Y / N
Finalmente hoje seria o dia em que aquele idiota iria fazer uma patrulha, assim eu posso pegar uma carona de volta pra cidade e voltar pra minha casa. Eu já abandonei minha família, não posso deixar meu lar pra trás também. Esses últimos dias eu fiz de tudo um pouco pra ajudar esses caipiras esquisitos, foi bem entediante já que eu não falo realmente com ninguém, o máximo de interação que eu fiz com as pessoas foi na hora de dividir as atividades e ser obrigada a participar de conversas chatas com a Darla e a Jenn. Eu tô cansada dessa merda de vírus zumbi, tudo que eu quero é poder voltar no tempo pra ver minha família.
— Ei, Luhan. — chamei a atenção do homem, ele virou em minha direção confuso já que eu nunca falo com ele. — Chegou o dia, me leva de volta pra cidade.
— Não. — sua resposta simples me enfureceu, como assim não? Ele não manda em mim!
Essa é uma das principais características no Luhan que eu reparei durante essa semana e, nossa, como eu odeio isso! Ele acha que só porquê é o filho do fundador dessa espelunca ele pode dar ordens e dizer aos outros o que devem ou não fazer, me tira do sério!
— Como assim "Não"? — fiz aspas com os dedos e mostrando a ele que não iria me contentar com qualquer resposta que não fosse a que eu queria. — Você não manda em mim e eu não pedi pra estar aqui. Eu quero voltar pra casa.
— Eu não posso deixar você ir quando lá fora é perigoso e você pode morrer de novo. — o filho mais velho da família virou as costas me deixando sozinha.
Meu sangue ferveu, quem ele pensa que é pra falar assim comigo? Ai, quer saber, eu quero que ele e a família idiota dele se ferre, eu vou embora agora e não há ninguém que possa me impedir. Virei minhas costas e fui andando em passos confiantes até a porta por onde eu saí, ignorando o chamado dos vigias e seguindo a estrada que levava até a cidade.
O Sol estava quente, não tem importância, suar um pouco não me faz problema. Eu andei quase que a tarde inteira, parecia que não chegaria na cidade nunca, até chegar a minha casa então... Era melhor eu apressar o passo antes que a noite caía e aqueles motoqueiros imundos venham me perseguir.
Minha barriga já estava começando a roncar, ontem foi dia de jejum e hoje iríamos jantar, essa sensação de vazio na barriga era terrível, eu odeio sentir fome mas esse foi a escolha que eu tomei, não tinha mais como voltar atrás e ter que lidar com a presunção e arrogância do Luhan. O Sol indicava ser meio dia, já não tinha mais forças pra caminhar então resolvi fazer uma pausa me sentado na sombra do que restou de um antigo ponto de ônibus. Fechei meus olhos por alguns minutos tentando matar minha sede com minha própria saliva e estava tão distraída que me assustei com o barulho de carro, meu coração acelerou e quando eu olhei praquela caminhonete velha e caindo aos pedaços percebi que era quem eu menos queria encontrar.
— Não se saiu bem indo pra cidade a pé e resolveu esperar o ônibus? — ignorei aquele idiota e voltei a caminhar.
Ele me acompanhava com sua caminhonete estúpida, andávamos praticamente lado a lado, ele não tirava os olhos de mim porém eu não ou sei olhar pra ele um segundo se quer.
— Me esquece, seu pirralho idiota! — gritei com ele e parei de andar.
O Luhan suspirou e revirou os olhos, abrindo a porta do seu carro destruído com determinação e isso só podia indicar que ele estava disposto a fazer qualquer coisa pra me fazer entrar no carro. No instante em que ele saiu do automóvel eu comecei a correr dele que fez o mesmo, vindo em minha direção. Eu até que podia estar indo rápido porém não me alimentei direito e logo me cansei novamente, ele ainda parecia ter energia e estava cada vez mais perto. Peguei um punhado de areia do chão e joguei em sua direção na esperança de cair em seus olhos e eu pudesse fugir desse lunático religioso psicopata, infelizmente minha mira estava terrível e eu só pude acertar sua camisa branca. Luhan era muito rápido, a vida na fazenda provavelmente o fez ter muita disposição e seu porte físico também não era dos piores. Antes que eu pudesse preparar mais um ataque ele passou seu dois braços pelo meu quadril e impulsionou meu corpo o suficiente pra que meus pés saíssem do chão e eu fosse jogada por cima de seu ombro pra ficar pendurada e presa em seu corpo.
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The End Begins - Luca Luhan
FanficFaziam nove meses desde que aquele cachorrinho de estimação no Sul dos Estado Unidos da América foi levado ao veterinário após morder sua dona. Ninguém esperava que um simples cãozinho de uma menininha doce fosse capaz de carregar um vírus tão destr...