-◇ Capítulo III ◇-

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Minha noite foi boa, depois de eu ter conseguido dormir. Passei a na noite em claro, tentei ler, mas não tinha cabeça para isso, não conseguia acreditar que nada de errado aconteceu. Eu queria sair e ir no jardim, mas eu não poderia, “Ninguém deve sair de seus quartos depois das oito da noite” palavras da diretora, eu não queria ser expulsa, não que isso seja um problema, mas eu queria conhecer um pouco dessa escola primeiro antes de ir embora. Já havia passado das vinte, o meu relógio estava mostrando 02:47. Sinceramente, acho que se eu não tivesse tentado dormir de novo, eu iria surtar, e coisas iriam....
Isso acontecia com uma certa frequência, sempre quando eu ficava ansiosa, ou acordava no meio da noite, eu tinha esses surtos. Meus pais deixavam uma chave extra da porta de trás para mim ir no jardim, sentir a brisa ajudava a me acalmar, eu ficava lá fora até me sentir bem, ou até a Flocus começar a miar para eu voltar. Depois que eu tinha começado a tomar uns remédios, os surtos pararam, mas não durou tanto, uma semana depois já estava tendo surtos novamente. A única coisa que fazia “parar” era eu sair e ir para o jardim. Não achei que os surtos viriam tão cedo.

O uniforme é uma saia preta plissada e uma blusa social curta branca, também tem a gravata preta. Não gosto de ficar com os braços para fora, então vesti meu moletom e fui em direção a porta, a Brasília estava amarrando o tênis dela, fiquei parada na porta esperando ela. Eu não conheço muito bem a essa academia e ela por algum motivo já esteve aqui, mesmo que eu gostaria de esbarrar e seguir o loirinho de novo. Depois dela finalmente terminar de amarrar os tênis, fomos andando pelos corredores, eu não faço ideia para onde a garota está me levando, já passamos por quatro portas e ela não parou. Eu ia questiona-la sobre isso, mas senti que estava sendo observada, não pelas câmeras e sim por outra coisa. Finalmente paramos em uma porta lilás com o número 15, gostaria de entender porque as salas têm números. Abrimos a porta e entramos, a sala tinha alguns alunos, cinco, contando com nós duas, sete, está cedo, deve ser por isso que só tem sete alunos. Dos cinco, só reconhecia três, a de cabelo preto-azulado, que recebeu o nome de Seul, a de cabelo verde escuro, Lima e o loirinho, Aires. A Brasília foi direto para a segunda mesa dupla na janela, ela esperou eu sentar perto da janela, para ela sentar. Fiquei olhando para fora, o jardim está com algumas poças da chuva de ontem e uns negócios brancos flutuando, neve, talvez. Acho que fiquei tão focada com o estado do jardim que não percebi os outros alunos chegando, pouco a pouco a sala ficou com vinte e quatro alunos, o garoto que falou comigo ontem, Estocolmo eu acho, sentou na mesa da frente junto com uma garota de cabelos castanho escuro.
A porta se abre e revela uma mulher morena clara de cabelo ruivo-acastanhado, vestindo um macacão verde-água escuro longo. Ela vai até a mesa, puxa a cadeira e senta entrelaçando os dedos da mão.
–– Bom dia. Meu nome é Alemanha, e sou professora de magia. Vocês devem estar se perguntando, porque magia, “Temos poderes, não precisamos da magia. ”  –– disse a professora. Eu nem sei se tenho mesmo poderes, e aprender sobre a história da magia parece interessante. –– Mas tem aqueles que o poder não pode ser utilizado em uma luta, um exemplo é o da Londres, seu poder é ler mentes, e diferente do poder do Estocolmo, que é telepatia, ela não pode mudar a cabeça das pessoas, e a magia a ajudaria. Mas lembrem-se que vocês não são capazes de resolver tudo com magia, vocês devem se esforçar para completar seus objetivos.
–– Que parte da magia vamos estudar? –– perguntou uma garota de cabelos loiros escuro.
–– Vamos começar com o básico –– respondeu a professora –– Como levantar objetos, transformar objetos em animais, e é claro, sobre a história da magia.
A professora explicou algumas coisas, e respondeu às perguntas de alguns alunos. Ela falou sobre as criaturas, plantas e outros. O sino bate, ela se levanta e vai embora. Alguns alunos voltam a conversar, e eu volto a olhar para a janela. Minutos se passam e a porta se abre mostrando uma mulher nova, vinte um a vinte e oito anos, pele branca e cabelos pretos ondulados, ela está vestindo uma roupa parecida com o uniforme masculino. Ela se apresenta como Coreia e diz ser a professora de zoologia e nossa primeira tarefa seria conseguir informações sobre animais selvagens. Escolhemos os animais e a professora manda eu e a Brasília para uma floresta, os outros devem ter ido para outro lugar respectivo ao habitat do determinado animal.
Acho que ter uma “amiga” com asas até que tem suas vantagens. A Brasília queria pássaros, e eu cobras. Bem não foi a melhor opção já que ela tem medo de cobras, mas eu não queria gatos, já que eu conheço bastante coisa sobre gatos e se fosse pássaros iria me dar fome, o por que?
Eu não sei, talvez tenha haver com o fato de eu ter comido meu pássaro, eu só não lembro o motivo... mesmo que eu gostaria de saber mais informações sobre corvos, eu consegui convencer a Brasília. É, eu consegui.
Só precisávamos de algumas informações sobre as cobras, eu já tinha lido em um livro algumas coisas, então ajudo bastante. A Bras voava enquanto eu seguia uma trilha, mexendo em alguns arbustos tentando encontrar cobras diferentes, depois de um tempo tínhamos informações suficientes para o professor, e um novo bichinho de estimação, Blanc.
Ok, talvez eu não seja a melhor em dar nomes, mas uma cobra branca chamada Blanc que é literalmente branco em francês combina com Flocus.

*Referências: Cat Blanc, Miraculous (depression 😔); Hogwarts, Harry Potter; Bnha, Toga ♡ ;

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Lírio – Depois de um mês eu posto (–_–)

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