𝐓𝐇𝐄 𝐆𝐑𝐄𝐀𝐓 𝐖𝐀𝐑, nárnia.

01.

❝ The birth.
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Era pelo menos duas da manhã quando Aliyah acorda atordoada graças a uns estrondos, que a mesma logo reconhece ser fogos, e então ela teve quase certeza do que aquilo significava, seu irmão mais novo acabara de nascer. A garota leventa da cama calmamente e vai até sua janela para ver as luzes que iluminavam o céu escuro, mas essa não foi a coisa que mais a chamou atenção naquela vista. Não tão longe estava Caspian, falando com alguém que Aliyah não conseguira identificar e logo depois saindo depressa do castelo com seu cavalo.

pensamentos...
'Um pouco antes de seu irmão nascer, Aliyah e seu pai tiveram uma longa conversa sobre o que esse bebê significava para o futuro de ambos no trono. Apesar de Aliyah não ser exatamente igual ao pai, sua mãe faleceu logo após seu nascimento então ele a criou sozinho, ou seja, grande parte das coisas que ela sabe vem dele, e nem sempre tudo é verdade.'

Após ver o primo fugindo do castelo e em seguida avistar guardas de Telmar ir atrás do mesmo, ela juntou todas as peças e saiu do seu quarto as pressas para falar com seu pai.

- Ai! - Aliyah exclama ao esbarrar em alguém.

- Perdão, Vossa Excelência. - Cornelius pede desculpas de imediato a garota e ela logo o reconhece. - Aconteceu algo para a senhorita estar andando com tenta pressa a essa hora da noite?

- Claro que aconteceu algo, meu irmão acaba de nascer! Agora se me der licença. - Fala e se vira para a direção que estava seguindo antes, mas ainda sem andar vira apenas o rosto para o lado e finaliza. - E da próxima vez olhe por onde anda.

{...}

Após perder sua casa e virar fugitivo do próprio tio, Caspian perdeu o cavalo, e não de uma maneira simples já que antes do animal ser perdido de sua vista ele arrastou o garoto por uns 10 metros.

Caspian, que ainda estava deitado no chão com dor, levantou a cabeça e viu que na sua frente tinha uma casa, não do tamanho que estava acostumado a ver, era pequena e parecia mais uma caverna.

- Ele nos viu. - Exclama o que parecia uma pessoa, mas muito pequena, que acaba de sair da casa.

Sentindo-se ameaçado, Caspian olha para o lado a procura de sua espada, mas o outro homem que saiu da mesma casa é mais rápido ao empunhar a sua. Ao se aproximar mais o homem avista uma trompa e lança um olha confuso para Caspian que por sorte, ou não, foi interrompido pelos soldados Telmarinos que estavam se aproximando.

- Cuide dele! - O de cabelos grandes e claros fala para o outro narniano.

Sem dar tempo de ambos pensarem, Caspian olha para a trompa, que estava perto o suficiente para que ele conseguisse pegar, e se levanta um pouco para alcança-la.

- Não! - O homem grita, mas já era tarde, Caspian já avia pegado e soprado, sem ao menos ter certeza do que ia mesmo acontecer. Então, sem ter escolha o mais velho acerta algo em sua cabeça e o garoto apaga.

{...}

Caspian acorda completamente desnorteado, sentindo como sua cabeça fosse explodir. Ainda confuso o mesmo da uma olhada em volta tentando reconhecer onde estava, era um sonho?

Se levanta ainda um pouco tonto e então começa a escutar vozes, quando olha para ver a quem pertenciam sua expressão nunca foi tão confusa e sua cabeça deu uma latejada, as vozes vinham de um texugo e um anão, o mesmo que o atingiu na cabeça.

- Está bem, rapaz? - O texugo perguntou.

- Já acordou? Deveria ter batido com mais força. - Murmurou o anão olhando feio para Caspian.

Sem exitar, Caspian empunha sua espada, mas o homem foi mais rápido e puxa a sua também, ambos começam uma espécie de luta naquele lugar minúsculo e acabam esbarrando no prato em que o texugo, minutos antes, tinha colocado sua sopa.

- Olha o que fizeram. - Lamenta o animal. - Gastei minha manhã toda fazendo essa sopa.

- O que você é? - Pergunta Caspian mais confuso do que nunca.

- Engraçado perguntar, era de se esperar que mais humanos reconhecessem um texugo quando visse um.

- Não, eu quis dizer... são narnianos. Vocês deviam estar extintos.

- Lamento decepciona-lo. - Ironiza o homem que avia lutado com Caspian. - Olha, desde quando abrimos uma hospedaria para telmarinos?

- Não sou telmarino. - O garoto fala se levantando. - Sou Principe Caspian, o décimo.

- O que veio fazer aqui?

- Estou fugindo. - Começa. - Meu tio sempre quis o meu trono, e eu acho que só vivi esse tempo todo porquê ele não tinha um herdeiro homem.

- Bem, isso muda tudo. - Comenta o texugo.

- É, significa que não temos que matar você. - Completa o homem.

- Pra onde vai? - O texugo pergunta ao ver Caspian pegando seus pertences rapidamente.

- Aquela família não vai parar até eu estar morto.

- Mas você nasceu para nos salvar, não sabe o que é isso? - O texugo se aproxima do garoto o mostrando a trompa que o mesmo reconheceu rapidamente.

{...}

- Pai, você pode ficar calmo? - Aliyah fala já perdendo a paciência. - Eu não estou lhe entendendo.

- Como não? - Começa Miraz irritado. - É a segunda vez que ele consegue fugir. Ou nossos soldados estão fracos, o que já seria um problema, ou agora Caspian já tem a ajuda necessária pra ser perdido de nossas vistas.

- Ajuda? Temos um traidor?

- Não, filha. - Ele respira fundo antes de terminar a frase, como se estivesse prestes a dizer uma palavra que sujaria sua boca. - Ajuda de narnianos.

- O que? - A garota solta uma risada. - Conto de fadas agora não papai.

- É isso mesmo que ouviu, capturamos um deles hoje mais cedo, a primeira prova em anos que narnianos não estão mais extintos como deveriam. - O rei termina e o sorriso que antes estava no rosto de Aliyah desapareceu completamente.

- Mas estarão em breve. - A morena afirma e seu pai sorri sem mostrar os dentes e se aproxima depositando um beijo na testa da filha.

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