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Na escuridão do jardim, os raios de lua filtravam entre as folhas das árvores, criando um jogo de luz e sombras ao nosso redor. Cada detalhe do rosto de Jenna era iluminado por essa luz pálida, destacando seus traços e o brilho provocativo em seus olhos.

Meus passos ecoavam pelo solo gramado enquanto eu encarava Jenna com uma mescla de fúria e frustração. A brisa noturna agitava as folhas das árvores, mas não amenizava o calor que crescia dentro de mim.

— EU NÃO QUERO FALAR COM VOCÊ! — Minha voz ressoou pelo jardim, carregada de tensão e raiva reprimida.

Jenna permanecia ali, imperturbável, como se estivesse se divertindo com meu desconforto.

— Não vai me dar sequer o direito de me defender? — Sua voz soava irônica, os cantos de seus lábios curvados em um sorriso mordaz.

Minha indignação aumentava a cada palavra dele.

— Cínico. Foi por isso que você sugeriu que eu tentasse conversar com meu futuro noivo, não é? Porque ele era você! — Minha voz tremia de raiva, meus gestos expressando a intensidade de minhas emoções.

Jenna apenas mantinha o sorriso, como se estivesse se deleitando com minha irritação.

— Olhe bem, ao menos sugeri um acordo. Isso não demonstra que não sou tão ruim assim? Pense nisso, Daisy. — Ele tentava soar razoável, mas eu podia sentir a tensão subjacente em suas palavras.

Desviei o olhar, incapaz de suportar seu olhar insolente por mais tempo, e fixei meus olhos em um ponto distante do jardim. Ainda assim, podia sentir sua presença, uma sombra malévola pairando ao meu redor.

— Somos sócios. — Interrompi sua tentativa de justificação com uma voz firme. — E agora você traiu minha confiança, portanto nem isso sei se seremos..

Uma risada irônica escapou dos lábios de Jenna, como se ele estivesse achando graça da situação.

— Não seja tão dura consigo mesma. Poderia ser pior. Imagine-se casada com alguém com um ego ainda maior que o seu. Ou até mesmo com Dioe. Aposto que odiaria se casar com Dioe! — Seu riso ecoava pelo jardim, uma melodia desagradável no silêncio da noite.

Eu sabia que Jenna estava tentando me provocar, mas suas palavras só alimentavam minha raiva. Contudo, por mais frustrante que fosse admitir, em um ponto ele estava certo. Ele era a melhor opção no momento. Respirei fundo, tentando acalmar os ânimos, enquanto uma ideia começava a se formar em minha mente.

— Você é o mais velho, não seria o herdeiro do título? — Questionei quando essa interrogação surgiu em minha mente. A brisa da noite balançava suavemente as folhas das árvores ao nosso redor, criando um murmúrio reconfortante.

— Tudo funciona diferente no marquesado, Dariela. — Ele suspirou, desviando o olhar para o horizonte distante. A luz fraca das lanternas ao longo do caminho iluminava seus traços, destacando as linhas de preocupação em seu rosto. — Nós... não seguimos o tradicional. Primeiramente, primogênitos não herdam diretamente, e no momento... Marks e Dioe são os potenciais herdeiros.

— Pobre de seu pai... — Lamentei, sentindo um aperto no coração ao pensar na situação do patriarca Herbrack. — Digo, não por Marks, mas por seu outro sangue.

Ele assentiu em silêncio, uma sombra de tristeza passando por seus olhos antes de continuar. — E então, você é jogado para casamentos?

— Não, eu consigo por mérito. — Ele ergueu os olhos para me encarar, e vi a determinação brilhar neles. — Você sabe que Herbrack é uma das casas fundadoras, só que diferente dos Florence, não tínhamos magos...

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⏰ Última atualização: Jul 04 ⏰

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