Cap 16

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Dean°

Onde diabos estão meus filhos?

Meus olhos estão grudados na tela do meu computador, procurando no monitor pelas últimas três horas. Hoje é dia de das compras. Não leva três malditas horas para comprar mantimentos.

Observei-a vestir as jaquetas, colocá-las no carro e partir. Meu telefone toca. Entre duas chamadas perdidas e quatro mensagens de texto, eu esperava uma resposta agora.

Estaremos em casa logo. Leio seu texto.

Ela não chegará em casa antes de mim, estarei esperando.

Sento-me no sofá, no escuro. O elemento surpresa é meu habitat natural. Eu ouço o ranger das chaves na fechaduras e sei que ela está abrindo a porta da frente.

Meu dedo indicador de cada mão pressiona junto acima do meu queixo. Vou rasga- lá em pedaços se algo acontecer com meus filhos. Como pude confiar tanto?

Nolan voa pela porta em um borrão tão rápido que quase não reconheço o que estou vendo. "Ah-ah," eu a ouço chamá-lo. Ele tira os sapatos e patina com meias na cozinha. Um balão se agita no ar, preso a seu pulso. Ele tira o casaco e ela segue atrás dele, pendurando-o. Tirando as botas de Aurora, ela as deixa perto da porta e coloca o casaco no cabideiro também.
É tudo metódico. Uma dança bem ensaiada que eles coreografaram. Nolan sabe que é hora do jantar, ele se senta à mesa e espera. "O que soa bem esta noite?" ela pergunta a ele gentilmente enquanto Aurora desliza em sua cadeira alta, balbuciando.

"Mac masse", ele grita, prolongando cada sílaba.

Os longos dedos de Alana passam por seu cabelo. "Ok, esta noite teremos isso, mas apenas se você comer suas couves de Bruxelas também."

Ele torce o nariz. "Oh, você gosta disso, lembra? Vamos lá", ela o pega e se move mais fundo na cozinha. "Você pode me ajudar a cozinhar."

Minha raiva diminui sabendo que meus filhos estão bem. Eles estão melhores do que bem - eles estão bem alimentados e feliz. Mas isso ainda não lhe dá o direito de levá-los.

Entro na cozinha com a intenção de entregar minha mensagem quando um garoto com cara de tigre se choca contra mim. "Papai", ele chama, batendo seu corpinho contra a minha perna. Ele está coberto de pintura facial laranja e branca. Ele rosna para mim, imitando o animal que deveria ser.

"Diga a ele onde nós fomos," seus olhos demoram docemente nele.

- "Para o zoológico"

Nolan me diz, pulando para cima e para baixo, fazendo seu balão quicar. Aurora começa a bater palmas observando o balão laranja. Alana parece orgulhosa de dar a eles um dia tão bom.

Todo mundo está feliz, menos eu.

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