Capítulo 2

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John

O suor escorre pela lateral do meu rosto com o esforço ao correr na esteira. Depois de uma hora de treino pesado na academia de casa, corro por mais meia hora na esteira para finalizar.

Pelas portas de vidro que circundam a academia vejo o Thomas se aproximar com o telefone na orelha. Pela sua expressão de desinteresse suponho que seja alguém que ele não gosta.

O que pode ser qualquer pessoa, ele não gosta de praticamente ninguém.

Ele revira os olhos ao entrar na sala e me passar o celular. Com essa atitude dele já sei quem está do outro lado da linha.

— O que pensa que está fazendo? — O homem na linha brada.

— Não faço ideia do que está falando. — Repondo com calma.

— Não finja que não sabe de nada. — Seu tom de voz fica mais alto. — Você arrematou o terreno que eu estava em negociação.

— Não tenho culpa se o dono aceitou minha oferta. — Respondo sem esconder minha satisfação.

— Você é desprezível.

— Você deveria ficar orgulhoso então, herdei essa característica de você.

— Você deve ter herdado do seu avô. Vocês são iguais.

— Não entendo por que você me liga sempre que isso acontece, já deveria ter se acostumado a perder para mim — a satisfação de saber que consegui minar seus planos mais uma vez é revigorante.

— Como você pode ser capaz de fazer isso com seu próprio pai. — Encerro a ligação quando ele diz isso.

Esse homem sempre me liga quando perde algo para mim. Herdei a fortuna e os negócios do meu avô materno, enquanto era vivo ele não se metia no caminho do Ruben, mas eu sou diferente, sempre que eu descubro que ele está tentando expandir seus hotéis eu arremato o terreno antes.

Eu consegui elevar o padrão dos hotéis Painite, transformando a rede em hotéis de luxo espalhados pelo mundo.

O terreno que acabei de comprar vai abrigar um resort de luxo. Tenho um no exterior, outro no Nordeste e resolvi fazer o mesmo aqui. A rede de hotéis apesar de ter um toque meu, carrega a influência do meu avô, com a minha entrada no ramo de resorts de luxo eu posso consolidar meu nome no mercado de luxo tão cobiçado.

— Por que você atendeu? — Questiono o Thomas.

— Porque faz parte do meu trabalho atender suas ligações. — Sua face não deixe a tela do tablet. — E se eu não atender o seu celular ele liga para o meu.

— O seu você não atenderia uma ligação dele.

— Não.

— Então deveria ter deixado o meu tocar até ele cansar. — Seu olhar encontra o meu.

Thomas tem um olhar que diz que ele não irá repetir o que disse segundos atrás.

— Preciso que você confirme a lista de convidadas para a inauguração da Gemini.

Thomas fala mudando de assunto. Desligo a esteira e seco o suor do rosto com a toalha que estava pendurada no aparelho.

Ele me entrega o tablet e caminho em direção a entrada lateral da casa verificando o nome e a foto de cada convidada.

As que não quero sinalizo para que ele não envie o convite. Qualquer mínimo movimento meu na direção delas, pode ser interpretado como um avanço da minha parte, convido apenas as que sabem que não poderão ter mais do que já tiveram de mim.

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