. Sempre tão elegante, mesmo com essa beca horrível.- tia Alice recita enquanto mexe no meu cabelo, meus olhos fixos em uma direção específica voltados para os tons de vermelho mais lindos de todo esse mundo.

Os reis se aproximam calmante focados em mim

- Você foi incrível lá em cima, amore.- Marcus comenta.

- Parabéns pela formatura, querida.- Aro parabeniza orgulhoso.

- Parabéns pela minha liberdade.- ela brinca com os braços abertos e a cabeça jogada para trás. Luna tomba a cabeça levemente para o lado- Obrigada.

- Você age como se fosse o fim do mundo.- Caius bufa.

- Cala a boca. Em 500 antes de Cristo existia escola? Não, não existia e se existisse vocês pegariam poucos anos, não tinha muito o que estudar. Na verdade até hoje não tem, só baboseira.- Lua debocha.

- Ela tem razão, em 500 a.c nós já estavamos vivos a muito tempo.- Aro defende sua companheira.

- Espera, o que?- Luna arregala os olhos e seu queixo cai, porém não obtém uma resposta de seus companheiros que a encaravam divertidos pois seus pais aparecerem ao seu lado.

- Filha, parabéns, estamos orgulhos de você querida.- mamãe me abraça sem muita demora e abre espaço para meu pai que beija minha testa.

- Por que não vão dar uma volta, hum?- ele propõem, os reis parecem gostar da idéia, embora eu core em vergonha.

Papai agarra a mão da mãe e a puxa de volta para a roda formada pelos meus parentes.

Caius se posicionou ao meu lado antes de seus irmãos, sendo o assim o que segurará minha mão pelo nosso passeio, Marcus ocupa meu lado esquerdo com Aro ao seu lado. Caius enrosca seu braço no meu estilo noiva e eu, em uma nas minhas manias ansiosas, brinco com a beca em minhas mãos.

Caminhamos em silêncio por alguns minutos quando decido quebrar esse silêncio:

- Afinal, qual a idade de vocês?- olho para cada um dos meus amantes

- Temos mais de três mil anos cada.- Caius tira a dúvida da menina como se não fosse nada demais. Bom, para eles não é, para ela no entanto...

- Vocês realmente não foram para a escola, isso tira o total direito de você me julgar, loirinho- Luna sorri abusada.- Espere, três mil anos como em 1000 a.c? Na Guerra de Tróia?

- Sim amore, antes da Guerra de Tróia. Aliás, nos conhecemos nela.- A voz de Marcus soa risonha ante as expressões de Lia juntando as peças.

- Macus estava ajudando Aro a encontrar seu braço perdido em meio aos destroços da batalha e eu me juntei a eles em sua busca. Seu miado choroso continua hilário, Aro.- Aro lança uma olhar irritado ao irmão.

- Estamos juntos desde então, regina, Marcus e Caius sendo 100 anos mais velhos que eu.- Aro tenta dar um fim no assunto trazendo de volta a questão de suas idades.

- Quando especificamente? A propósito, seu biquinho é adorável, querido.- os três riem do líder que claramente estaria vermelho se ainda fosse humano.

- Caius e eu somos de 1700 a.c e Aro de 1600, talvez menos ou mais, não dá para saber. O tempo é insignificante para um vampiro então acabamos nos perdendo nele.- Marcus esclarece a questão um pouco melhor, mesmo que ainda a deixe um pouco em aberto.

- Oh, então qler dizer que estou amarrada a pessoas com quase 4 mil anos? Será que seria uma boa chamar a polícia?