- Capítulo IV -

3 3 0
                                    

Literatura. Minha segunda matéria preferida, a primeira é artes. Eu tive sorte de que a terceira aula foi literatura, a quarta foi atividades recreativas e atividades recreativas desbravadoras, as recreativas eram caça ao tesouro, gato e rato, as desbravadoras eram arco e flecha e coelho sai da toca, mas esse era um pouco diferente, tipo tem os coelhinhos (alunos) e tem o animal (pegador), uma raposa ou um lobo, tanto faz, que nem na brincadeira original o coelhinho tem que sair toca, para nós a "toca" é o local que estamos escondidos, quando alguém gritar "coelhinho sai da toca" temos que ir para o mais longe possível do nosso antigo esconderijo sem ser visto pelo animal, não precisa ser tão longe, só não pode ser um local com a vista para o seu novo esconderijo ou para o antigo.
Mas voltando, eu escolhi arco e flecha, é a única coisa que eu sou boa, ou pelo menos é o que a Dir.ª R e meus pais falaram para mim.
Uma coisa que eu percebi é que o Loirinho é o irmão quase gêmeo do Buenos, na verdade eles são gêmeos, mas o cabelo do Loirinho é um loiro claro e o do Buenos é loiro escuro, quase castanho, tirando esse detalhe eles são idênticos. Ah e tem o poder deles, o Buenos tem super-força e o Aires explosão, até que o nome combina. Quando você explode algo tudo vai pelos ares.
Atenas (a garota que sentou junto com o Estocolmo), e Lisboa, uma garota de olhos e cabelos pretos, decidiram sentar comigo e com a Bras para almoçar, Lisboa encheu o prato, já que aparentemente teríamos treino. O poder dela é criação e funciona através da manipulação molecular de suas células de gordura, ela consegue criar materiais não-vivos, materiais vivos dependem de muito manipulação molecular para criar, já o poder da Atenas é aligist, que seria entender todas as línguas, mas isso não ajuda muito numa luta, é claro ela poderia tentar convencer algum animal a ajuda-la, mas se não tiver nada por perto que seja útil, ela perde, com isso ela pratica outras coisas que podem ajuda-la como magia, armas, coisas assim.

Sinceramente tudo que eu mais precisava era da minha caminha. Eu até que sou um pouco boa quando se refere a lutas. O professor de "Educação física" era moreno claro, cabelo cacheado curto e chama Brasil. Ele nos levou para o campo de treinamento e nos dividiu em duplas. Já fazia quase uma hora que eu estava treinando com a Bras, e já estava ficando entediante, porque eu sabia a maioria dos movimentos dela, e com isso o professor B. trocou a Bras pelo Santiago. Ele pode falar com os mortos, então eu ensinei a ele o que eu sei de luta, depois ficamos conversando, até uma bola de fogo vir na nossa direção, e a Seul apagar antes de chegar em nós, não tínhamos sido queimados, mas sim, ensopados. Depois do treino fomos para os dormitórios, a Bras tomou banho, escovou os dentes, caiu na cama e dormiu, ela devia estar bem cansada. Eu estou me preparando para dormir e parece que tem alguém no corredor. Já são 19:45, daqui quinze minutos ninguém deveria sair ou estar fora dos quartos, quem está lá fora deveria se lembrar da regra. Bem, se for igual aqueles filmes de terror, a pessoa vai ir lá investigar mesmo sabendo que vai dar errado, e no final morre, mas eu tenho poderes. Ou talvez não. Mas que saber eu vou lá, se eu morrer, eu morri e se não, vai acabar com a minha curiosidade, talvez eu deveria deixar um aviso para a Bras, mesmo que seja COMPLETAMENTE ESTÚPIDO, se ela acordar e ver que eu não estou na minha cama, ela vai chamar alguém e meu plano pode dar errado. Se podemos chamar de plano. Só deixar um bilhetinho para a Bras e ir morrer tentando encontrar o ser que está lá fora.

Br.
Eu saí só por alguns minutos, se acordar e eu não estiver nem ouse chamar alguém, ok "amiguinha. "
Ass.: To.

O corredor estava vazio, passos se aproximavam e outros se distanciavam, decidi seguir os passos que estavam distanciando, se os outros passos fossem de uma professora ou da diretora iria dar muito ruim. Eu tentava me aproximar do ser que estava fazendo barulho, mas ele estava rápido demais.

O que está fazendo aqui?

Eu tive que colocar as minhas mãos na minha boca para não gritar. Se eu não tivesse passado metade do dia anterior escutando essa voz eu não reconheceria.
-- Você está me seguindo?
-- Talvez?
-- Não é seguro você estar andando por aqui a essa hora - disse ele.
-- Nem para você.

-----------------------------------

Lírio - Olha o capítulo curto.

♡Liforth Academy♤Onde histórias criam vida. Descubra agora