Você é minha.

melhores amigas.

capítulo 2. [. . . ]

13 anos atrás.

se passou 2 anos da morte dos pais de Rosie. Nesse meio tempo ela começou a morar com seus avós ─ que não iam muito com a cara dela. ─ e nesse período tento da meu apoio total pra ela, sei que ela precisa se divertir um pouco depois que a sua vida virou de cabeça para baixo depois do acidente.

Rosie foi na minha casa depois da escola, planejei uma maratona de filmes e series para nós duas. farei de tudo para deixa-la feliz, pelo menos por hoje. Bom, de certa forma eu ainda me sentia meio culpada por não ter dado o devido apoio a ela no dia da morte dos seus pais. Eu só sabia chorar por não aceitar que o titio e a titia tinham falecido e pelo medo e quase ter pedido a minha melhor amiga. Mas mesmo perdendo os pais e ainda sofrendo um acidente, Rosie tentava me animar. Porque pra ela me ver chorar só faria sua dor piorar mais.

meus pais chegariam no outro dia por conta do trabalho, ou era isso que eu pensava. porque em algumas horas esculto meu pai me chamando da sala de estar.

me surpreendo por eles terem chegado tão cedo. Nem deu tempo de avisa-los que Rosie passaria a noite aqui. Espero que esteja tudo bem pra eles ela dormir aqui por hoje.

bom, preciso descer já que me chamavam.

─ Rosie, vou lá em baixo rapidinho ver o que meu pai quer, ok? Já volto. ─ dou um beijo em sua bochecha e ela sorri e afirma. sigo o caminho para a porta indo de encontro aos meus pais.

Lá estavam eles, meu pai, um homem de alto sentado no sofá com roupa do trabalho. Ao seu lado estava minha mãe, completamente em silencio sem expressão ao lado do seu marido. Eles não sabiam que Rosie estaria em casa, mas especificamente no meu quarto. A sala de estar é perto do meu quarto, então dar pra ouvir praticamente tudo lá de cima. Então Rosie nem precisaria se esforçar para ouvir sobre o que conversaremos.

ao chegar lá ele me olha e aponta para que eu me sente no sofá. O obedeço.

─ boa noite pai. ─ faço uma leve reverencia ainda sentada. e para minha mãe lanço um mini sorriso de lado, ela não reage. como sempre ─ sobre o que quer conversar? ─ me sinto meio nervosa, não sei por quê.

a expressão no rosto de meu pai é um tanto seria. engulho em seco.

ele procede.

─ filha, quero falar sobre sua amizade com a Park. ─ meu pai pronunciava cada palavra com uma expressão seria e autoritária. Sinto calafrios, olho para minha mãe que está de cabeça para baixa, completamente disposta a fazer tudo que seu marido mandar. Totalmente submissa.

─ o que tem ela, papai? ─ exclamo nervosa, Rosie com certeza ouviria essa conversa.

─ ontem encontrei o avô de Chaeyoung. Ele me contou sobre como sua neta tem tendo comportamentos imorais diante a igreja. ─ o olho confusa, então ele prossegue. ─ você sabia? sabia que Chaeyoung é homossexual? ─ arregalo os olhos, fico completamente chocada. ─ VOCÊ POR ACASO SABIA DISSO? ─ ele se levanta do sofá gritando e eu me assusto.

─ n-não senhor. ─ minha voz sai tremula, encolho meus ombros, sinto vontade de chorar. Ele volta a se sentar, minha mãe toca seu ombro, porém ele tira sua mão com força.

─ e você, sabia que sua filha andava com uma serva do diabo? ─ ele fala entre os dentes, sinto sua raiva pelas veias saltando do seu pescoço, Minha mãe nega agressivamente e abaixa a cabeça. ele suspira.

─ uma imprestável mesmo... ─ ele volta o olhar para mim, sinto meu corpo se arrepiar. ─ se aquela garota fosse minha filha eu a colocaria em seu devido lugar, onde já se viu. Mulher com mulher? Mulher foi feita para o homem, para servir o homem. e não para ser uma vadia que beija mulheres, totalmente nojento! ─ ele fala cada palavra como se cuspisse fatos, minha mãe apenas concordava com tudo balançando a cabeça, igual robô.