Chapter 15

3.6K 516 193
                                    







§ SCARS §


Miranda sentiu o coração arder no peito e o medo lhe atacar. Colocou rapidamente os óculos escuros e saiu apressada pelos corredores do Tribunal. Ela tentava respirar enquanto tentava ligar para as suas filhas a cada cinco segundos. Tudo que Miranda mais desejava naquele segundo era que as suas filhas atendessem e dissessem que estavam escondidas em algum lugar do colégio. Afinal de contas não seria a primeira vez.

Ao atravessar o corredor ela avistou Roy que estava a postos. Era algo pela qual Miranda sempre estaria agradecida. A recente equipe que trabalhava diretamente com ela. O arranjo de ter o seu motorista em prontidão para qualquer eventualidade, foi muito bem aceito pela editora. Emily sabia que o caos estaria instalado e que o motorista poderia ser acionado a qualquer momento.

E assim foi. Especialmente quando ele notou a apreensão na sua chefe. Depois de tantos anos Roy conseguia identificar em Miranda quando a sua apreensão era voltada para as duas ruivinhas.

— Roy. Dalton. Agora.

Mais uma vez ele estava certo. Havia algo errado.

Os dois seguiram ligeiros pelo corredor e ele mais uma vez a cercou para que eles saíssem pelo Tribunal sem nenhum atropelo. Regina a chamou, mas ela decidiu ignorar a sua advogada. Mesmo apreensiva, Miranda tentou aparentar normalidade enquanto os dois seguiam para o carro.

— Rápido.

Roy concordou e disparou para longe dali. Ao se afastar dos rastros dos repórteres, Miranda ligou novamente para o pai das gêmeas.

Dentro do carro Miranda estava hiperventilando.

— Que inferno, Don. Como isso aconteceu?

A editora questionava no banco de trás enquanto Roy seguia pelas ruas de Nova Iorque diretamente para a Dalton.

— Eu não sei. A diretora ligou para mim...Houve um problema lá e...Miranda, por favor, se acalma.

Seu primeiro ex-marido conseguia a cada segundo enfurecer Miranda ainda mais com sua passividade descomedida.

— São as nossas filhas, Don. Não me pede calma...Que tipo de problema?

— Eu não sei.

— Você não sabe nada? Por que eu não estou chocada?

— Miranda, eu não tenho culpa. Elas...

— Elas estavam sob sua vigilância. É claro que é sua culpa...Roy, pelo amor de deus! Não tem como ir mais devagar?

Roy tentou acelerar o máximo que o seu bom senso de direção defensiva e as leis do transito permitiam.

— Estou seguindo para lá também.

Miranda informou e encerrou a ligação com Don. Mais uma vez ela ligou para as meninas. Todas as ligações seguiam para a caixa postal. E a cada ligação frustrada, a mãe protetora se afligia ainda mais.

— Caroline, ligue para mim imediatamente.

Ela repetiu pela décima vez o mesmo recado. Ela enviava mensagens e tentava ligar para as filhas, mas não obtinha resposta.

Por um motivo quase inexplicável, Miranda rendeu-se ao buscador de seu celular e foi uma decisão errônea. Havia diversas fotos dos alunos na frente da Dalton e uma ambulância exposta com dezenas de notícias desconexas.

— Oh, meu deus.

Miranda exclamou apavorada. Era tudo superficial e agonizante. Não havia nada concreto do que havia acontecido. Alguns falavam em atentado, outros em pegadinhas juvenil, e o mais preocupante para Miranda: sequestro.

Scars- MirandyOnde histórias criam vida. Descubra agora