Não me odeie

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Aquela manhã estava sendo diferente

Ao começar que Rio de Janeiro não acordou São Paulo logo cedo, reclamando com o moreno por ele dormir demais ou que os dois iriam perder totalmente o dia. Na verdade ele mal conseguiu levantar da cama quando acordou e olhou para aquele ser humano que dormia tão sereno, ainda por cima virado de frente para o loiro

Ao se recordar dos acontecimentos da noite passada, o carioca não resistiu em deixar um sorrisinho satisfeito escapar dos lábios cheios. Não pensou que em 6 dias ele e o paulista estariam naquela situação

— Nem parece que a uns dias atrás só faltava me matar — citou baixinho o loiro, levando a mão até o rosto do paulista e tirando uma mecha escura do cabelo da frente de seus olhos, em seguida acariciando a pele lisinha da bochecha

Se fosse apenas pela vontade de Rio, ele e São Paulo ficariam naquele estado pelo restante do dia, porém tudo o que é bom dura pouco. O celular do loiro vibrou na cômoda, de início ele pensou em ignorar, porém em seguida vieram exatas três notificações seguidas e o mesmo suspirou, virando um pouco o tronco e pegando o aparelho eletrônico. Sem desbloquear o celular, leu pela barra branca, notou que eram mensagens.. de Roberto

"Mane tô aqui fora"
"Preciso conversar contigo"
" E tem que ser agora"
" :) "

Estranhou aquilo logo cedo, entretanto bloqueou a tela. Se sentou na cama devagar e olhou para seu lado encarando novamente São Paulo dormindo. Não queria acordar o moreno para dizer que iria sair por alguns minutos, então apenas pouco se inclinou e transferiu um selar na testa do outro, em seguida se levantou sem fazer tanto barulho e adentrou o banheiro para ao menos escovar os dentes

Vestiu a típica bermuda branca e a regata azul, já que antes ele estava completamente desprovido de vestes. Deslizou os pés colocando os chinelos brancos e saiu de casa olhando em volta, procurando por quem o chamou até ali

— Pensei que você estava dormindo ainda

Rio de Janeiro se virou para o lado e logo viu a figura. O moreno alto com poucos músculos visíveis pela nudez do peitoral, com a camiseta posta sobre um dos ombros e um cigarro entre os dedos, estava encostado na parede observando o loiro. Com o cenho franzido, Rio se aproximou

— O que cê quer?

— Porra é assim que cê fala com teu primo? — roberto disse com uma expressão sentida, mesmo que para RJ aquilo parecesse totalmente falso, havia esquecido o quanto o primo costumava ser manipulador nos sentimentos — O humor do seu namoradinho já está transmitindo efeito pra você em

— Só diz logo o que você quer conversar comigo logo cedo — o loiro já começava a ficar impaciente, não queria ter saído de perto do paulista só para ficar de conversa fiada no meio da rua

— Veja só, nem ao menos negou que ele é seu namorado — o mais alto por uns centímetros levou o cigarro a boca e tragou sorrindo, porém este sorriso logo se cessou ao voltar a falar — Espera.. você não tá pensando realmente na possibilidade de vocês dois começarem a namorar, né? — a expressão do mesmo agora era séria, enquanto encarava o loiro — Na verdade foi exatamente pra isso que eu vim aqui. Acho que você tá levando isso a sério demais RJ

— Brother do que cê tá falando?

— Você está se apaixonando pelo São Paulo, não está? — roberto perguntou com clareza e aquilo pegou o carioca loiro de surpresa

— Não.. eu não tô

Apesar da afirmativa em seu tom de voz, o rosto do carioca dizia algo bem diferente do que suas palavras disseram

Festa em Ipanema - RJxSPOnde histórias criam vida. Descubra agora