Uma garota com um passado turbulento é adotada pela amiga de sua mãe: Nahida.
Sua nova mãe agora quer aproximar ela de seu discípulo, um garoto problemático.
Oque acontecerá entre esses dois?
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Desço as escadas, meio sonolenta por conta de meu recém despertar. Chego na cozinha e me alongo, numa tentativa de acordar melhor.
- Bom dia, filha! Dormiu bem? - esfrego os olhos e vejo a pequena silhueta de minha mãe adotiva com um avental rosa super fofo, parece uma bonequinha. Dou um pequeno riso e retribui o sorriso.
- Bom dia mãe... Eu dormi até que bem... - digo me sentando na bancada e apoiando meus braços na mesma. - Oque temos de café hoje? - Ela da um sorriso animado e pega um livro em sua mão, estava entusiasmada.
- Hehe. Eu peguei em um caderno de receitas de sua... - Sua expressão alegre logo desaparece e se torna uma feição preocupada e magoada. Reconheci o livro em sua mão, era um caderno de receitas da minha mãe que trouxe de minha antiga casa. Se fosse a uma semana atrás, estaria completamente deprimida com a lembrança. Mas agora não. Eu tenho uma mãe adotiva incrível, Nahida sempre foi uma figura materna para mim, um porto seguro. Não me importo de dividir as memorias que tive com minha mãe biológica com ela. Tive um amadurecimento emocional, não sentia tanta dor com as lembranças que tinha com minha mãe, obvio que sentia saudade e magoa, mas com Nahida me sentia confortável em falar com ela sobre isso. Me sentia bem perto dela. Levanto do banquinho e vou em sua direção, dando um sorriso sem mostrar os dentes.
- Qual receita quer fazer? Eu ajudo! Vamos. - Digo pegando um banquinho para que ela possa alcançar a pia. Ela da um enorme sorriso.
- Certo! Pensei em fazer um Sakura mochi, o seu preferido! - Ela sorri animada em minha direção, dou um sorriso gentil em resposta.
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- Uau! Não sabia que cozinhava tão bem. - Diz a mais baixa, dando uma mordida em seu mochi com os olhos brilhando pelo sabor doce.
- Obrigado! É de genética... Meu pai... - Digo pensando em algumas lembranças alegres com meu pai. ele eu ainda não me sentia pronta para encarar, então apenas a afasto. - Ah bem, enfim! Será que você está livre hoje? Queria ir comprar alguns matérias novos e ficar um tempo com você... - Digo dando pequenas mordidas em meu mochi.
- Perdão filha... Não posso ir junto, estou ocupada com alguns preparativos do baile... - Fico deprimida e bato a cabeça na bancada, a mais velha se assusta e logo levanta meu rosto, conferindo minha testa. - Já falei para parar com isso! Você vai se machucar serio assim! Como pode ser tão resistente? Você bateu com tudo ao ponto de tremer a bancada mas mesmo assim sai sem nem ao menos um vermelho na testa...? - A mais velha analisa minha testa. Suas mãos pequenas eram muito fofas. Dou uma risada, era fofo a preocupação dela.
- Tá bom! Eu paro! - Ela da uma risadinha e faz cosquinhas em mim, e caio na gargalhada. - Mãe! Mãe! Para por favor! HAHAHA! - Ela finalmente parou. Enxugo a lagrima em meu olho por tanto rir e faço biquinho.
