Burning

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*Park Jimin*

Inquieto, é assim que me encontro desde que sentei no banco do passageiro.

Confesso a vocês caros leitores (olha eu quebrando a quarta parede) que eu esperava do meu querido chefe um esporro, uma chamada de atenção, um olhar feio, mas, ao invés disso eu ganhei o completo silêncio e isso me deixava de certa maneira incomodado, vocês devem estar pensando -Ah mais você não tinha que se sentir aliviado por isso e eu digo a vocês que NÃO! Definitivamente não me sinto assim, pois o silêncio deste homem nunca significa coisas boas.

E por medo de falar algo e esse homem soltar a fera existente dentro dele que eu permaneço em meu lugar evitando qualquer movimento que seja brusco, que nem aqueles documentários da Discovery que ensina que caso esteja sobre a ameaça de uma fera devemos ficar estáticos para que ela não te ataque.

Com a minha visão periférica direciono meu olhar em sentido ao contrário do meu chefe e fico focando nas imagens que passam por minha visão conforme o movimento do carro, afim de olhar qualquer coisa além do bonitão do meu lado.
O sol atrapalha um pouco por conta dos reflexos que faz no vidro mesmo assim me esforço em manter o olhar para a direção oposta, sinto o carro ir perdendo a velocidade provavelmente por conta de algum semáforo ou trânsito,o carro para em frente a um prédio totalmente espelhado e isso faz que faz cubra boa parte do sol e assim posso focar do lado de fora, só há apenas um pequeno problema, é que em vez de eu focar meu olhar para além de dentro do carro eu foquei no reflexo do meu chefe, aproveitando essa oportunidade incrível que o universo me deu de apreciar essa obra de arte humana, me viro sentido janela para ter uma melhor visão do paraiso e vi o exato momento onde esse pedaço de mal caminho morde a boca em um gesto inquieto, e como se meu corpo você um reflexo do seu acabo imitando o gesto. Vejo sua mão descer do volante devagar e ir em direção a suas coxas bem deliniadas na calça social e ir sentido ao seu pau, meu olhar seguia seus gestos automaticamente, me sentia como uma cobra olhando os movimentos da flauta totalmente encantado (Ok talvez isso tenha soado estranho).
O carro arranca bruscamente e isso faz com que eu indireite minha postura rápidamente por conta do susto, olho de canto de olho após me repor e vejo um sorriso crescer nos cantos dos lábios do cafajeste que continua com uma das mãos no volante e a outra reposuda em suas coxas. Fechos olhos e repito arduamente a oração do Pai Nosso, principalmente a parte que diz "Não nos deixeis cair em tentação".

25 minutos esse é o tempo exato que demoramos a chegar na empresa por conta do bendido trânsito, mas também foi o tempo necessário para saber que minha sanidade estava abaixo de 10% e a qualquer momento poderia ter cometido alguma loucura.

Jeon estacionou o carro em frente a empresa e logo um dos manobristas vem em direção a nos, ele se curva brevemente e diz um bom dia extremamente baixo.

- Bom dia Jay, tenha um ótimo expediente - me curvo brevemente - Para todos vocês na verdade - sorri e vejo que Jeon já está perto da recepção - Porra

Do uma pequena corridinha e o alcanço assim que paramos em frente ao elavador, pego o tablet com as informações do dia do mesmo e assim que vou passar sua agenda sinto um pequeno empurrão me fazendo cambalear para o lado.

- Koo bom dia - reviro meus olhos ao escutar a voz que me empurrou
- A agenda Park - Jeon pronuncia sem virar para responder a insuportável.
- Claro senhor - me aproximo novamente do mesmo - as 09 horas o senhor tem uma video conferencia com o senhor Min com relação ao contrato da ...

- Poxa Koo, eu te disse bom dia - sou interrompido

- Senhora Choi - Jeon se vira lentamente em direção da mesma e vai em sua direção, vejo a mesma arfar com sua aproximação o mesmo tem um olhar imponente e um ar de superioridade - Quem te deu permissão para que me chamasse de tal maneira?

Play With Me - JIKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora