Há muito tempo isso não acontecia. Eu não me lembro mais o que devo fazer nessas situações. Não que em algum momento do passado eu tenha sabido algo realmente eficaz.
Quando ele olha pra mim tenho medo que minhas pupilas estejam em processo de dilatação. Fico pensando se fica óbvio que perto dele o mundo ao redor de nós pareça tão adorável aos meus olhos que a felicidade não se contente apenas com o meu olhar e caminhe até meus lábios em forma de sorrisos bobos...
Será perceptível que quando me pergunta algo, as palavras se misturam em meus lábios e tudo que consigo formular são monossílabos vagos? Perdão por isso, meu cérebro não consegue raciocinar bem nem em situações normais. E os poucos e breves momentos com ele podem ser qualquer coisa, menos normais. Quando estou com ele gosto de absorver e apreciar cada milésimo de segundo.
O que fazer? Nada parece ser certo.
Minha intuição diz algo. Meu coração também tem sua voz, e as coisas que ele diz parecem imaginárias. Eu? Conseguir alguém especial, diferente, inteligente e mesmo que tudo isso já baste, ele ainda tem beleza? Talvez eu seja um pouco pessimista, desculpe, mas me parece irreal.
Quando o assunto "casamento" surge, dou voltas e voltas e digo que não quero isso pra mim. Nunca irei admitir a ninguém, mas isso não é exatamente a verdade. A verdade é que a ideia de que alguém se interesse romanticamente por mim parece quase totalmente improvável, e isso dói muito.
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Todas As Coisas Que Eu Queria Gritar
Non-FictionO título é alto explicativo. Espero que gostem da leitura. Aqui, nessas palavras, está um pouco de mim e coisas que não consigo dizer em voz alta.