A Aposta // Robin Arellano

008

02:05 PM || 21/09/1978 || Sexta-Feira

As aulas FINALMENTE haviam acabado.

O Robin tinha passado as aulas inteiras com a cabeça no meu ombro, enquanto eu lia nas aulas entediantes.

- Bora? Não é tão longe. - Ele disse, colocando a mochila nas costas.

- Bora, só vamos passar lá no meu armário para eu pegar algumas coisas. - Disse, me levantando.

Dito e feito. 

Para não desconfiarem, ele ficou na porta da escola, me esperando.

Gwen  passou do meu lado, me abraçou e se despediu de mim. 

- Melhoras para o Finn. - Disse.

- Vou dizer para ele que você mandou um abraço. - Ela diz. - Tchau Claire! Até mais! 

- Tchau Gwenny! - Respondo, vendo ela sair da escola.

Assim que Gwen saí da escola, termino rápido de organizar meu armário, coloco minha mochila nas costas, e vou ao encontro de Robin.

- Vamos? - Ele estende a mão.

- Vamos. - Pego a sua mão e saímos da escola.

No caminho, nós não conversamos muito, só andamos de mãos dadas. Era o caminho contrário da minha casa, por mais que poderíamos ter ido pelo outro lado, esse era mais rápido.

- Chegamos? - Pergunto. 

- Quase. - Ele afirma.

- Tamo chegando?? - Pergunto, ansiosa.

- Virou criança agora? - Ele pergunta, com um leve sorriso no rosto. 

- Talvez. Chegamos? - Pergunto, novamente.

Fico enchendo a paciência dele até chegarmos... NA CASA.

- UOU. - Fico de boca aberta.  

- Gostou? - Ele pergunta, olhando para a minha cara surpresa. 

- AMEI, É A CASA - Digo, paralisada.

- Que bom que gostou. Vamos entrar? - Ele diz, abrindo a porta.

Nem respondo e só entro na casa, A CASA.

Era maravilhosa, ENORME, e linda.

- Você mora aqui com quem? - Pergunto.

- É só eu e meu tio. - Ele responde. - Como ele trabalha fora, a casa fica só para mim na maioria dos dias.

- Só vocês? Para uma casa desse tamanho, eu poderia viver tranquilamente com a minha família inteira. - Digo, não ironicamente.

Ele dá uma risada nasal enquanto tranca a porta.

Ele me convida para a gente subir para o segundo andar, onde ficava o quarto dele. Eu só o sigo até a última porta do corredor, na qual ele a abre a porta do quarto dele. 

- Cavalheiro você ein? - Digo.

- Sempre, princesa. - Ele responde.

Eu entro, um pouco tímida.

- Espero que não se incomode com a porta fechada. - Ele fecha a porta.

- Não me importo não, fica de boa. - Respondo.

- Quer comer alguma coisa? Assistir um filme? - Ele pergunta.

- Tanto faz a comida, mas o filme eu topo. - Afirmo. - Que filme você quer ver?