Elena
As unhas dos meus pés, pintadas em esmalte preto, pareciam a coisa mais interessante dentro do vestiário do Barcelona com Pedri Gonzalez nu atrás de mim.
Okay. Ele não estava completamente nu. Pelo menos, não mais. Contei três minutos inteiros do momento em que ele ordenou que me vira-se e escutei sua toalha sendo jogada no fundo. Assim como o barulho do zíper da sua calça sendo fechado e o seu desodorante corporal sendo aplicado. Ele não poderia ser assim tão lento para vestir suas roupas. É uma cueca, espero.
Estava tentando não pensar muito nisso e sobre essa ser a terceira situação constrangedora em que compartilhava com ele. Em menos de duas semanas.
Jesus Cristo.
Sentia minhas bochechas quentes e não era culpa de toda tequila gratuita que consumi no bar reservado para os familiares dos jogadores. Deveria voltar até lá e terminar a garrafa, para ter certeza que teria perda de memória por conta da bebida. Nós tínhamos ganhado o jogo com três gols de diferença e Pedri seminu, molhado e com uma toalha presa em sua cintura não deveria ser minha memória mais marcante dessa noite.
Nem mesmo o seu cheiro.
Droga.
Ele estava perto novamente?
— É realmente meu nome e meu número em suas costas.
Muito perto.
Poderia sentir o seu hálito fresco batendo na minha nuca.
Ele já estava vestido?
— Por que mentiria?
Pedri tocou o seu polegar e o indicador na minha cintura.
Fechei os olhos.
— Por que usaria o meu nome em sua camisa, Elena?
Ele estava usando o meu nome. Não amor. Como costuma brincar.
Ouvi seu passos me rodearem e senti seu toque abandonar a minha pele. Ele estava à minha frente, poderia sentir isso.
— Abra seus olhos, Elena.
Por que meu nome soava tão bem em sua voz? E Jesus, esse homem deveria parar de me dar ordens tão doce assim. Algo em meu corpo era quase meio ansioso para obedecê-las. Não o meu lado feminista, claramente.
Foi quase doloroso abrir meus olhos e encarar os seus. Esse par de castanho escuro era profundo, doce e malicioso. Uma junção extremamente perigosa.
— Responda minha pergunta, Elena.
Passei a língua pelos lábios.
Porra. Eu estava um pouco bêbada demais para isso.
Precisava de um pouco de ar.
— Não parecia certo usar a camisa de Pablo enquanto quero gritar em seu rosto.
Isso era para servir como um balde de água fria em nós dois. O nome do seu melhor amigo. Um lembrete de como nós nos conhecemos. Mas Pedri não se moveu nem um milímetro. Muito menos eu.
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terceira pessoa, pedri gonzalez.
FanfictionPedri e Elena acreditam ter apenas uma coisa em comum, Pablo Gavi. Com a proximidade que o ponto em comum o faz se conectar, ambos descobrem que a densa e tensa relação não é apenas hostilidade.