Estava caminhando até o meu armário e o corredor não estava muito cheio. Que milagre. Cheguei ao meu destino e já fui pegando os livros que eu iria precisar, até que sinto uma presença no meu lado, só pelo cheiro já dava para saber quem era. Seng.
Ô nojeira.
Seng. Era o garoto mais "popular" do colégio, jogava basquete e era talentoso. Todas as garotas queriam ele, ele me queria, e eu queria as garotas que queriam ele, que maravilha.
- E aí Mon... você tá tão linda. - diz com um sorriso radiante, coitado.
-Hm... obrigada!?- falo com um sorriso torto, e ele sorriu mais ainda.
(Sinal toca)-Hmm... Então, eu queria saber se você tem algum compromisso depois da aula...- ele pergunta colocando a mãos no bolso. Ele até que é um cara legal, educado e simpático mas meu negócio mesmo é buc-
Fui cortada dos meus pensamentos com uma presença desagradável do meu lado.Ela era a última pessoa da face da terra que eu não queria ver naquele momento.-Desculpa interromper a conversa dos pombinhos mas o sinal já tocou, caso não tenham escutado.- Sam disse com sarcasmo, Seng era muito bobão para perceber isso.
-Ah...sim, certo... eu já estava indo para sala professora, desculpe. -ele disse já se retirando sem antes de dizer:
- Tchau Mon, a gente se fala no intervalo.- ele acena e lhe dou um sorriso. Observo o mesmo até sair do meu campo de visão esquecendo completamente da figura do meu lado.
Viro minha cabeça para a mesma pegando ela...me olhando? Que diabos?
- Vai ficar plantada aí até quando?.- ela me pergunta num tom grosseiro. Respirei fundo e sai de lá sem olhar na cara dela, preferi deixá-la no vácuo. Estou cansada.
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Adentrei na sala e fui me sentar perto da Yuki e do Nop, estava me sentindo mal por ter tratado eles mal, a culpa não é deles se a Sam existe.- Foi mal por ter saído daquele jeito gente, só estava estressada e vcs não tem culpa de nada! - digo me virando pra eles assim que sento na carteira e eles me dão um sorriso.
- Tá tudo bem, a gente pegou pesado nas brincadeiras...mas a gente iria contar do que a gente estava rindo...- Diz Yuki olhando para o Nop com receio. Estranho.
-Então... não sei se você viu mas trocaram o horário, era pra ser o Sr.Kirk agora né? Só que a Aula dele vai ser a última...- Nop fala com um sorrisinho torto.
- Osh, então quem que vai ser agor- fui interrompida com o som de salto e uma voz familiar. Fechei os olhos com força antes de me virar e ver aquela criatura que eu tanto detestava. Olhei para a Yuki e está estava com uma cara de: "eu tentei avisar".
-Peguem o caderno e o livro de História, irei passar uma atividade para vocês valendo 10 pontos. Srt.Korkamon, venha se sentar na frente por gentileza.
Assim que ela falou eu fiquei em choque.Agora me falem, eu tô louca? Tô louca? Eu não estou louca! Eu não fiz absolutamente nada, e essa infeliz já vem encher o meu saco do nada, dessa vez eu tive que retrucar.
-Por que?? Eu não estou fazendo nada!!-falo indignada. Vejo brotar um sorriso maléfico em seus lábios antes de me responder.
- Não quero ter interrupções na minha aula, senhorita.- ela fala olhando para Yuki e Nop, insinuando que provavelmente eu iria ficar conversando. Que saco!
Olho para Yuki e ela manda um sinal para eu ir logo e contra a minha vontade, levanto e vou em direção a carteira vazia que por sinal, é de frente com a mesa dela. Eu devo ter jogado uma rocha na cruz, não foi nem uma pedra.Uma rocha.
Eu queria muito entender essa implicância que a Sam tinha comigo, geral ali babava nela, pagavam pau e eu era a única que estava nem aí pra ela, achava ela nada demais, não sei se era porque eu passava o meu tempo odiando-a além de admirar-lá. Então por que eu? Ela poderia ter qualquer um ali, mas justamente eu quem ela quer infernizar.
Assim que sentei na carteira, abri na última folha do meu caderno e comecei a fazer desenhos aleatórios, decidi não fazer nada naquela aula além de ignora-lá. Depois pego a matéria com o Nop ou com a Yuki.
Sam estava anotando algumas perguntas no quadro e explicando alguma coisa relacionada a Guerra Fria, não sei, não faço questão em saber. Comecei fazer um desenho de uma cenoura e uns dentinhos mordendo, como se fosse um coelhinho. Eu amava coelhos, não sei o porquê.A voz da Sam parou em um instante, estava quase terminando o desenho quando eu senti ela se aproximando de mim, senti o cheiro dela invadir minhas narinas, ato que fez meu estômago revirar. Ela pigarreou assim que chegou na minha mesa, fingi que não era comigo e continuei a desenhar. Até que ela pôs suas duas mãos na mesa e se inclinou para frente, agora foi impossível ignora-lá, droga.
Ela estava muito perto do meu resto, sua expressão de raiva era perceptível em seu rosto. Meu coração começou a acelerar e minhas mãos começaram a soar, o que estava acontecendo comigo?
- Vejo que está prestando bastante atenção na minha aula Srt. Kornkamon.- comenta e sinto o hálito dela bater na minha cara. Queria falar que o hálito dela cheirava a bosta mas nem isso essa filha da mãe tem. Sinto que tem uma bola na minha garganta, antes de soltar qualquer palavra, eu a limpo, engolindo o famoso "seco".
- Você viu!? Aluna exemplar não é mesmo? -pergunto com puro deboche e vejo a carranca dela se transformar em um sorriso diabólico, acho que cutuquei a onça com a vara curta demais.
- Já que você está tão empenhada na minha aula, explique para a turma o que foi a guerra fria. - fala se endireitando porque até então, só faltava me beijar com a proximidade que estávamos. Eca.
-Claro! Pessoal pra quem não sabe, a Guerra fria foi em 1947 no inverno, foi uma guerra onde começaram a tacar bolinha de neve uns aos outr- Fui interrompida com a Sam furiosa enquanto a sala inteira começavam a gargalhar.
- SAIA DA MINHA SALA AGORA, ESTOU FARTA DAS SUAS PIADAS! - Sam gritou, dava pra ver o ódio estampado na sua face.Missão cumprida. Sorri entre meus pensamentos.
-Pra mim é uma honra sair daqui. - dou um sorriso sarcástico e pego minhas coisas antes de sair da sala.
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Professora Infernal (Monsam)
Fanfiction⚠️ plágio é crime⚠️ O conflito entre duas pessoas totalmente diferente. Mon, uma aluna mediana, Sam uma professora arrogante e com o ego inflado. Mon tenta entender por quais razões sua professora pega tanto no seu pé. Entre todo esse ódio das duas...