...fui em direção a porta, mas a Brasília pediu para eu esperar um pouco.
-- Você poderia explicar umas coisinhas -- disse ela -- O boato é que você quase matou um garoto na sua antiga escola e.... os seus pais mexeram os pauzinhos para te safar.
-- Na verdade foram dois, mas quem liga. -- abri a porta e sai do quarto, queria achar o pátio, o que não foi tão difícil, já que os dormitórios ficam perto do pátio. A chuva diminuiu, mas mesmo assim coloquei meu moletom, sinceramente o pátio parece mais um jardim, as flores são bem diversificadas tendo todas as cores, eu fui seguindo um caminho de pedras que levava até o que aparentava ser um lago. Eu sentei em abaixo de uma árvore com a vista para lago, encostei minha cabeça na árvore e fechei os olhos.Você não parece se importar com a chuva.
Eu devo estar ficando louca, é claro que tem a possibilidade de ser algum aluno, mas essa voz está me perseguindo.
Ah, me desculpe então. Não era a intenção.
Hum. Qual o seu nome? Perguntei.
Estocolmo. E o seu?
Tokyo.-- Onde você está? -- perguntei procurando entre as árvores e os arbustos.
-- Olha para cima.
Olhei e em cima de um galho estava um garoto de pele clara, cabelos negros, vestindo um moletom verde escuro sorrindo para mim. Ele falou para eu me afastar para ele poder descer, e como eu não queria que ele caísse em cima de mim, saí de baixo da árvore.
Quando chegou no chão, ele arrumou a sua roupa e tirou algumas folhas de seu cabelo.
-- Eu gostaria de desculpar novamente -- ele falou de cabeça baixa --, eu só queria fazer uma amiga.
Fiquei um tempo calada, ele também, só conseguia ouvir os sons das arvores balançando e o som da chuva caindo no lago. Aquele silencio era bom, mas estava me deixando desconfortável, não seria nada bom ele ser meu amigo, tudo bem que ele deve ter poderes, mas mesmo assim ele estaria correndo risco, e só para avisar não é como se eu me importasse com ele eu só não quero ter minha a ficha com mais uma acusação de morte.
A chuva está aumentando e eu ainda tenho que arrumar as minhas coisas, então comecei a voltar para a academia pela trilha, o Estocolmo percebeu e veio correndo até mim.
Entramos na academia um pouco ensopados, mas tudo bem, não me importaria de ter que faltar algumas aulas por estar gripada.
Fui seguindo o mesmo caminho que fiz do meu quarto para o jardim, a viagem seria mais tranquila se alguém não estivesse me seguindo. Eu cheguei na porta do meu quarto e me virei para o garoto.
-- Olha -- comecei -- Se você quer mesmo ser meu amigo vai ter que arcar com as consequências.
Ele sorriu e foi embora pelo lado que tínhamos vindo. Se ele me seguiu até meu quarto para saber se eu queria ou não ser amigo dele, ele definitivamente queria uma resposta.
Eu estava bem, nada de errado ou estranho aconteceu, pelo menos não até eu abrir a porta do quarto.♤♤♤
Voltei, mesmo que eu ache que vocês não se importam muito com isso. Mas bem como eu amo meus lindos e lindas, leitores e leitoras (Autoestima alta viu), eu vou contar alguns spoilers ou informações adicionais, que talvez apareçam no texto, eu não posso confirmar nada, então vamos lá.
Bem tem duas pessoas que sabem meu nome real e eu sei o de uma delas. A primeira é a Brasília, nós contamos uma para a outra quando viramos colegas de quarto, na verdade ela me contou e ficou insistindo para eu contar e no final eu contei, porque aquela garota é insistente, mas por segurança eu não irei revelar o nome dela. A segunda pessoa é o Aires, ou melhor dizendo: Loirinho. E eu tenho certeza que ele contou para o irmão, Buenos, e sinceramente eu não sei com ele descobriu, talvez ele tenha ouvido a Brasília falando, algo assim.
Eu estive pensando se vocês não gostariam de saber quem são os alunos da minha sala, mas estou em dúvida se apresento ou deixo vocês conhecerem eles ao longo da história. Acho que vou deixar vocês conhecerem eles ao longo da história, mas para você leitores saberem são vinte e quatro alunos, Aires (Loirinho), Atenas, Berlim, Brasília (minha colega de quarto), Buenos (irmão do Loirinho), Cairo, Damasco, Estocolmo (meu novo amigo?), Lima, Lisboa, Londres, Luanda, Madrid, Moscou, Nairóbi, Ottawa, Paris, Pequim, Rio, Roma, Santiago, Seul, Tokyo (eu) e Washington. Acho engraçado o fato de eu meio que ser a única com um nome inglês, meu nome deveria ser Tóquio, mas não sabemos o que se passa na cabeça da diretora.
♤♤♤Um lado do quarto estava com tons de rosa e vermelho, o outro em tons de azul e branco, mais ou menos do jeito que eu gosto, a Brasília já estava deitada na cama, tentei fazer o mínimo de barulho possível, comecei a arrumar ou deixar o meu lado mais o meu jeitinho. Um tempo depois me arrumei para dormir, deitei e fiquei olhando para teto. O dia até que foi bom, não teve nenhuma coisa estranha como vidros quebrando do nada, cobras fugindo ou até plantas morrerem pelo simples motivo de eu estar no local. O dia tinha sido normal, e isso me assustava, já tinha me acostumado com coisas estranhas acontecendo, talvez por essa ser uma academia diferente, as coisas que eu considero estranhas viram normais e as normais viram estranhas. Por algum motivo aquele garoto quis ser meu amigo, e essa garota.... Viro minha cabeça para olhar a Brasília, ela está com as asas encolhidas, saio da cama e procuro uma coberta dentro do armário dela, eu estendo a coberta e coloco em cima dela, suas asas param de tremer e eu volto para minha cama.
Aquela seria uma academia diferente, não vai acontecer nada tão anormal. Né?
*Referências: Wednesday;
Lírio - Spoiler e informação provável inútil: O Estocolmo é telepata, então ele pode ler a mente das pessoas e controlar, então nessa parte: "não seria nada bom ele ser meu amigo, tudo bem que ele deve ter poderes, mas mesmo assim ele estaria correndo risco, e só para avisar não é como se eu me importasse com ele eu só não quero ter minha a ficha com mais uma acusação de morte." Ele leu a mente dela.
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♡Liforth Academy♤
FantasíaDepois de tantos acontecimentos, finalmente decidem mudar "Tokyo" de escola, mas não para uma escola normal, mas sim para uma das melhores escolas ou academias do mundo. Sabendo que tudo mudaria de mal para pior, "Tokyo" tenta não se aproximar das p...