part. 8.5

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Pedri

- Que porra é essa... - murmurei, quando Gavi entrou no banco de trás com três sacolas diferentes e um buquê de flores que estava ocupando metade do espaço, principalmente a visão do seu rosto.

Ele murmurou algo de volta, mas era impossível decifrar.

- Que? Tira essa merda do seu rosto. Não consigo te escutar.

Ele moveu o buquê.

- É para Elena.

Revirei os olhos.

- Esperava que sim. Você seria um bom filho da puta se comprasse presentes para uma mulher a caminho da casa de outra. - estreito o olhar para as sacolas. - Comprou Victoria's Secret para pedir desculpas? Você é a porra de um pervertido, Gavi.

Ele jogou os ombros para trás.

- Tenho o costume de rasgar a calcinha dela quando...

- Puta merda, - o interrompi, tensionando o maxilar, irritado. - O que te faz pensar que quero escutar esse tipo de merda de você?

Ele ri, mastigando o chiclete irritante. - Enfim. Só estou englobando o pedido de desculpas.

- E você pensou em um?

Seu nariz enruga, algo que acontece quando ele está incomodado com algo.

- Não. Estava pensando que você poderia me ajudar pensar em algo.

Balancei a cabeça.

- Está louco? Não vou te ajudar a mentir para Elena.

O nome dela soava doce em minha língua. E talvez tenha usado um tom um pouco pessoal demais. Eu não sei se Pablo percebeu, mas algo mudou em sua expressão.

- Qual é, Pepi. Você nem gosta da garota. Ela também não é a miss simpatia quando se trata de você... E o melhor, vocês não se conhecem, não precisa se sentir culpado.

Ah, se ele soubesse.

- Amo você como meu irmão, cara, mas você é o pior às vezes.

- Eu sei, cara. Mas você nunca precisou mentir antes?

Ele adocicou seu tom.

- Que tipo de mentira você está tentando esconder, Gavi?

Ele joga a cabeça para trás.

- Você sabe... Estou transando com uma rival.

Concordo.

- Ela estava no jogo. Próxima demais do campo, gritando o nome de outro jogador. Fiquei irritado. Quando o jogo acabou, mandei uma mensagem para ela. Nós discutimos no estacionamento durante uma hora, no mínimo, acabei me esquecendo da Elena.

Respiro fundo. Como ele era capaz de esquecer da presença dela? Nos vimos ontem e ainda sinto o calor do seu corpo no meu. Seu hálito, seu cheiro.

- Elena quase viu vocês.

Disse, sincero.

Ele pulou no banco.

terceira pessoa, pedri gonzalez. Onde histórias criam vida. Descubra agora