Capítulo 2

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Olhem quem voltou mais cedo... Gente eu gostaria primeiro de avisar que essa fic não será tão longa quanto muitos gostam, porém prometo serem capítulos bem construídos e produtivos.... É só isso mesmo fiquem com o capítulo!
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Leila

Assim que desliguei a chamada e, com isso pude enfim respirar fundo e me liberar de toda aquela tensão, eu e Eliziane somos boas amigas e até mesmo já passamos umas férias na praia quando Lukas ainda era pequeno, ela vivia o chamando de camarãozinho e o chama assim até hoje, temos uma boa amizade estabelecida e construída mas Emanuel insiste em querer contar os grãos de areia na praia e vivia insinuando que teríamos algo a mais, e depois de um tempo brigando com isso eu apenas comecei a concordar e dizer que ele estava certo sobre isso. Não deu nem trinta segundos que eu desliguei a ligação com o meu marido e ouvi uma batida na porta então coloquei minha melhor máscara de mulher perfeita e fui atender quem quer que fosse, e para minha sorte, ou azar, era Eliziane com uma garrafa de vinho e duas taças nas mãos.

—Então quer dizer que eu sou a sua amante? — ela perguntou com um sorriso perverso no rosto e eu senti minhas bochechas queimarem de vergonha.

— É tão feio ouvir as conversas dos outros Eliziane! — cruzei os braços e bufei mas ela não se importou e entrou no meu quarto sem ligar para qualquer coisas, dar intimidade para ela deu nisso, agora ela acha que é a dona das minhas coisas.

— Como sua amante eu tenho que estar a par de tudo. — Eliziane brincou enquanto sentava-se na minha cama e deu três tapinhas no colchão para que eu me juntasse à ela.

— Você sabe bem o porquê de dizer aquilo! — exclamei cruzando os braços ainda olhando-a.

— Eu sei, mas ainda assim gosto de tirar sarro de você. —ela deu de ombros e serviu as duas taças, estendendo-me uma das mesmas — Além disso, já temos uma certa amizade e intimidade que me dá essa liberdade de zuar-te o quanto quiser. — revirei meus olhos e aproximei-me pegando a taça que me fora oferecida — Novidades? —perguntou enquanto bebericava um pouco do vinho.

— Algumas. — disse sem ânimo enquanto brincava com a taça, não estava com vontade alguma de beber para ser sincera — Nada demais. — suspirei cansada e escorei na cabeceira da cama ao lado de Eliziane.

— Então comece pelo seu filho. — ela disse se recostando também na cabeceira.

— Ele tem um jogo de futebol esse final de semana, está tão animado quanto nunca, e me quer muito lá para vê-lo jogar. —acabei sedendo e bebendo um pouco do vinho em minha taça— Mas disse que compreenderia se eu não pudesse e não tivesse como ir vê-lo no jogo.

— Ele é um menino incrível. — ela disse tentando confortar-me.

— Sim. Sim ele é. — acabei dando um pequeno, porém singelo, sorriso — Acho que a única coisa de boa que tive nesse casamento foi ele. — mordi meu lábio inferior, negando a mim mesma que disse aquilo em voz alta.

— Eu entendo. Sabe, meu namoro não está lá na melhor das situações. Nós dois estamos brigando muito, algumas farpas maldosas um sobre o outro e essas coisas. Eu gosto dele, de verdade, mas não sei se passamos dessa semana sem matarmos um ao outro. — ela ri e eu acabei achando encantador a sua risada.

— Acho que quando começa a doer devemos pensar mais sobre isso. Sabe, eu sei que sempre irá haver brigas, isso é normal e não devemos desistir por conta disso, mas quando um começa a negligenciar o outro é o momento de se pensar a respeito da relação. — falei mais como reflexão sobre meu próprio estado de relacionamento.

— Você tem razão. Sabe você deveria ser psicóloga. — não me aguentei e caí em uma gargalhada fazendo com que Eliziane também acabasse rindo junto à mim.

— Mal sei lidar com os meus problemas, imagine ter de lidar com os meus e os dos outros. — ela riu mais e encostou sua cabeça em meu ombro enquanto sua mão descia por meu braço de encontro a minha mão.

— Verdade, verdade. —ela concordou rindo, eu não aguentei novamente e comecei a rir, talvez o vinho já estivesse fazendo efeito em ambas.

— E até hoje você não me deu um sobrinho, hein. — decidi provoca-la.

— É porque quero te dar um enteado! — ela afirmou e deu um sorriso travesso para mim.

— Adorável essa sua ideia, mas é melhor não. — eu disse, sabia bem que ela tinha algum interesse em mim mas não tornaria isso fácil para ambas as partes principalmente porque eu já não confiava em pessoas que demonstravam tal interesse escancarado em mim, não entrava em minha cabeça isso, principalmente porque depois de anos de casamento cada vez ficava mais difícil essas interações e interesses sexuais vindas de Emanuel, e eu não me considero uma pessoa tão bonita assim.

— Então eu não terei filhos! — Eliziane cruzou os braços acentuando o tamanho de seus seios e eu acabei por suspirar audivelmente — Gosta do que vê? — ela me perguntou e eu intercalei meu olhar de seus seios até seus olhos. Com toda a certeza o álcool já estava fazendo efeito em nossos corpos para tais atos que estávamos cometendo.

Muito. — respondi sem pensar e acabei por ruborizar de tamanha vergonha pela minha resposta, mas a menor pareceu gostar já que deu um risinho sapeca e aproximou-se mais ainda de mim.

— E quando o Lukas vai jogar? — ela desviou de assunto enquanto nossas bocas ainda estavam próximas o suficiente para que eu sentisse o cheiro do álcool em sua boca e sentisse o seu hálito quente em minhas bochechas.

— Nesse.. nesse sábado... — eu já arfava sem ar pela nossa proximidade repentina e ameaçadora.

—E eu estou convidada?—- eu já não lhe encarava mais, apenas tinha olhos para seus lábios que estavam bastante convidativos para o meu gosto.

— C-claro. — minha voz deu uma leve falhada, o que a fez sorrir para mim e então eu encarei seus olhos, vendo que ela já notará faz tempos que eu estava observando seus lábios.

— Se continuar me olhando desse jeito irei suspeitar de sua sexualidade. — ela me provocou.

— E se você continuar me provocando dessa forma eu irei suspeitar da sua! — com a pouca coragem que tinha lhe respondi e a vi rir.

— Todos já sabem que sou bissexual! — eu engoli seco — E você? — mais uma provocação.

— Hétero! — respondi sem pensar duas vezes, se pensasse duvidaria.

— Por enquanto. — ela respondeu e em seguida levantou-se, partindo para seu quarto sem me dar direito a questionar sua resposta.

E agora eu estava bêbada, sozinha e confusa com o rumo que a conversa, no início inocente, levou para até aquele momento. Com os pensamentos e coração a mil achei que seria melhor descansar, afinal eu havia tido um dia longo e pelo que tudo indicava não só esse dia seria longo assim como toda a semana que eu teria pela frente.

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Bom gente esse foi mais um capítulo, foi um pouco menor que o prólogo eu sei, mas eu não via mais o que colocar nele e achei que tinha fechado direitinho aí... É isso e até outro capítulo!!

Somente um pouco de atenção - Leila e ElizianeOnde histórias criam vida. Descubra agora