Felizes para sempre?

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04:37 AM || 01/11/1978 || Domingo


Meu amigo estava de máscara. O que eu achei estranho. Ele fez um sinalzinho para nós irmos até o seu carro.

Eu entro, no banco do carona e sinto vontade de chorar, tudo lembra ele.

- Vamos? - Ele diz, com a voz meio estranha, mas acho que estou delirando.

- Lógico. - Digo, enquanto coloco o meu cinto de segurança.

Ele pisa fundo no acelerador e nós andamos rápido.

Nós ficamos uns 10 minutos sem falar nada, até que toco no assunto do Robin.

- Eu não acredito que consegui acreditar nele! Robin Arellano! O garoto que pegava todas as minhas amigas! Como você foi burra Claire! - Digo, quase chorando. - E pior que eu amo ele Finn! Como ele conseguiu? Eu achava que ele me amava também!

De repente, ele estaciona o carro em uma rua deserta.

- Você me ama mesmo Claire? - O mascarado tira a máscara, revelando que era Robin, não Finn.

Fico em completo estado de choque. Não tenho muita reação.

- COMO VOCÊ CONSEGUIU? - A minha única reação é dar um tapa forte em seu braço.

- Qual era a cor do batom da Donna mesmo? - Ele me pergunta, mas eu não entendi o sentido da pergunta.

- Você deve sab... - Sou interrompida.

- Vermelho. 2 pontos: 1- Não seria meio difícil eu tirar o batom da minha boca com tanta rapidez? 2- Não é meio estranho o Finn estar com a boca toda manchada de vermelho? - Ele argumenta.

Paro para pensar... E seus argumentos realmente faziam sentido. Dei uma outra analisada e percebi que não havia UMA mancha vermelha em seu rosto.

- Então... - Digo, ainda com a cabeça confusa.

- Não fui eu que peguei a Donna. - Ele afirma. - Afinal, eu nunca me interessei pela Donna. Meus olhos sempre brilharam por você Carpinteira!

- Meu Deus... - Eu ainda estava sem reação. - Onde você estava?

Ele dá partida no carro, não me respondendo.

- EI! Me responde! - Dou uma cutucada na sua perna.

- Preparando uma coisa para você. - Logo percebo que nós não estávamos indo para casa.

Fico calada o resto do caminho inteiro. Aquele trajeto era familiar...

Depois de mais 10 minutos de um caminho familiar... Chegamos naquela praia! A praia especial, como eu costumava chamar.

- A praia especial? O que a gente veio fazer aqui? - Pergunto, enquanto ele estaciona o carro.

- Você vai ver. - Ele saí do carro, e abre a porta para mim, como sempre faz.

Ele fica do meu lado. Passa o seu braço pelo minha cintura, enquanto subimos a duna mais alta do lugar, sentindo a minha pele gelada do frio.

Demora um pouquinho para nós subimos completamente a duna. Ele deixa eu ir na frente.

Quando eu piso meus pés lá em cima, vejo um coração feito de pétalas de rosas no chão, iluminado com luzes de fada, e o nascer do sol impecável atrás daquele mini localzinho. Ali do lado, havia um buquê de flores lindas, da minha cor preferida, e da dele também.

- Você é a garota mais maravilhosa que eu já conheci. Você é especial Claire! Você é linda, inteligente... O amor da minha vida! Eu nunca conheci alguém como você. - Ele se ajoelha na areia e abre a pequena caixa, onde se encontrava um anel ali dentro, enquanto eu processava a informação ainda. - Eu estou nervoso para caralho para fazer isso, mas a certeza do que eu quero não tenho mais dúvida ou medo. Claire Carper, a mulher da minha vida, você aceita namorar comigo?

Eu coloquei as mãos na minha boca, em estado de choque. Eu não esperava que seria tão perfeito assim, eu não esperava vindo de ROBIN ARELLANO!

- Robin... Eu... Digo sim! SIM! SIM! SIM! SIM! SIM! EU NUNCA VOU TER TANTA CERTEZA COMO EU TIVE HOJE! - Eu falo, muito animada mesmo.

Ele se levanta, me puxa pela cintura e me dá um beijo animado, carinhoso.

Quando paramos, ele afasta o seu rosto do meu e sorri. Um sorriso sincero. Um sorriso... Dele.

- Tem as nossas iniciais... - Digo, me referindo ao anel.

- Sim! Eu mandei gravar! - Ele diz, encaixando a minha aliança no meu dedo.

Logo, eu coloco a sua aliança em seu dedo.

- Caralho... Eu estava muito nervoso mano... - Ele coloca a mão por cima do coração.

- Eu imagino... Eu fiquei tão puta com você que era capaz de eu jogar você para fora do carro! - Afirmo, e ele ri.

- Desculpa pelo susto... - Ele ri.

- Espera... O FINN E A GWEN SABIAM? - Pergunto, pensando melhor.

- Então... Eles ajudaram em grande parte do pedido... - Ele confessa.

- Filhos da puta... POR ISSO QUE ELES NÃO TIVERAM REAÇÃO QUANDO EU FALEI DA DONNA! - Compartilho meus pensamentos.

- Exato. Por que você acha que o Finney foi de GhostFace? - Ele pergunta, e eu ligo as peças.

- É sério... Você foi muito esperto meu Deus! - Eu digo.

- Foi tudo planejado para você! Inclusive... A sua família autorizou também! - Ele conclui.

- Você falou com eles também? - Pergunto. - Meu Deus!

- Pois é... - Ele coloca a mão na cabeça.

- Eu te amo Robin! E isso eu falo com toda a certeza! - Afirmo, olhando em seus olhos.

- Eu também te amo Claire! - Ele me puxa pela cintura, e nossos lábios se colam novamente.

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A Aposta // Robin ArellanoOnde histórias criam vida. Descubra agora