AGORA
Já se passou quase uma semana e Reo não aguenta mais. Toronto deveria ser seu porto seguro - a salvo de fantasmas do passado com cabelos brancos e seu mesmo sobrenome.
Reo havia se mudado para o outro lado do mundo por causa de sua saúde mental e não arriscaria um revés apenas porque seu ex-melhor amigo havia chegado. Nagi agora estava morando no mesmo complexo de apartamentos onde Reo e os outros patinadores estavam alugando um lugar, mas isso não significava que eles tinham que conversar. Até agora, eles nem sequer olharam um para o outro, e se fosse por Reo, isso não mudaria tão cedo.
Mas sua sorte não poderia durar para sempre.
“Ei, Reo,” Anri o chamou minutos depois que ele terminou de se trocar, logo antes de ele deixar o rinque com Shidou e Mei-ling. “Você tem alguma ideia de como Seishiro pode estar se aclimatando?” Ela perguntou.
O sorriso de Reo desapareceu tão rapidamente que Mei-Ling se desculpou em um piscar de olhos, alegando que estava com sede e forçando uma tosse falsa.
Já se passou uma semana e Reo não consegue nem ouvir o nome de Seishiro sem querer quebrar alguma coisa. Ele está cansado de como tudo sempre leva a Nagi Seishiro.
"Não", ele finalmente respondeu. “Só isso?”
Anri suspirou, largando sua prancheta e olhando para Reo como uma mãe desapontada. Isso o fez se sentir estupidamente culpado por responder de forma tão brusca. “Você deveria ser legal com ele”, ela disse, “ele vai passar alguns meses longe de casa, e você sabe melhor do que ninguém como isso pode ser assustador. Por que você não mostra a ele? Como Shidou e Mei fizeram quando você chegou.”
Exceto que Shidou e Mei-Ling não tinham nenhuma história compartilhada com Reo, e a presença deles não o fazia querer avaliar seus olhos (ou seu coração). Ele tentou sorrir para sua treinadora, sabendo que suas intenções eram puras, mesmo que ela não entendesse que fazer Reo e Nagi passarem um tempo juntos causaria mais problemas do que soluções.
"Ele tem idade suficiente para descobrir isso, eu acho."
“Reo…”
“E ele é bastante independente”, insistiu o patinador, forçando suas palavras em um tom alegre. “Você sabe que eu não gostaria de incomodar o recém-chegado, certo Anri?”
“Reo,” ela suspirou pela segunda vez. “Você é melhor que isso.”
Mas Anri não era sua psicóloga, e Reo não era muito melhor. Ele ainda entendeu que ela não estava aceitando um não como resposta e, por respeito, cedeu. No mínimo, o desastre iminente pode convencê-la a manter os patinadores separados.
Havia um padrão quando se tratava de Reo e do Sr. Emocionalmente irresponsável. Reo não podia mais negar o efeito que Nagi tinha sobre ele – ele não gostava de quem ele era quando se tratava de Seishiro. Ele nunca gostou nada disso.
“Tudo bem,” ele concordou, engolindo o caroço que estava prestes a se formar em sua garganta. "Eu vou falar com ele."
Anri semicerrou os olhos com a obediência dele, não acreditando. "Agora, Reo."
"Sim, senhora", ele resmungou.
Reo se virou e revirou os olhos assim que saiu de vista. Ela ainda ria atrás dele, o que o deixou saber que ela, até certo ponto, sabia quanta dor de cabeça isso causaria a ele.
Talvez ela acreditasse que ele era mais forte que seus sentimentos, mais forte que suas feridas. Reo não queria desapontá-la ou a si mesmo com a resposta real para essa teoria.
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(Eternamente) seu
Fanfiction🔴ATENÇÃO!🔴 ISSO É APENAS UMA TRADUÇÃO NÃO É UMA HISTÓRIA ORIGINAL MINHA! "E se ele me perguntar sobre você?" Chigiri gritou uma última vez, antes que Nagi pudesse ir embora. Reo perguntando sobre ele? Reo? O mesmo Reo que não teve nenhum problema...