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Eu saberia se minha vida tivesse algum outro propósito, eu nasci em um convento no sul da Inglaterra e por 17 anos vivi no mesmo lugar, com o propósito de me tornar uma freira algum dia. Mas na noite do solstício de verão um ataque de vikings pagãos invadiu a pequena vila inclusive o convento em que morava com as freiras e os monges, José, Alfredo e Antônio. Todos foram mortos eu estava a beira de ser levada para ser uma prostituta ou escrava sexual sem valor algum.
- Deixem ela comigo - um homem grande com músculos e coberto de peles felpudas e grandes disse enquanto puxava meu braço e me pondo perto de si.
- Senhor ela era apenas uma das freiras - um ser asqueroso que a minutos atrás tentou tirar minhas roupas disse com indignação.
- Eu sou quem dar as ordens aqui, e se eu disse para deixá-la então o faça - Eu não sei se ficaria tranquila ou mais apavorada com a ideia de que aquele homem poderia fazer agora o que quisesse comigo.
- Venha - Ele disse então eu o segui. Logo eu estava no convés de um navio viking e coberta com um pano grande e observando o homem que a minutos atrás me salvou das garras de um maníaco.
- Por que me ajudou? - eu perguntei mas não olhou nos meus olhos, simplesmente continuou alisado um punhal.
- Certo então - Eu me levantei de onde estava e segui para olhar do outro lado de uma pequena janela e via o lugar onde passei a vida em chamas e ouvia pessoas gritando por ajuda. Lágrimas se formaram em meus olhos porém não as deixei rolarem.
- Poderia pelo menos agradecer - Me virei para o homem que até então me encarava dos pés a cabeça.
- Obrigada - Falei baixinho, mas ainda sim ele estava longe de algum tipo de perdão, afinal ele também invadiu minha casa e ajudou a matar minha família.
- Logo vamos partir e... quando chegarmos a Kattegat mantenha-se perto de mim - Ele levantou-se e foi retirando suas vestes seguindo para uma banheira de madeira com água, eu não tinha uma reação exata, afinal eu nunca tinha visto um homem assim antes.
- Por que está se despindo bem na minha frente? - Eu me virei de costas para não o encará-lo mais.
- Por que você está se virando? Nunca viu um homem sem roupas antes?
- Não sei se percebeu mas eu estava prestes a me tornar uma freira.
- Então você não é uma freira? - Deu para ouvir a água jorrando para fora da banheira.
- Então não tem com o que se preocupar - me veio mil vontades de xinga-lo de o estrangular e no momento de raiva me virei para seu olhar novamente e me deparei com ele completamente esparro na banheira olhando em minha direção com um sorriso peculiar nos lábios.
- Você não me ajudou por ter um bom coração não foi? Você vai querer algo em troca não vai?
- Só se você quiser - Ele disse com um tom de ênfase e com aquele mesmo sorriso.
- Não se preocupe, não irei deixar que eles toquem em você, mas futuramente você ainda será minha, se você quiser... - ele mergulhou na água e eu fiquei incrédula com aquilo que ele disse.
