| Capítulo 2 |- O Acidente

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eu *acordei do meu transe* e olhei a pessoa, era ele.. será que eu agora não fico em paz ?eu estava com receio.. então começei a correr, olhei para tráz enquanto corria para o ver e ele estava agora parado a olhar para mim com uma cara..diferente, ele parecia triste e arrependido penso eu ..quando voltei a concentrar-me no que estava a fazer, eu tropeço em algo que nem reparei e fui parar ao chão, um gemido involuntário de dor escapou-me dos lábios e eu juntei o meu joelho ao meu peito pois fiz la uma ferida.. e não era pequena visto que a calçada estava toda mal organizada.. as pedras estavam levantadas e eram afiadas nas pontas, o meu rasgo sangrava cada vez mais e eu estava ali sem ninguém, e o meu braço tinha grandes raspões.. isso não era nada de especial, mas agora do joelho eu estava arrasca e nunca fui pessoa de ser queixinhas.. sou sensível sim mas noutros aspectos. Aí ouvi passos novamente que caminhavam até a mim sentada no chão agarrada ao joelho de olhos fechados a soprar e dar beijinhos no mesmo.. ouvi a pessoa rir-se e abri os olhos engulindo seco, era ele, esticou-me a sua mão e eu agarrei-a numa tentativa de me levantar, mas não conseguia-
"Vá lá levanta-te"
deu-me vontade de lhe mandar agora uma canelada mas não o fiz porque ele até estava a ajudar-me.. mas ele deve pensar que não me dói nada..apertei a mão dele e tentei novamente, ele puxou-me e estava quase de pé mas o meu joelho doía e não aguentou então eu caí, suspirei metendo a cabeça para tráz e fechei os olhos por uns segundos voltando a abri-los-
"Não consigo... "
disse-lhe e parece que agora sim estava a acreditar, ele baixou-se e os nossos olhares cruzam novamente mas agora mais perto, decidi desviar antes que houvesse mais uma tentativa de beijo ..eu não queria, quer dizer querer queria, mas eu não sabia..derrepente ele agarra-me com as suas mãos agora frias do vento levantame acartando comigo de estilo noiva, agarrei-me ao seu pescoço e encostei a minha cabeça no seu ombro fechando os olhos..eu sentia-me estranhamente bem.. só esperava não me estar a apaixonar, quando decidi abrir os olhos e olhar em volta eu estava perdida, nunca vi este local, olhei-o-
"Para onde vamos?"
"Para minha casa.. curar as tuas feridas "
assenti após ele explicar minimamente o que para lá iamos fazer pois eu já estava pronta para se fosse noutras circunstâncias esquecer-me de dores e fugir.. uns minutos depois chegamos a casa dele.. eu não sou gorda mas não sou própriamente leve e ele aguentou o caminho inteiro sem parar nem me largar do colo.. ele abre a porta e penetra a divisão entrando numa sala gigante, dava para perceber so em si que era rico, tinha a mania..mas eu tiro-lha, ele comigo agora não brinca.. as manhas deles são as mesmas dos outros, ele fecha a porta e caminha no mesmo ritmo até ao sofá gigante preto de qualidade e senta-se nele comigo ao seu colo, envergonhada tirei uma perna de cima de si para me sentar ao lado dele, mas a mão dele agarrou a minha coxa quase no rabo e meteu a minha perna novamente para cima, olhei-o e os nossos olhares cruzam-se pela terceira vez.. o meu coração acelera pela milésima vez e enguli a seco quando senti a mão dele percorrer um caminho debaixo da minha camisola pelas minhas costas acima, com o braço que não me doía tirei a mão dele dali devagar não querendo piorar as coisas, e desencostei-me do seu peito ficando a olhar a parede e ele interrompe-
"Vamos"
ele agarra em mim da mesma forma que me trouxe para sua casa e leva-me a passear na sua mansão até ao quarto de banho, era grande.. confortável..se ele fosse um rapaz decente que não quisesse apenas.. sexo sim.. ele podia ser feliz e fazer alguém feliz.. sempre gostei de casas grandes mas nunca habitei em uma pois os meus pais separaram-se quando eu era pequenina e a minha mãe não conseguia sustentar uma casa grande com o seu pouco ordenado então eu vivo num apartamento, mansões eram uma perdição para mim e eu nunca entrei numa antes.. apenas as via por fora..ele interrompe mais uma vez os meus pensamentos
"Tira as calças"
o quê? eu secalhar nem ouvi bem.. tirar as calças eu não tirava, não o conhecia de lado nenhum, ele não tem o direito de me dizer aquilo como se nada fosse e eu nunca estive nem de lingua enterlaçada na de outro rapaz quanto mais de cuecas-
"Não.. curo só o braço deixa estar nao me dói"
desci da banca onde ele me sentou e fui-me abaixo quando o meu joelho ficou direito, bufei
"Doi-te obviamente que te doi, se nao tirares eu corto-as"

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