Prólogo

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Bom gente eu trouxe essa fanfic a pedido da rubi_slyntherin , ela que sempre me vem com esses shipps kkkkk... 
Este prólogo pode conter alguns gatilhos então estejam avisados desde já......
A inspiração pra essa fic veio de uma outra fic pertencente a gatinhadaLe  , é isso fiquem com o prólogo....
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Leila

Treze anos de casamento não era algo fácil de se lidar, não havia como esquentar o relacionamento e nem mesmo existia aquela paixão de antes envolvida. Era mais uma rotina monótona do que tudo, eram mais "bom dia" do que "eu te amo", eram mais mensagens para se comunicar do que sentar para conversar de fato, cobrança sobre minhas obrigações como mulher, esposa e mãe pelo meu marido e a parte de sua família caíam como um peso em minhas costas, e a cobrança como uma boa profissional por parte do meu trabalho também não ajudava nem um pouco. A única coisa boa que me prendia a sanidade mental era meu filho Lukas, ele não reclamava e nem me cobrava atenção e tempo, ao contrário disso com apenas dez anos ele priorizava e aproveitava o tempo que eu podia ter com o mesmo. Minha vida não era a mil maravilhas que aparentava ser para todos que seguiam minhas redes sociais pensavam. Na realidade eu poderia dizer que minha vida é cheia de furos de roteiros, abandonos de sentimentos, sacrifícios unilaterais e um amor não correspondido por meu próprio marido. Depois de dois anos de casamento eu apenas me entregava de corpo para ele, apenas quando a necessidade era gritante e quase irreversível. Mas por conta das conversas que tive com minha mãe decidi tentar reacender a paixão, mudei meu corte de cabelo, pintei mais ele de loiro para ver se ele percebia, intensifiquei o batom vermelho em minha boca e esperava que ele notasse e gostasse dessa minha mudança. Escolhi minha melhor lingerie, uma vermelha toda trabalhada em rendas e que nunca antes usada. Eu me olhava no espelho do banheiro, encarava minha imagem e pensava se meu marido iria gostar da surpresa que fiz para o mesmo. Quando sai me deparei com ele deitado assistindo algo na televisão, então me aproximei sorrateiramente e me sentei em seu colo sorrindo.

— Boa noite. — disse da forma mais sexy que eu poderia dizer.

— Eu estou vendo tv! — ele exclamou baixo  inclinando para o lado, voltando a olhar para aquela caixa colorida e eu suspirei.

— Olhe para mim pelo menos! — exclamei furiosa, quase como um rosnado.

— Me deixe! — dito isso praticamente me jogou para o outro lado da cama e eu suspirei rendida.

O choro estava entalado em minha garganta, eu me esforcei, gastei e tentei me reaproximar novamente de meu marido, voltar àquela paixão de antes, mas nada. Virei para o lado com as lágrimas finas rolando pelo meu rosto e me cobri com a minha parte do edredom para dormir. Eu poderia chegar em minha mãe e falar que tentei, eu poderia chegar em minha sogra e falar que me esforcei, eu poderia dizer para mim mesma que gastei para refazer nosso amor voltar para nós dois como era em nosso início de namoro. Eu me sentia acabada nesse momento, minha mãe criou tantas expectativas de como ele reagiria com a tal grandiosa surpresa, para quando esse momento chegar não acontecer absolutamente nada. Eu dormi chorando, triste e abalada demais com os acontecimentos recentes.

[...]

O dia amanheceu extremamente frio, o sol nem mesmo deu o ar da graça de aparecer. Minha cabeça doía por conta do choro no noite passada. Me levantei e procurei por algum remédio que me ajudasse e então lembrei que Emanuel os escondia por conta de um surto depressivo que tive que me levou a tentativa de suicídio, suspirei e vi que ele não estava no quarto. Peguei um de meus ternos, qualquer um para ser sincera, removi o batom que havia ficado em minha boca toda a noite e lavei meu rosto. Coragem era o que me faltava e era o que eu mais precisava nesse momento. Eu precisava sair para ir ao meu trabalho, eu tinha que ter coragem para descer até a cozinha e encarar o homem que me negou e junto a isso a encarar meu filho que tanto precisava de atenção que eu não era capaz de proporcionar. Mais um suspiro... e então eu desci para a sala de jantar encontrando os dois já tomando seus café da manhã, eu me juntei a eles, conversei um pouco com meu filhote e como o final de semana para mim estaria vago nós dois poderíamos fazer algo, e assim que eu disse isso ele obviamente ficou animado com a notícia anunciando estar interessado em um filme que havia acabado de sair em cartaz, e dando a minha palavra que nós dois iríamos assistir eu o vi pegar sua mochila e descer para pegar a van e ir para a escola feliz. O olhar julgador de meu marido caiu com peso sobre mim mas eu apenas ignorei dessa vez, tomei meu café e sai para a curta viagem que eu faria até o Senado Federal. Ao chegar lá estava praticamente vazio, apenas com Simone, Soraya, Lindbergh, Gleisi e Eliziane. Suspirei mais uma vez e me aproximei sorrindo com aquele meu típico sorriso falso que nem fazia jus ao que eu realmente sou. Cumprimentei todos com apertos de mão, abraços e por algum motivo quando abracei Eliziane ela acariciou meus fios de cabelo com carinho como se soubesse que eu não estava bem. Quando me desvencilhei de seu abraço pude percebeu seu sorriso no rosto e então presumi que era apenas minha carência fazendo-me imaginar coisas.

Somente um pouco de atenção - Leila e ElizianeOnde histórias criam vida. Descubra agora