Capítulo 2: Não é seguro

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Narrativa: Jasmin

04.07.1230

11:30AM


- E por fim, este é o prédio 4, da terra. Se você prestar atenção, ambos os prédios formam um prisma perfeito. A planta desse lugar realmente foi muito bem pensada - Estávamos andando a mais ou menos duas horas, chegou um ponto que eu mal conseguia prestar atenção no que a Victória estava falando.

Dando um breve contexto, Victória me contou de seus amores não correspondidos e como veio parar nesta escola, além disso começou a me apresentar as redondezas da escola, e era um lugar bem maior do que eu pensava.

- Certo, é bastante coisa, acho que vou demorar um pouco pra decorar tudo isso - Eu juro que tentei responder como se estivesse bem, mas estava totalmente ofegante, acho que eu nunca andei tanto antes.

- Ei, você esta bem? 

Sim é claro que eu estou bem, você me fez andar por duas horas sem parar, eu nunca estive tão bem Victória.

- Estou sim, só me cansei um pouco, não se preocupe.

- Realmente, a caminhada foi longa. Tem uma lanchonete descendo a rua que já deve estar servindo almoço, já é quase meio dia. Eu juro que é perto, vem.

Eu não tinha escolha, apenas a segui. Algo que estava me deixando inquieta sobre esse lugar não era nem o fato de eu nunca estar aqui antes, é que algo parecia errado, como se tudo no horizonte se mexesse, mas não era o calor, algo parecia muito errado.

Depois de descer essa rua que mais parecia uma avenida, nós chegamos a lanchonete, e pelo cheiro realmente já estavam servindo o almoço.

Nós não demoramos muito para pedir a comida, a lanchonete estava cheia, então pegamos uma mesa do lado de fora, com vista para a escadaria do castelo principal. Naquele momento eu só estava querendo ficar sozinha, me preparando para meu primeiro dia de aula amanhã, mas sabia que não era possível.

me encontre Jasmin, me encontre Jasmin, me encontre Jasmin.

- Jasmin, Jasmin! A comida, vem me ajudar - Escutei a Victória me chamando pedindo ajuda para pegar os pratos, e fui isso o que eu fiz.

Com aquele prato na mão indo até nossa mesa, senti minhas mãos tremerem e meus pensamentos um pouco turvos, parecia que havia saído de um transe, mas eu não faço ideia do que aconteceu.

Victória havia escolhido um prato somente com salada, sem nenhuma carne ou frango. Já eu havia pedido um prato oposto, com pouca salada e bastante carne.

O som dos pássaros e das pessoas no fundo da lanchonete eram bem notáveis, um bando de adolescentes rindo e debatendo sobre quem seria o primeiro a sair daquele lugar. Minhas expectativas estavam cada vez menores, e a única coisa que eu conseguia pensar, era sair daquela lanchonete o mais rápido possível. 

Claro, não era por conta da Victória, mas olhando de perto, até ela parecia que estava começando a se incomodar, ela realmente não parece ser do tipo que gosta de socializar.

- O que vamos fazer depois de comermos? - Eu acabei lhe perguntando.

- Não faço ideia, por mim, voltaria para o quarto e estudaria até o Sol abaixar.

- Bom, se achar melhor ir, não vejo problemas.

Um sino começou a tocar, parecia vir do castelo, o problema é que eu não conseguia ver nenhum sino da onde estávamos .

- E este sino? - Eu lhe perguntei olhando para o castelo, tentando achar a origem do som.

- Sino? Aqui não tem sinos, você está bem? - Aquela resposta realmente me deixou confusa, ela estava brincando comigo?

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