Aquela voz (parte 2)

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Eai, pessoas!
Tudo bom!?

Vcs pediram e eu voltei com parte dois dessa fic!

Eu n vou falar muito, só leiam e comentem.

Aviso: Recomendo q leia o cap "Aquela voz" primeiro de ler esse cap, já que isso aq é a continuação.

Espero q gostem e boa leitura 💕💕🌙

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Pov Juliette

Tudo culpa dele! Tudo culpa do Gil! Meu Deus, como eu tive coragem de fazer aquilo? Eu me declarei pra' Sarah. Isso não tava' nos meus planos! Minha ideia era gostar dela em silêncio, passar o resto do ensino médio sem me aproximar de ninguém e mudar esse meu jeito, talvez, quando fosse pra' faculdade, tava' tudo certo, mas aquele nerdola infeliz tinha que ter feito o que fez! Que ódio!

— Juliette! — não bastou eu ter corrido pra' fora daquela sala, sem esperar qualquer resposta ou ver a reação de Sarah, esse traidor tinha que vim atrás de mim — Juliette!

— Não! — parei, já estava no estacionamento — Eu não queria que fosse assim, você sabia disso! Eu tenho motivo pra ta puta com você, então não venha atrás de mim ou vai se arrepender de ter virado meu amigo em algum momento da sua vida. Eu só quero ficar sozinha e implorar ao universo e a qualquer divindade que possa existir para que ela não use o que aconteceu naquela sala pra fazer do resto da minha vida nessa merda de colégio um inferno.

— Juliette, calma. Eu posso explicar.

— Agora fudeu. — cruzei os braços — Explicar o que? Não tem nada pra ser tirado de contexto aqui. Você só trancou a gente naquela sala e não pensou em mais nada! Eu fui obrigada a falar, aquilo foi humilhante, tomei um fora da menina que eu gosto, corro o risco de ser chamada de aberração nesse colégio, e vou ter que encarar ela amanhã de manhã e pelo resto do ano. Obrigada, Gil. — não dei tempo pra' ele falar e voltei a andar, meu carro não estava muito longe.

Nunca senti tanta vontade de chorar na minha vida. Sentia um nó na minha garganta e as lágrimas se formando em meus olhos.

Além de chorar, minha única vontade era de me trancar no meu quarto e me fundir com a cama. Não queria conversar com ninguém, não queria ver ninguém, só queria sumir ou esquecer tudo o que tinha acontecido naquela sala e da minha declaração para Sarah, aquela declaração ridícula. Sinceramente, eu não sabia o que era pior, o fato de eu ter me declarado ou a forma como eu fiz isso.

Puta que pariu, eu fui ridícula em dobro.

Para minha sorte, tinha acabado de chegar em casa, então não tive que parar no meio do caminho para surtar e não bater em nada. Além disso, meus pais não estavam em casa e eu não teria que justificar minha clara expressão de derrota e minha aura de total desânimo, eu iria fugir de um grande interrogatório, para o meu alívio.

Estacionei, sai do carro e quando toquei na maçaneta as lágrimas começaram a escorrer pelas minhas bochechas.

Nunca me senti tão fraca, humilhada, impotente, burra. Juro que nunca um combo de sentimentos tão ruins havia me tomado daquela forma. O ar parecia que não chegava direito nos meus pulmões, meu peito doía apertado, ao mesmo tempo em que meu coração batia com todas as forças e o mais rápido que conseguia.

Abri a porta e entrei com tudo, mas antes que pudesse fecha-la escutei o baque de algo batendo contra a madeira, segurando a porta no lugar. Olhei para trás e, com a visão embaçada, só pude identificar a pele bronzeada e os cabelos castanhos antes de subir as escadas correndo, ignorando as vezes que ela chamou por meu nome. Minha mãe devia estar na aula de pintura dela e não em casa.

One-shots - SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora